Noites de Natal com família reunida, festa, comilança, fofocas y otras cositas más... faz tempo que me livrei delas. Ô sorte!
Minha família é pequena e "desgarrada".
Pouquíssimas vezes nos últimos 20 anos nos reunimos para a noite natalina ou mesmo para o almoço do dia 25 de dezembro.
Há também os festejos na casa de amigos mais chegados. Desses demorei um pouquinho mais pra escapar.
A verdade é que acho uma delícia ficar quietinha naquela noite em que todos estão enlouquecidos pela agitação própria do momento.
Passei muitas e muitas noites de Natal em casa, lendo, vendo TV, navegando na net e comendo uma coisinha qualquer que encontrei na geladeira.
Ano passado experimentei ir pra um hotel. Fui e gostei.
Esse ano repeti a dose.
Fui pro Hotel Pullman São Paulo Ibirapuera, aqui pertinho de casa.
Fiz a reserva no início de novembro, aproveitando a promoção Super Quarta da Rede Accor. A diária saiu por um precinho bem camarada: R$ 146,48, já com os impostos, por um apartamento superior com cama de casal e vista para a cidade.
No check in tentei trocar por um apartamento com vista para o Parque do Ibirapuera... e para a famigerada árvore de natal. Mas a recepcionista não foi nada amigável, mesmo tendo eu me oferecido pra pagar a diferença. Fiquei com a vista pra cidade, no 3º andar.
Apesar de estar à beira da Av. 23 de Maio, o quarto é bastante silencioso. Nenhuma surpresa, nem para o bem, nem para o mal. Tamanho regular. Bons lençóis e toalhas. Roupão e chinelos para um hóspede apenas. Amenities Terra Brasilis. Utensílios para café... sem café! Internet wi fi grátis e lenta.
O café da manhã não está incluído na diária e custa R$ 42,00.
Como no dia de Natal é sempre difícil encontrar restaurantes e lanchonetes abertos, decidi tomar um café da manhã reforçado. Perguntei na recepção o horário do café: até 10h30. Ótimo! Desci às 10h15. Mal comecei minha refeição quando o garçon se aproximou e avisou que em 10 minutos o buffet seria retirado. Caso eu quisesse algo mais deveria pegar imediatamente. Obedeci! Afinal, eu só havia comido uma fatia de abacaxi e outra de mamão até aquele momento. Em algumas idas até o buffet trouxe pães, queijos, frios, suco, croissant, bolo. Deixei o café pra pegar depois, imaginando que ele não seria retirado, uma vez que era feito numa máquina. Doce ilusão! Quando terminei o suco e fui em busca do café, encontrei a máquina desligada. Ao ver o meu desapontamento, um garçon se prontificou a me levar uma xícara de café à mesa. Levou uma xícara enorme, cheia de café tipo garrafa térmica...
E assim, perto do meio-dia, fiz meu check out.
O recepcionista me fez a tradicional pergunta: "Tudo bem durante sua estadia conosco?"
Nem preciso dizer que desci a boca no episódio do café, acrescentando que em minhas viagens pelo mundo nunca tinha vivido tal situação e sugerindo que, se querem tirar tudo às 10h30, que digam aos hóspedes que o café termina às 10h...
Ora, onde já se viu?