sábado, maio 19, 2007

Rallye do sertão

No último final de semana participamos de um verdadeiro rallye pelo sertão paulista.
Começamos com um tour memorialístico por Itapetininga.
Ali viveu Ana no início da adolescência e também ali nasceu e viveu minha avó paterna: Carolina.
Chegamos antes da hora do almoço. Andamos um pouco pela cidade, revendo a casa em que Ana morou, as escolas onde estudou e as ruas por onde andava.

Depois seguimos em busca das casas dos meus antepassados.
A casa do último tio de meu pai que viveu ali, falecido já há algum tempo, foi demolida e em seu lugar está uma casa de doces:

E a casa da minha bisavó também desapareceu da Rua D. Joaquim, perto da Praça da Matriz.

A cidade é antiga e bonita. Dá pra ver pelo coreto da mesma Praça da Matriz:

O lanchinho da tarde foi tomado na casa de Dona Nair, antiga vizinha de Ana, que nos recebeu com muita alegria.
A última parte dessa etapa foi cumprida no cemitério local. Miguel, nosso amigo historiador, estava conosco em todo esse périplo e tinha interesse em ver o túmulo de Julio Prestes, que foi governador do estado e presidente eleito que não tomou posse.
O túmulo do político decepcionou.
Meus antepassados... não consegui localizar o jazigo.
Mas encontramos lá um túmulo interessante. De uma pessoa cujo nome havíamos lido antes numa placa da cidade e que nos chamou a atenção por ser inusitado. Vejam só, em 1931 Dona Sunanda Aguiar Lisboa mandou reformar a capela de Santo Antonio:

Exatamente cinqüenta anos depois, faleceu na mesma Itapetininga. E demos com o túmulo dela, inopinadamente::

Coincidência, não é mesmo?
Final de tarde... partimos para Sorocaba, onde, no dia seguinte, veríamos Bethânia em praça pública.
Sábado pela manhã, chovia, chovia, chovia...
Saímos de carro à procura do lugar onde seria o show. Encontramos... Paço Municipal, local bem afastado do centro da cidade.
Pensamos em dar uma volta pelo centro de Sorocaba... mas chovia demais. Decidimos almoçar no mesmo Shopping Esplanada - supermovimentado e barulhento - onde havíamos jantado no dia anterior, perto do Hotel Ibis, onde estávamos hospedadas.
Meio da tarde e lá fomos nós pro local do show. A chuva havia parado e estava cada vez mais frio. As primeiras pessoas conhecidas que encontramos na praça foram Camila e Letícia. Depois foram chegando outros amigos orkutianos. Bethânia passava o som atrás das cortinas.
Pegamos o melhor lugar possível. Havia um bom espaço reservado aos VIPs. Mas nossa escolha foi boa. Não havia ninguém na nossa frente durante o show. Só mesmo os tais VIPs, sentados.
Bethânia estava lindinha, com a roupa do "segundo tempo" do último show e com um casaco de couro vermelho por cima. Fazia frio no palco também. E ventava. O cabelo da diva voava. Cantou muito e voltou duas vezes pro bis. O repertório foi um mix das suas melhores músicas.
Voltamos pro hotel geladas e contentes. Tomamos uma sopinha e fomos pra cama.
Apesar de não estarmos posicionadas entre os VIPs, Ana tirou boas fotos da cantora. Estão no álbum a que leva o link abaixo:
No dia seguinte saímos de Sorocaba e fomos bater em Presidente Prudente, mais de 500 km depois.
Chegamos cedo, antes das 15h.
O local - Parque do Povo - foi fácil de localizar.
No palco, Renato Braz passava o som. E, ato contínuo, começou o show. Quase nem percebemos o limite entre uma coisa e outra. Algumas pessoas perguntaram e ele informou que o show já havia começado.
Terminado o show de Renato, houve um espetáculo de humor, que se desenvolveu na grama mesmo, enquanto o palco era arrumado para o show de Chico César e Quinteto da Paraíba.
O show, marcado para as 17h, começou por volta de 17h30.
Todo de branco, Chico cantou muito, músicas antigas e novas.
E o público foi aumentando, aumentando e participando, participando. Cantavam e dançavam com ele.
Terminado o show, o público pediu bis. Chico voltou e cantou Odeio Rodeio, corajoso! Mas a recepção do público foi boa.
No clipezinho que fiz desse momento, se pode ver a alegria geral:
Fiz ainda outro clip, no momento em que Chico, acompanhado do Quinteto, cantava e dançava Paraíba, de Luiz Gonzaga:
Depois do show, a fila do beija-mão estava grande, mas éramos das primeiras. Demos um beijinho rápido e fomos embora.
Pouco depois das 9 da noite estávamos na casa de Ana, em Assis.
Ufa!!!!!!

quinta-feira, maio 03, 2007

Buenos Aires

Buenos Aires é sempre agradável.

Tem cara de Europa e fica a pouco mais de duas horas de vôo de São Paulo.
Dessa vez estreamos as asas internacionais da Gol. Foi tudo bem!
A aeronave estacionou no pátio. Eram necessários ônibus para nos levar ao saguão. Disseram que o aeroporto de Ezeiza dispunha somente de dois ônibus para o embarque e desembarque de passageiros. Verdade? Mentira? O certo é que ficamos perto de meia hora esperando o transporte...
Começamos almoçando em Puerto Madero. Escolhemos um restaurante bem chique - Cabaña las Lilas - e um vinho gostoso para celebrar a primeira viagem que fazíamos com as amigas Rose e Flora.
Depois de muita andança, terminamos o dia no Café Tortoni, parada obrigatória para nós na capital portenha.
No dia seguinte, depois de uma passadinha pela já conhecida Recoleta, fomos ver o Abaporu, de Tarsila, que os argentinos guardam para nós no Museu Malba, juntamente com algumas outras obras nossas... e de outros latino-americanos. Há inclusive uma obra de Frida Kahlo, a primeira original que vi em minha vida: Autorretrato com chango y loro.
Em seguida, Palermo Viejo, para o almoço no Janio - indicação de uma lojista local. Depois, compras e chá da tarde no Meridiano 58°.
Sábado, 28 de abril, foi dia de ir a Colonia del Sacramento, no Uruguai.


A bela cidade, que já viu melhores dias, está a menos de uma hora de Buenos Aires, viajando pelo Buquebus rápido. Andamos por todas as ruelas de Colonia, almoçamos numa pulperia... e acabamos voltando mais cedo que que planejáramos.
Jantamos na Recoleta: uma boa massa no San Babila. Depois do jantar saímos em busca de um Café Havanna aberto, para um alfajor e um café, mas não encontramos. Pode?
O domingo começou em Santelmo. Chegamos cedo, tudo estava calmo, as lojinhas ainda estavam abrindo. Entre uma comprinha e outra, turistas foram abarrotando as ruas, deixando o bairro quase intransitável. Era dia de feira!
Almoçamos no restaurante Casa de Esteban de Lucca, já conhecido de outra viagem, mas que dessa vez não correspondeu à expectativa. Mudaram eles ou mudamos nós?
A tarde do domingo foi dedicada ao encontro com Letícia e Laura. Letícia, fã de Chico César que conhecemos em agosto lá mesmo em Buenos Aires, nos levou para dar uma volta no bairro folclórico de La Boca.

Esperávamos que viesse com Guillermo, o marido. Mas problemas domésticos fizeram com que Letícia convidasse Laura para acompanhá-la nessa tarde que terminou em Santelmo, novamente, tomando Paso de los Toros sabor pomelo, ouvindo tango e acompanhando o fim da feira.
Voltamos a Palermo Viejo na noite do domingo, para jantar no Spirit, em plena Plaza Cortázar.
A segunda-feira foi dia de compras. Fomos à Avenida Santa Fé. Começamos com um café e alfajores no Havanna, finalmente...
De loja em loja, chegamos à Galeria Pacífico, na Calle Florida. Almoçamos no Francesca e seguimos para o que foi a parte mais emocionante de nossa viagem: a comemoração dos 30 anos de luta da Asociación Madres de Plaza de Mayo, formada por mães que se reúnem semanalmente naquela praça para lembrar seus filhos desaparecidos durante o período da ditadura argentina.

E foi assim que fechamos nossa viagem com chave de ouro: junto dessa madre de plaza de mayo, que homenageava sua filha, genro e neto desaparecidos...

Foto: Ana Oliveira

Clique no link abaixo se quiser ver mais fotos dessa viagem:
Buenos Aires 2007