quarta-feira, junho 24, 2015

Hospedagem na Alemanha: as nossas escolhas

Dresden

A vista da nossa janela

Quando decidimos por esse hotel, não tínhamos nenhuma indicação. Apostamos e ganhamos!
O hotel é bem localizado, no prédio anexo a um shopping, no centro da cidade.
Tudo simples e pequeno, como todos dessa categoria, mas não sentimos falta de nenhum item importante. Wi-fi atuante, cama confortável, vista para algumas das muitas torres da cidade, tudo...  até espelho grandão. E preço pequeno! \o/
Chegamos de trem e caminhamos até o hotel sem dificuldade, a não ser uma chuvinha chata que deixou a temperatura baixa naqueles dois dias que passamos ali. Voltamos também a pé para a estação, dessa vez sem chuva.
Foi uma boa escolha de hospedagem. Mas, fique sabendo: a categoria budget não pontua no Le Club da rede Accor, tá?


Berlim


Fotos Ana Oliveira

Desde que decidimos incluir Berlim no nosso roteiro, já tínhamos escolhido o Bikini e nada nos faria mudar de ideia. 
As diárias são salgadinhas, mas valem cada centavo de euro gasto. 
Seguimos o conselho do Riq Freire nesse post aqui, reservamos um quarto com vista para o zoológico e tivemos macaquinhos e pássaros na janela o tempo inteiro. Sem falar que o quarto era encantador, com decoração alegre e criativa. Tinha uma rede super bem posicionada junto ao janelão. Uma bicicleta pendurada na parede a nossa disposição. E na saleta, com sofá e luz regulável, uma vitrolinha com alguns LPs. Um luxo!
No último andar do edifício há um restaurante e um bar disputadíssimos. Os hóspedes do hotel têm entrada garantida para ambos. Fomos e adoramos o clima, a comida, as bebidinhas e o pôr do sol.
O hotel também fica num prédio anexo a um shopping, o Bikini.
A estação Zoológico é importante no sistema de transporte da cidade e por lá passam muitas linhas de trem, metrô e ônibus, inclusive os ônibus 100 e 200 que fazem a ronda dos pontos turísticos em Berlim. 
Dá pra ser melhor?



Esse hotel entrou em cena na última hora e não nos decepcionou.
Passamos ali nossa última noite berlinense: do sábado (13 de junho) para o domingo.
Como tínhamos um voo bem cedinho no domingo, fizemos reserva no Mercure Airport Tegel, de olho na proximidade com o aeroporto e no traslado que eles supostamente oferecem aos hóspedes.
Mas, vejam só, recebemos um convite inusitado para o sábado: participar do Shinnyo lanterns on the water, uma cerimônia budista onde lanternas em homenagem aos ancestrais seriam lançadas ao lago no Britzer Garten. A gente não ia perder essa, né? Fomos e amamos! Olha o que Ana escreveu sobre o evento: 

      

O evento acontecia no sábado e prometia terminar tarde. Achamos complicado ir para o Mercure de noitão. Foi então que pensamos em ficar num hotel perto da estação central, de onde poderíamos encontrar transporte mais fácil para o aeroporto na madrugada.
Fomos pro Motel One. Nosso quarto era bem pequeno, mas serviu como uma luva para o nosso propósito, banho e umas poucas horas de sono.
Pensávamos em tomar um táxi até o aeroporto, mas o recepcionista do hotel nos informou que o ônibus expresso TXL funcionava também na madrugada. E não é que é ele tinha razão?
Economizamos na diária do hotel e no táxi!

domingo, junho 14, 2015

Primeiras estratégias


Planejar um viagem é como montar um quebra-cabeça daqueles cheio de pecinhas pequenas e aparentemente iguais. A colocação correta de cada uma delas em seu lugar é que vai dar a cara final à cena. 
Começamos a mexer com as peças do nosso quebra-cabeça Europa 2015, em março. A cada dia uma ou outra parte era encaixada. E algumas vezes foi preciso trocar algumas de lugar.
A primeira peça que pusemos foi a do centro: duas semanas na Croácia, com um grupo da Freeway.
A partir disso, fomos construindo o roteiro.

1.
Pensamos em começar por Berlim e, dali, chegar dali até Zagreb por terra, vendo e revendo algumas cidades no trajeto. Para isso, precisaríamos sair do Brasil bem antes da data marcada para o início da aventura croata. Mas... esbarramos com o feriado de Corpus Christi, que encarecia bem os hotéis. 

2.
Decidimos viajar depois do feriadão, o que nos deixava com pouco tempo pra cumprir o planejado. 
Mudamos!
De Berlim chegaríamos a Zagreb em avião. Do roteiro original, conservamos apenas a visita a Dresden.

3.
E foi assim que, depois de voar São Paulo/Berlim com conexão em Paris, passamos pela capital alemã a caminho de Dresden. Foi um trecho bem puxado. Entre idas e mais idas, estivemos quase 30 horas em trânsito. E o voo GRU/CDG pela Air France foi bem desconfortável, apesar de termos comprado assentos supostamente mais confortáveis . 

4.
Com as malas guardadas na Estação Central de Berlim (obrigada Carina, do Viajoteca e Isabel, do Simplesmente Berlim, pelas instruções detalhadas), seguimos para Dresden de trem.

5.
Chegamos ao destino com uma malinha reduzida e preparada para dois dias de quase verão. Chovia e fazia frio. Foi preciso comprar blusas mais quentinhas.

6.
Em Berlim, caminhamos bastante, mas também usamos o transporte público, especialmente o ônibus da linha 100 (agradecimento ao Sundaycooks, ao Simplesmente Berlim e ao Viajoteca.)

7.
Os hotéis foram reservados durante o planejamento. Demos preferência a reservas canceláveis, que, embora um pouquinho mais caras, dão alguma flexibilidade ao roteiro. 
E foi mesmo uma tranquilidade poder cancelar a reserva para a última noite num hotel à beira do aeroporto, para poder esticar a programação na cidade e participar desse evento que a Ana narrou aqui.

8.
Agora já estamos na Croácia, prontas para duas semanas de passeios sem ter que pensar em nada. Hotéis, transportes, bagagens, programação... tudo ficará por conta do Tin, nosso guia nesses próximos 15 dias. 

segunda-feira, junho 08, 2015

Chicken or pasta?

O check in já estava feito e mostrava embarque no terminal 3 de GRU às 14h40. 
O voo - AF0457 - sairia às 15h40. 
Era domingo e o transporte prometia ser tranquilo.
Decidimos chegar ao aeroporto pelo método roots: metrô e busão.
Saímos de casa por volta das 10h e uma hora depois desembarcávamos por lá. Tínhamos, assim, bastante tempo até o embarque. 
Caminhamos com nossa pouca bagagem até o T3. Localizamos o balcão da Air France e ficamos sabendo que o despacho de bagagens só começaria uma hora e meia depois. 
Sentamos num café e ficamos um tempo colocando em dia as interações nas redes sociais.
Meio-dia, voltamos ao balcão. Havia fila, mas o atendimento ainda não tinha começado.
Decidimos almoçar primeiro. Escolhemos o já conhecido Ráscal, pensando num almoço reforçado, já que, dali em diante, estaríamos expostas ao famoso chiken or pasta dos aviões.
Voltamos ao embarque. Fila grande. Usando a prerrogativa da idade, fomos ao guichê preferencial. Malas despachadas, passamos pelas esteiras e Polícia Federal. 
Faltavam 40 minutos para o início do embarque. Dava tempo pra longa caminhada até a sala vip da Gol, no T2. Fomos!
Um café e alguns docinhos depois, empreendemos a caminhada de volta. Chegamos ao portão 43 na hora certa para o embarque.
Terminados os procedimentos da decolagem, começou o serviço de bordo: salgadinho e champanhe pra começar. Em seguida... chicken or pasta!
Escolhemos o primeiro e estava, como sempre, sem graça.
Mas, como não estávamos ali pra comer, nos deslumbramos com a paisagem da janelinha. Olhaí:


O destino final dessa etapa é Dresden. Mas antes passaremos para um oi e tchau no CDG. Em seguida um passeiozinho de bumba entre Tegel e a Hauptbahnhof de Berlim. Uma viagem de trem e, finalmente, a Florença do Elba. 
Eu volto pra contar como foi. Aguardem!

quarta-feira, junho 03, 2015

Fotógrafo & fotógrafa

O Sal da Terra, documentário que mostra o caminho percorrido pelo fotógrafo-viajante-aventureiro Sebastião Salgado, está rodando nos melhores cinemas aqui de São Paulo desde o final de março, mas só há uma semana conseguimos encaixá-lo na nossa movimentada agenda.
O filme de Wim Wenders e Juliano Salgado - filho do fotógrafo - é envolvente e imperdível. Quem vê não esquece: as histórias da infância, a união duradoura com Lélia Wanick Salgado, a carreira burocrática anterior à fotografia, a mudança para a França, as primeiras fotos feitas com  uma câmera  simples, os primeiros projetos impulsionados pela companheira, o nascimento dos filhos, as longas viagens em buscas dos melhores clics, a sequência de mega-projetos fotográficos, a volta ao Brasil e, finalmente, a obra atual: Gênesis.


Gênesis, aliás, é um respiro na contundente obra fotográfica do cara. Demandou 8 anos e 30 viagens. O resultado, a exemplo dos outros trabalhos, virou livro e gerou exposições ao redor do mundo.
No Brasil, Gênesis rodou por vários estados e pelos SESCs pertinho de nós. Mas, finas, fomos ver as memoráveis imagens no Caixa Forum de Madri, em março do ano passado.


Se Sebastião é coisa nossa, o mesmo não acontece com Vivian Maier, a fotógrafa americana cuja obra só foi descoberta em 2007, dois anos antes de sua morte.
Vivian trabalhava como babá e, nas horas vagas, usava sua Rolleiflex para fotografar pessoas e cenas comuns, além de alguns auto-retratos.
Desde 21 de abril, o MIS exibe O mundo revelado de Vivian Maier, uma mostra deliciosa do olhar dessa fotógrafa.
Pelos milagres da tecnologia, depois de ver a exposição, é possível tirar uma foto com a artista e uma das pimpolhas de quem ela cuidava. Olha a nossa:


Saí de lá hipnotizada com o olhar da Vivian.
No dia seguinte, quando tive uma câmera na mão, lembrei do que vi e me deixei levar pelo estilo Maier de fotografar, olhaí:

Alaíde Costa no Conversa com Verso