domingo, junho 27, 2010

Esch Sur Alzette - eu conheço!

No final de março, postei essa foto no Twitter e no Facebook.
Com a foto ia a pergunta: "Quem já esteve aqui?" E as reações foram bem engraçadas...
Foi daí que prometi contar a história de nossa estada em Esch Sur Alzette, Luxemburgo.
Mas fiquei enrolando um pouquinho, já que pra contar como chegamos àquela Carapicuiba do 1º mundo, precisava confessar uma barbeiragem turística.
Dias depois, li um post do Ricardo Freire, onde ele contava também um errinho turístico cometido, e aí me senti liberada para errar... e contar o erro. Se até ele podia, por que não eu?
Diante disso, cumpro a promessa.
Foi em 2004.
Saímos do Brasil com tudo bem planejadinho. Pacote pra Turquia a partir da Espanha comprado, hotéis e voos reservados, passe de trem - Benelux - comprado. Tudo certinho!
Depois de passar pela Turquia, Inglaterra, França e Holanda, nosso destino era Luxemburgo.
No trem, checando a reserva de hotel, percebi o engano. O Mercure que eu havia reservado por um precinho camarada NÃO ficava no centro de Luxemburgo. Ficava no centro, sim, como eu havia lido distraidamente no site da Accor, mas no centro de Esch Sur Alzette! A uns 18 km da Luxemburgo capital.
E agora?
Para minha sorte, minha companheira de viagem é tranquila e topa qualquer parada: Esch Sur Alzette? Vamos, oras!
Fomos!
O hotel era bom, principalmente para nós que, depois dos 5 estrelas da Capadócia e do 3 estrelas de Istambul, vínhamos de algumas noites em albergues, B&B e pequenos hotéis.
Foi assim que conhecemos mais uma cidade...
Eu jurava que tínhamos fotos, mas não as encontrei. Fiquem com estas, que mostrarão um pouquinho de como foi a nossa aventura inesperada.
Gonçalo Cadilhe, em seu Planisfério Pessoal, tinha razão:
"Pra quê viajar? Para mim a viagem é um catalisador do destino. Obriga a que aconteçam coisas."

terça-feira, junho 08, 2010

Se eu acreditasse em bruxas...

... diria que elas andam soltas à minha volta.
Há menos de dois meses, comprei um smartphone e um Palio. Quem se lembra?
Jaffet, o smarphone, sumiu numa tarde de quarta-feira e nunca mais voltou... Foi substituído por Secundino, irmão gêmeo idêntico!
Firmino, o carro, completou seus primeiros 1000km no último fim de semana e 42 dias de uso hoje.

E eu orgulhosa por ele não ter nenhum risquinho. Nada de raspadinhas na hora de estacionar. Rodas intactas. Nenhum arranhãozinho de porta com porta. Coisa rara em se tratando de carro que anda pelas ruas e garagens paulistanas.
Pois, hoje na hora do almoço, estacionei por quase duas horas na Av. Higienópolis, bem pertinho do Shopping. Vaga na Zona Azul. Cartões preenchidos. Nenhum flanelinha se oferecendo pra tomar conta do carro. Tudo na maior tranquilidade!
Pois quando volto, encontro Firmino riscado de fora a fora. O risco começa no meio da porta traseira e só termina no paralama dianteiro. Dá pra acreditar? Puro vandalismo! Arranhado com prego, canivete, sei lá... algo pontiagudo.
Tá certo, eu sou o terror dos guardadores de carro. Vivo discutindo com um e outro. Tento evitar, mas acabo sempre caindo em tentação... E sempre que isso acontece, volto preparada pra encontrar algum sinal de vingança em meu carro. Lei da selva! Mas isso nunca aconteceu. Sorte!
A única coisa que já me aconteceu nesse tema foi há muito tempo, uns 15 anos mais ou menos. Discuti com um guardador de carro na saída de um show. No meio da noite recebi um telefonema de uma delegacia de polícia dizendo que o moço se queixara do meu comportamento e que estavam somente me advertindo para eu não repetir o feito.
Levei um susto, claro. Mais pela hora do telefonema do que por tudo mais.
Deduzi que o flanelinha tinha conhecidos na delegacia e que passou por lá no fim do seu expediente para dar um susto na louca que ousou discutir com ele. Passou!
Mas hoje, o caso foi diferente. Não houve guardador de carro, nem discussão, nada... Apenas algum vândalo de plantão que resolveu se divertir rabiscando o primeiro carro que encontrou pela frente, que por acaso era o meu.
A perda do celular - e seu desaparecimento imediato - e o vandalismo no carro me assustam mais pela maldade que sinto nas pessoas envolvidas, do que pelos resultados produzidos.
Que classe de ser humano é essa que encontra um celular no balcão de uma agência de correio e não o entrega a um funcionário? E mais... desliga o aparelho imediatamente pra deixar patente a sua intenção de não ser localizado.
Que tipo de pessoa é essa que se mune de um objeto pontiagudo e sai por aí arranhando carros a torto e a direito?
No caso do celular, eu preferia saber que fui roubada por algum meliante a pensar que uma pessoa encontrou um objeto que não era seu e tomou posse dele com evidente má fé.
Quanto ao carro, seria melhor descobrir que alguém, sem querer, o estragou e não teve coragem de se identificar. Mas não, Firmino foi atacado deliberadamente...
Interessante essas coisas acontecerem assim, encadeadas. Seria o caso de acreditar na bruxas... mas eu preferia mesmo poder acreditar nas pessoas.
Bem, se alguém conhecer um lugar confiável onde consertar os rabiscos do carro, eu agradeço a indicação.
Agora, um lugar onde consertar as pessoas... será que existe?


quarta-feira, junho 02, 2010

Pra ver o mar (e o Chico) de perto

Milhas expirando! Nem pensar em perdê-las.
A ordem é usá-las nem que for pra ir ali na esquina!
E a esquina que escolhemos fica no mar verdinho de Porto de Galinhas.
Pesou na escolha o fato de que Chico César faria um show na cidade.
Fomos!
Sexta-feira, 13h40, voo 1666 da Gol.
Saída atrasada: um passageiro sentiu-se mal e não pôde viajar. A demora ficou por conta da localização da bagagem dele no porão do avião.
Mas um vento de cauda ajudou e chegamos a Recife com pouco atraso. E um lindo pôr-de-sol nos esperava já na pista de pouso.
Como eu sei que era um vento de cauda? Ora, porque o comandante contou pra todos nós, explicou os efeitos e ainda deu uma dica aos passageiros que ficariam em Recife: que fossem visitar o Museu Brennand.
Viajamos sem despachar a bagagem, o que me custou um canivetinho suíço que fazia parte do meu chaveiro. O funcionário do aeroporto disse que seria descartado. Quem acredita?
Mas tivemos a vantagem de sair rapidinho do aeroporto num Palio básico, alugado da Unidas, com tarifa especial para clientes Gol.
Chegamos a Porto de Galinhas por volta de 7 da noite. A cidade estava animada por conta da Caravana Musical Petrobrás.
Primeira parada: Beijupirá. Afinal, lanchinho da Gol não sustenta ninguém. Precisávamos mesmo comer um bilau e otras cositas más.
Alimentadas, fomos pra Pousada dos Coqueiros, em Maracaípe.
Nós já conhecíamos a pousada. Estivemos lá em duas oportunidades e gostamos. Mas dessa vez achamos tudo tão "caidinho". Falta de manutenção!
Ficamos só na primeira noite.
Na manhã seguinte, quando abri a torneira pra lavar o rosto e me dei conta de que ela era de PVC, ai, ai...
Ana também não estava contente com a pousada: na noite anterior teve que matar a enérgicas toalhadas o enxame de pernilongos que habitavam nosso quarto. Não levamos nosso inseticida elétrico e a recepção não tinha nenhum pra oferecer. Só tinham um aerosol. Pode?
Depois do café da manhã, decidimos então sair de mala e cuia em busca de um novo lar.
E fomos, deixando pra trás esse belo e conhecido visual.
A ideia era encontrar uma boa barraca, curtir o sol e a praia, tomar uma bebidinha, comer algo e depois sair em busca do novo hotel.
Andamos de lá pra cá na orla norte de Porto de Galinhas e nada de barraca de praia. As que havia eram exclusivas dos hotéis pé na areia.
Cansadas, de olho no relógio, pois a manhã estava passando e com ela o melhor da praia, chegamos à conclusão de que a solução seria escolher um hotel ou pousada para então curtir o bar do local.
Não é que estávamos bem diante de uma pousada que nos pareceu lindinha vista da praia? Subimos pra ver como era...
... e gostamos muito. Era a Pousada Marambaia do Porto.
Havia apartamentos vagos, sim. Mas só dois, de frente pro mar! Ô sorte!
Fomos ver os apartamentos. Eram muito charmosos.
Um deles ficava no andar superior, era bem confortável e tinha dois janelões em L com vista pro mar.
O outro, no térreo, era menor mas tinha uma varanda de cara - e ouvidos - para esse mar.
Escolhemos o da varanda. E como era menorzinho, nos sentimos no direito de pedir um desconto na diária. Conseguimos. E o valor da diária ficou muito próximo do que pagaríamos na Pousada dos Coqueiros num apartamento frente mar, mas com uma rua entre o quarto e a praia.
A pousada era toda charmosa. Piscina, jardins, gazebo. Café da manhã bonzinho. Internet wi-fi grátis na recepção e na piscina.
Ambientes bem decorados, com peças de bom gosto. Nosso quarto tinha essa luminária, que me encantou:
O que faltou? Um lugarzinho mais confortável pra usar os notebooks, já que na pequena recepção só havia três sofás expostos aos pernilongos do final da tarde e na piscina não havia luz. Ou, melhor ainda, internet estendida aos apartamentos.
Saímos dali somente pra jantar no mesmo Beijupirá no sábado e no domingo.
E, lógico, pra ir ver Chico César cantar na noite do sábado.
O show, o primeiro que vimos nesse ano, foi muito bom. Mas eu sou suspeita pra dizer, por isso deixo aqui um pedacinho para o julgamento de vocês:
Depois do show, rolou uma passadinha pelo camarim, onde fomos super bem recebidas, com direito a beijo e conversinhas. Como de costume.
Na segunda-feira, depois do café da manhã, saímos rumo a Recife.
Carro devolvido à locadora, embarcamos no voo 1667 da Gol, com destino a São Paulo. E foi aí que tivemos nossa primeira experiência com o serviço de lanche pago da Gol. Achamos fraquinho. Poucas e pobres opções. Mas como tínhamos fome...
Mas antes do embarque, uma surpresinha. Fuçando as lojinhas do aeroporto encontrei na Barca (site em construção) uma família de luminárias/peixe como aquela do nosso quarto na pousada. Trouxe uma pra casa. Apresento Tenório, já devidamente entronizado na cabeceira da cama:
Por que esse nome? Porque a artesã que criou a peça se chama Yara Tenório.
Fotos da viagem e do show... Sempre tem, né?
As da Ana, sempre melhores, ainda não foram processadas. Ela é uma trabalhadora, né gente...
Quando ela fizer sua seleção, volto aqui pra inserir o link.
*****
Cumprindo parte da promessa, em 07/06/2010: fotos da viagem, por Ana Oliveira.
E aproveitando ao jogo do Brasil - 20/06/2010 -, o álbum de fotos do show de Chico feitas por Ana estão no ar: veja aí!

terça-feira, junho 01, 2010

Perdas e danos

Semana passada perdi meu celular... Já contei, né?
Coisa chata!
Isso já tinha me acontecido outras vezes.
A primeira vez foi em 2000, quando dois marmanjos sequestraram uma amiga e eu quando estávamos conversando no carro (santa ingenuidade!). Demos uma volta pela cidade com eles na direção e fomos "abandonadas" no início da 23 de maio com o aviso de não olhar pra trás. Ainda me atrevi a pedir meu celular e a chave de casa. Mas não fui atendida...
Outra vez, fui roubada naquela feirinha que acontece em São Paulo no dia de Corpus Christi. Ainda no tempo em que era no Arouche... Levava o celular no bolso e algum espertinho o surrupiou sem que eu visse.
Foi ruim, claro!
Mas nessa terceira vez senti mais.
Me senti nua quando dei pela falta dele e me conscientizei de que não ia encontrá-lo mais...
Com o tempo a gente vai ficando cada vez mais dependente desse danadinho.
Sensação igual só me lembro de ter tido quando fui roubada em pleno bairro de Providência, em Santiago, no Chile, no final dos anos 90, dentro de uma loja da Pizza Hut. Fiquei sem a bolsa onde estavam documentos (por sorte o passaporte não estava!), parte do dinheiro que tinha e todas as fotos da viagem numa antiga câmera Olympus daquelas que usavam filme, que naquela época era top de linha... Fui a uma delegacia de polícia, demorou um tempo para eu ser atendida. Não tinha como ligar para a casa da amiga que me hospedava: não tinha $ e o número tinha ido com bolsa. Por fim me lembrei do número do fax de lá e pedi uma moeda emprestada/dada pra uma cidadã que esperava como eu a sua vez de fazer uma constancia na tal delegacia.
Perdas, ai, ai...
E como uma desgraça nunca vem sozinha, perdi mais uma coisinha querida nesse fim de semana: meu canivetinho suiço.
Ele está no chaveiro da minha casa desde muito tempo. Quase sempre que vou viajar de avião, tenho o cuidado de tirá-lo e colocá-lo na bagagem a ser despachada. Mas já teve muitas vezes que me esqueci de fazer isso e nada aconteceu. Acabei achando que ele tinha poderes mágicos contra esteiras de aeroportos.
Nesse fim de semana, fui passear em Porto de Galinhas. Levei uma mochilinha pequena e não despachei a bagagem. Pimba! O canivete foi identificado e apreendido. Pena!
O funcionário disse que ele seria descartado. Não acredito...
E pra completar as perdas, Ana, que viajava comigo, perdeu a capinha do celular logo na chegada a Recife.
Na volta, esqueceu na pousada sua inseparável pinça comprada em Londres...
Acho que São Longuinho está de mal de nós!