terça-feira, fevereiro 16, 2010

Às margens do Llanquihue

Conta a lenda que no Brasil o ano só começa mesmo depois do Carnaval...
Nada melhor, então, que aproveitar o finzinho da folia pra contar como terminou 2009 e como começou 2010.
Pois então... Estávamos em viagem pelo sul da América do Sul.
Já tínhamos passado por Bariloche e pelos chuvosos Lagos Andinos.
E foi assim que, num fim de tarde, desembarcamos do último ônibus do dia em frente ao Hotel Bellavista, em Puerto Varas.
Ainda trazíamos a lembrança recente da neve no cume do vulcão Osorno. E lá estava ele, ainda sob nossa vista. Bastava olhar da janela do nosso quarto para ver seu contorno ao fundo do Lago Llanquihue. Por sorte curtimos bem essa visão, porque nos dias seguintes o danadinho quis brincar de esconde-esconde conosco.
Puerto Varas é uma bela cidade. Toda florida. Rodeada pelo Lago Llanquihe com suas águas calmas.
Pra ficar, Hotel Bellavista. Pra comer, Las Buenas Brasas. Pra jogar, Casino Enjoy. Pra navegar, Capitán Haase.
No Las Buenas Brasa, comi o melhor salmão. E eu nem gosto de salmão.
No Casino Enjoy, ganhamos e perdemos muitos pesos.
No Capitán Haase passamos umas boas horas no final do primeiro dia de 2010. Sol se pondo, Osorno mostrando a cara, muito pisco, vinho e salgadinhos excepcionais, sobremesa e cafezinho. Valeu cada um dos do 40.000 pesos (cerca de R$150,00) que pagamos.
Incluídos no nosso pacote da Freeway, tínhamos passeios a Frutillar, Puerto Octay, Puerto Montt e Ilha de Chiloé, com visita a uma pinguinera.
Chiloé foi interessante, mas a pinguinera era fraquinha. Pra quem já tinha caminhado ao lado dos pinguins na Isla Martillo, em Ushuaia, há menos de dois anos... E tem mais, a Freeway promete levar seus turista à pinguinera, mas, ao chegar à praia Puñihuil, quem quiser ver os pinguins tem que pagar um barqueiro que leva ao local onde estão os bichinhos. Roubada!
Frutillar, pequena cidade de colonização alemã, também à margem do Llanquihue, é encantadora. Jardins floridíssimos. Muito artesanato. Cafés. Docerias. Uma delícia!
A também pequena Puerto Octay não chega a encantar, mas tem sua graça.
Já Puerto Montt, tirando o Mercado do Porto, que estava fechado na tarde do primeiro dia do ano, não tem muitos atrativos.
Para a ceia do ano novo, a Freeway reservou lugares para o grupo no restaurante Puro Toro, que não fica na beira o lago, onde haveria queima de fogos na hora da passagem do ano. Ficamos meio decepcionadas! Por que não cear no próprio hotel com aquela vistona para o lago?
Mas decepcionante mesmo foi quando recebemos um aviso da Touristour, nossa agência receptiva local, dizendo que nos levariam ao restaurante às 20h30. E pra completar, encontramos o Puro Toro completamente vazio. Os funcionários ainda terminvam os preparativos para a grande noite. E nós ali... Bem, nos serviram da melhor maneira que puderam. Chegamos à sobremesa antes de que o restaurante tivesse recebido todos os convivas.
E então... tivemos que conseguir táxis que nos levassem de volta ao hotel, porque nosso pacote incluia apenas a ida ao restaurante. A volta, não! Outra roubada... e das grandes.
Conseguimos dois táxis e fomos - 9 pessoas - apertadas até o hotel. Fazia frio e até garoava um pouquinho. Nos enrolamos em nossas echarpes quentinhas, nos abrigamos com nossos impermeáveis, compramos chifrinhos luminosos de um camelô e fomos pra beira do lago.
A queima de fogos excedeu as expectativas. Meia hora de céu iluminado. Cores e mais cores passeando por sobre nossas cabeças. Olha aí um pedacinho da festa luminosa:
E foi assim que começou nosso novo ano: 2010.
Dessa etapa da viagem há algumas fotos que ilustram o que acabo de contar.
E como estamos finalizando a narrativa dessa escapada para o sul, deixo aqui o link do ábum de fotos de Ana onde ela mostra e conta toda a nossa trajetória em ordem cronológica, sem os vai-e-vem que fiz aqui.

domingo, fevereiro 14, 2010

Resumo da ópera...

Chegamos a São Paulo sãs e salvas na madrugada de sexta para sábado, fugindo do carnaval baiano.
A viagem de volta foi feita de uma única sentada, ou melhor, de muitas, já que incluiu lancha, ônibus, ferry, carro, avião e táxi...
Pra quem gosta de detalhes, aí vai o link do twitter onde fomos postando cada etapa do trajeto de volta:


Durante a viagem ficaram prometidos alguns clipes. A promessa já foi cumprida. Os clipes foram adicionados aos seus respectivos posts. São eles:

  • Saída dos barcos em Rio Vermelho, na festa de Iemanjá

  • Soltura de tartarugas cabeçudas na Praia do Forte

  • Soltura de tartarugas de pente na Praia do Forte

  • Ana e as tartarugas na Praia da Espera, em Itacimirim

E mais três álbuns de fotos, além daqueles que acompanham os posts desse blog:
  • Um meu, com algumas fotos preferidas:
  • Um de Ana, mostrando toda a sequência da viagem:
  • E um de Charlotte, sempre disposta a posar para uma fotinho:

Ufa!

Foi bom enquanto durou...

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Boipeba

De Salvador a Boipeba o trajeto é longo e cheio de baldeações, mas é divertido. Nós já havíamos feito caminho semelhante quando fomos a Morro de São Paulo. Além disso, tínhamos acompanhado pela net o percurso recém feito por Ricardo Freire nessa região, há pouquíssimo tempo. Tínhamos, portanto, conhecimento de todas as etapas.
Um táxi nos levou até o terminal do ferry em Salvador.
Fazia calor.
A viagem de quase uma hora em ferry foi escaldante. Pra distrair, só mesmo os vendedores de tudo: sorvete, óculos, amendoim, castanha, transporte para Morro de São Paulo e sei lá o que mais...
Em Bom Despacho, a integração ferry/ônibus para Valença funciona bem. Ainda deu tempo de comprar os bilhetes de volta para o ferry. Compramos com hora marcada porque empreenderemos a viagem de volta diretamente de Boipeba para o aeroporto, na sexta-feira de Carnaval... na Bahia!
No ônibus, ar condicionado! Ô delícia!
Antes de chegar à rodoviária de Valença, há um ponto onde se pode descer para um acesso mais fácil ao terminal hidroviário da cidade. Não descemos ali. Precisávamos comprar os bilhetes para a volta: eles não eram vendidos na bilheteria de Bom Despacho. Pode?
Da rodoviária ao terminal dos barcos é fácil de ir, praticamente uma única rua.... Uma caminhada de uns 15 minutos, passando pelo centro da cidade. Uma coisa nos chamou a atenção: vimos nada menos que 10 farmácias nesse trajeto.
Chegamos ao porto antes das 15h, mas a lancha que sairia nesse horário já estava lotada. Compramos passagens para a das 16h e voltamos ao centro pra comer alguma coisa nesse meio tempo. Foi aí que avistamos a 11a. farmácia do dia, numa travessa da rua principal.
Diante da oferta duvidosa de lugares pra comer, decidimos comprar pão e queijo num supermercado e fazer nossos próprios sanduíches, que comemos com Coca Zero num botecão.
A lancha rápida para Boipeba é mesmo rápida. Vai a uma velocidade estonteante pelas águas e chega ao destino em pouco mais de uma hora. Aportamos no cais Zé da Viúva ao entardecer.
A Pousada Santa Clara fica a uma certa distância do porto. Mais uma caminhada com as mochilas nas costas. Dessa vez pela areia, contemplando o entardecer no Rio do Inferno em seu encontro com o mar.
A pousada é muito acolhedora. Matias, Charles e Mark são amáveis e prestativos. E o restaurante é imperdível. A cada dia um cardápio caprichado para o jantar. Tudo feito pelo Mark, que é o irmão do Charles. Gente de outras pousadas chega ali só pra comer no restaurante.
Experimentamos também a cozinha do Igor no restaurante "Chez Iris & Igor", no centrinho da vila. Muito boa, mas com serviço muuuuuito lento.
Na nossa primeira manhã em Boipeba, ficamos tentando organizar nossos passeios pela ilha, num vai-e-vem entre uma agência, uma barraquinha que vende passeios de barco e uma empresa de mergulhos. Ficaram acertados uma ida para Cairu na tarde daquele mesmo dia, um mergulho para Ana meio do dia seguinte e um passeio que dá a volta na ilha para o último dia.
Cairu não rolou por pura incompetência da funcionária da agência de turismo, que nos vendeu as passagens de ida e não quis reservar a volta. Disse-nos para solicitar a volta no momento da partida. Insistimos, pois sabíamos pela experiência do dia anterior que os barcos saem lotados de Valença. Dito e feito! Não havia mais lugar pra voltar...
Em vez de ir a Cairu, fomos dar uma longa caminhada até a praia da Cueira, com direito a paradas para fotografar no caminho e para tomar duas cervejinhas.
O mergulho, feito com o pessoal da Ocean Scuba, não foi lá essas coisas...
Ana voltou mareada, pela primeira vez na vida, e decidimos não fazer o passeio de barco programado para o dia seguinte. Em vez disso, fomos a pé até a Praia Moreré, além da Praia da Cueira que já tínhamos visitado uns dias antes. Duas horas de caminhada pela praia, incluindo uma trilha pela mata e a passagem pela foz do rio Oritibe, que tem que ser feito com a maré baixa. Na ida foi fácil. Mas na volta... ai que medo! A maré estava mais alta e a correnteza mais forte!
Nem as bolhas criadas nos pés pelo atrito com a areia e nem a chuva que caiu no meio do dia tiraram a beleza do passeio.
Enfim, Boipeba é lugar pra ficar preguiçando, fazer caminhadas pela praia, comer na Pousada Santa Clara, dar um passeiozinho até a vila no final da tarde ou início da noite. E tirar muitas fotos.
Eu quero voltar!

Amanhã voltaremos pra casa. O dia será cheio. As aventuras omeçarão às 9 horas, quando embarcaremos na lancha rumo a Valença e todo aquele trajeto de vinda será refeito, em sentido contrário, acrescido de uma carona de nossa amiga Licia até o aeroporto.
Ah, e dessa vez levaremos nossos sanduíches de pão com queijo já prontinhos, usando parte do café da manhã da pousada...

terça-feira, fevereiro 09, 2010

A passo de tartaruga

Na primeira tarde em Itacimirim já fomos recebidas na praia por uma enorme tartaruga marinha.
Foi assim que iniciamos nossa amizade com esses animais.
Dia seguinte, ela e mais algumas amigas voltaram a nos encontrar ali, na Praia da Espera, bem em frente à "nossa casa".
Mas foi mesmo na tarde do dia 4 que começamos a participar da vida delas. Fomos visitar o Projeto Tamar na Praia do Forte e, casualmente, chegamos na hora da alimentação dos animais. Tartarugas e tubarões em grandes tanques recebiam agrados e pedaços de peixe.
Eles são alimentados somente uma vez ao dia. E nós chegamos bem nessa hora. Ô sorte!
Mas o melhor ainda estava por vir: às 17h um grupo de biólogos, ajudados por crianças do Projeto Tamarzinho, começam a abertura dos ninhos de tartarugas. Show!
É assim: a região é usada como ponto de desova das tartarugas marinhas. Alguns ninhos são deixados em lugares considerados arriscados. Lugares com muita luz artificial ou com grande circulação de pessoas. Esses ovos são então transferidos para a base do Projeto e ficam ali até o momento em que as novas tartaruguinhas nascem. Quando estão prontos para a vida, os filhotes cavam a areia até sair para a superfície e se dirigem ao mar. Os biólogos do Tamar dão uma ajudazinha a eles, cavando os ninhos que já estão prontos e preparando a soltura das tartaruguinhas ao mar. E essa atividade é feita sob os olhos curiosos de toda gente que está ali naquela hora. Espetáculo emocionante.
Ninhos abertos, os filhotinhos são mostrados ao público, que pode observar bem o animalzinho e até tocar nele. Em seguida, num ponto da praia previamente preparado, acontece a soltura. Uma verdadeira corrida de tartaruguinhas para o mar. Segundo a bióloga, esse procedimento é importante para que elas memorizem o local onde nasceram e ao qual as fêmeas deverão voltar quando for a sua vez de tornarem mães.
Vendo os filhotinhos nascerem daquela forma, nos sentimos um pouco como se eles fossem nossos e nos tornamos também responsáveis pela sua sobrevivência.
Os biólogos explicam todo o processo e pedem atenção às formas de preservação da natureza que podem ajudar as tartaruguinhas a voltarem àquele mesmo ponto da praia dentro de 25 anos, para ali deixarem seus ovos.
Uma grande ameaça à vida desses animais é o lixo deixado no mar, que eles confundem com comida, ingerem e acabam até morrendo por isso. Legal que há muita criança na plateia aprendendo como coloborar. Mas nós adultos também temos muito que aprender...
Bem, gostamos tanto que voltamos no dia seguinte pra ver novamente o espetáculo.
Fizemos fotos e mais fotos e também um clipezinho da corrida das tartaruguinhas para o mar.
Prometo colocar o clipe no ar assim que voltar pra casa e tiver tempo pra editar e uploadear.
Continuando nossa intimidade com as tartarugas marinhas, no último dia de nossa estada na Praia da Espera, voltamos a nos encontrar com elas. Havia várias por ali e conseguimos, com muito custo e paciência, fotografar e filmar algumas aparições. O filminho vai pro rol de promessas que já acumula 3 itens: festa de Iemanjá, soltura de tartaruguinhas e agora tartarugas adultas na Praia da Espera. Juro que cumpro a promessa!


PS. Cumprindo a promessa:





Salvador 2010

Chegamos a Salvador pelas asas ainda desconhecidas da Azul. Foi nossa estréia na nova companhia aérea e em Viracopos. Aprovamos!
No aeroporto de Salvador, nos esperava Licia, nossa amiga baiana.
Primeira parada: acarajé da Cira, em Itapuã.
Era domingo.
À noite fomos conhecer o Aconchego da Zuzu: fechado! Ou melhor, fechando bem na hora em que chegamos, lá pelas 8 da noite. E olhe que eu tinha conferido pela internet o horário de funcionamento do local: jantar de quinta a domingo até 23h.
Por sugestão de Alberto, outro amigo baiano, fomos pro bairro de Santo Antonio e comemos o melhor arrumadinho da viagem, pelo menos até agora, no Pátio do Carmo. Fica numa praça com um cruzeiro bonito, mesas no meio da rua.
Seguindo conselho de LadyRasta, fomos à Barraca da Goa, na Pedra do Sal. Gostamos muito: mar azul, comidinha gostosa, música boa e baixinha, pouca gente. Fácil de ir! É seguir pela orla, passar por Itapuã e continuar. Depois da Praça Vinicius de Morais, há uma filial do Ki-Mukeka. Virar à direita na entrada seguinte. Tem uma cancela, mas o segurança abre sem perguntar nada. Seguir em frente e virar à esquerda na última rua. No final dela já está a entrada da Goa. Vale a pena!
A viagem incluiu ainda a Festa de Iemanjá e uma escapada para o norte: Arembepe, Itacimirim e Praia do Forte, aventuras que já contei aqui.
Depois das praias do norte, voltamos a Salvador para um fim de semana bem sossegado, antes de partir para a outra etapa da viagem.
Dessa vez, nos hospedamos no Pestana, que sempre esteve nos nossos caderninhos de desejos, já que fica bem pertinho do nosso velho e bom amigo de sempre, o Íbis.
Fizemos uma reserva pelo site do Hoteis.com por um precinho camarada e, ao chegar ao hotel recebemos um up-grade. Nosso apartamento tinha uma vista fantástica para o lado do Farol da Barra e tivemos direito ao café da manhã executivo, servido no 23o. andar com vista para todos os lados do mar. Passamos ali o final do sábado e o domingo. Curtimos a vista, o café da manhã farto, a piscina com vista pro mar, o ar condicionado silencioso e a internet que, infelizmente, não é grátis. Cobram R$15,00 por 24 h.
Saímos somente para almoçar no Amado, que ainda não conhecíamos. Comemos bem. Gostamos!
No final do domingo descemos ao bar do lobby para um drink. O garçon Fred, bastante ríspido, nos atendeu de má vontade. Pedimos Campari. Ele nos deixou falando e foi consultar o barman para saber se tinham Campari. Pedimos Tônica Diet. Nova consulta ao barman. Pedimos um pote de amendoim e castanha. No fundo do pote havia farelos de salgadinho. Fred não soube nos explicar como eles foram parar ali...
Coisinhas que destoaram do atendimento correto que tínhamos tido até então.
Um casal cantava ao vivo no bar. Música chata! E no intervalo fizeram menção de vender seus CDs entre os presentes. Mais chato ainda! E pior: na conta veio o couvert artístico, R$ 8,00 por cabeça. Nos recusamos gentilmente a pagar...
Não sei porque há quem ache que música ao vivo é fundamental. No Pestana havia música ao vivo no bar e no salão de café da manhã. Acho um desrespeito duplo. Primeiro com os ouvintes que não podem escolher se e o quê querem ouvir. Depois com os músicos, que ficam ali expostos às conversas e à desatenção de um público nem sempre interessado em ouvi-los.
Na manhã da segunda-feira, saímos com destino a Boipeba.
Salvador agora, só na volta. Direto do ferry para o aeroporto.
Quer ver fotos? Aqui estão.

domingo, fevereiro 07, 2010

Rumo norte

Carro alugado, malas arrumadas, pé na estrada...
Na manhã do dia 3 de fevereiro saímos de Salvador rumo às praias do norte.
Primeira parada Arembepe.
Andamos pela pracinha dos restaurantes, fotografamos a igrejinha de São Francisco, por fora e por dentro... Ou melhor, de dentro pra fora, pelos janelões da sacristia que dão direto pro mar.
Almoçamos com nossa amiga Licia no Mar Aberto, também de cara pro mar.
Demos uma olhadinha rápida na praia do Piruí. Fomos até a entrada do Projeto Tamar, mas nem entramos e seguimos viagem.
Nosso destino nesse dia era a Pousada da Espera, em Itacimirim, onde já tínhamos reserva.
Falo primeiro da parte boa da pousada: nosso apartamento tinha uma vista linda pro mar. Dava pra ver até o farol da Praia do Forte. A praia é bonita, tranquila, quase deserta. Água morninha... Uma enorme tartaruga veio nos dar as boas-vindas assim que pusemos os pés na água. E voltou com outras companheiras nos dias seguintes.
Na primeira noite uma bela lua enfeitava o céu diante da nossa janela, por onde entrava sempre uma gostosa brisa e o barulho das ondas.
Ops... estou falando SÓ das maravilhas naturais... É que a pousada em si nos decepcionou. Instalações sem graça, precisando de manutenção.Decoração pobrinha. Chuveiro fraquinho. Ar condicionado barulhento. Nenhuma cadeira; nem dentro nem na varanda... mas tinha uma rede! Sem internet e sem TV a cabo. Não que quiséssemos ficar zapeando na TV a cabo ou coisa parecida, mas, pelo preço cobrado – R$ 312,00 a diária – esperávamos um pouco mais de mimos.
Café da manhã servido na mesa durante os dias de semana. No sábado, nosso último dia por lá, havia um pequeno buffet. Tanto na mesa quanto no buffet, as comidinhas tinham uma carinha cansada...
Café de garrafa térmica. Suco só de laranja. Nada de tapioca quentinha ou sucos de frutas regionais. Mas a paisagem do restaurante era de tirar o fôlego!
De lá, fomos passear na Praia do Forte. Levei um susto. A cidadezinha que eu conheci no início dos anos 90 desapareceu. E em seu lugar construíram um shopping a céu aberto. Bonito, mas diferente do que eu esperava. Acho que preferia a Praia do Forte que eu tinha na lembrança. Progresso?
Voltamos lá nos outros dias: era a "cidade grande" mais perto de nós... e com algumas coisas pra ver além das lojas de grife da Alameda do Sol.
Visitamos as ruínas do Castelo de Garcia D’Ávila e o Projeto Tamar.
De tartarugas e do Projeto Tamar, tenho muita coisa pra contar. Guardo pra um próximo post.
Por sugestão do Sidney da Soze locadora de veículos – que recomendo – fomos almoçar no Manguezal, um restaurante à beira do Rio Pojuca. O lugar é muito aprazível e a comida boa. Pra chegar lá, fique de olho na placa que fica na estrada – Linha Verde – entre Itacimirim e Praia do Forte. À direita, um pouquinho antes de cruzar o Rio Pojuca. Entre ali. É pertinho, menos de 200 m.
A entrada é simplesinha. Depois da casa, há o mangue com um longo deck que a gente vai atravessando e vendo caranguejos daqueles coloridos, lindos.
Por fim se chega ao restaurante propriamente dito: dois decks avançando sobre o rio. Imperdível!
Fomos também a Imbassaí, mas dali só curtimos a paisagem. A entrada da cidade está em obras. Paramos o carro a uma boa distância da praia e caminhamos sob o sol até a barraca mais próxima: Cabana do Marujo. Visual lindo! Comida péssima!
Além disso, uma barraca vizinha tocava um pagode ridículo num volume muito acima do que poderia ser considerado aceitável. Fomos embora rapidinho. E até desistimos de nossos planos de ir mais para o norte.
Sábado acordamos cedinho e fomos dar uma caminhada na praia. Encontramos tanto lixo! Pena, num lugar tão bonito!
No final da manhã deixamos a bela praia da Espera e fizemos o trajeto rumo sul, voltando pra Salvador.
Algumas fotos dessa escapada para o norte estão AQUI.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Iemanjá 2010 - parte 2

Conforme o prometido, volto pra contar a segunda parte de nossa participação na festa de Iemanjá.
Perto das 3 horas da tarde, chegamos de volta à praia do Rio Vermelho.
O caminho do hotel até lá estava bem cheio de gente e havia lugares onde a passagem estava difícil.
A fila para a entrega das oferendas ainda rolava... e longa!
Abandonamos a ideia de ficar na areia e cruzamos toda a praia pela calçada. Fomos nos instalar num pequeno morro no final da praia (ou seria o começo?).
De lá tínhamos boa visão de tudo o que acontecia.
Gente e barcos preenchiam nossos olhares e lentes.
Na areia, as pessoas circulavam, dançavam, brigavam, dormiam...
Na água, os barcos já carregados com os presentes a Iemanjá esperavam a hora da partida.
Lá pelas 4 da tarde, sem nenhum aviso, a estátua de Iemanjá que estivera o dia todo exposta próximo da igrejinha, foi colocada num pequeno barco, que saiu pelo mar seguido dos outros que já estavam por ali. Reuniram-se todos num ponto do mar e ali organizaram uma espécie de procissão liderada pelo barco Rio Vermelho, que carregava a dona da festa.


Quando o cortejo se perdeu no horizonte, empreendemos a longa e acidentada caminhada de volta ao hotel. Tinha muita, muita, muita gente pela rua. A passagem ficava difícil na maior parte do trajeto, mas chegamos sãs e salvas ao destino.
Foi um dia agitado, quente e cansativo. Mas nada que um bom banho não reparasse.
Jantamos olhando pro mar e agora aqui estamos, no agitado lobby do Hotel Ibis, teclando essas palavrinhas pra registrar as aventuras do dia.
O álbum foi ampliado. Vejam aí:


E aqui dá pra ver as fotos em tamanho maior, com algumas legendas...

Iemanjá 2010 - parte 1

Nada nos impediria de ir à festa de Iemanjá nesse 2 de fevereiro...
Ontem à noite, Ana torceu o pé. Nada grave, mas doía, claro!
Hoje, acordamos cedinho.
Café da manhã frugal e pé na estrada... ops, na areia.
O pé de Ana doía, mas fomos assim mesmo!
Ainda não eram 8 horas e havia muita gente no Rio Vermelho, aqui pertinho de nós.
Levamos nossas oferendas e as de algumas amigas: flores de LadyRasta, pedidos escritos por Rose e Flora. De nossa parte, flores e perfume de alfazema.
Chegamos e já fomos jogando nossos presentes e pedidos ao mar.
Homenagens feitas, fomos ver o que mais rolava por lá.
Uma longa fila de pessoas de todas as idades, cores e classes sociais esperava sua vez de entregar flores, espelhos, pentes, lavandas, bonecas e outras coisinhas mais para serem colocadas nos balaios que mais tarde serão levados ao alto mar e entregues diretamente à rainha das águas.
Na praia, grupos e mais grupos de candomblé (será que é isso mesmo?) prestavam sua homenagem a Iemanjá em forma de canto e dança. Filmei um pouquinho... Prometo colocar no youtube assim que possível.
Movimento total!
Daqui a pouco voltaremos para acompanhar a saída dos barcos para o alto mar.
Assim, mais tarde haverá um Iemanjá 2010 - parte 2".
Por enquanto, fiquem com essas imagens da primeira etapa da festa e com a promessas de mais notícias: