domingo, julho 24, 2011

Praga,cidade pra voltar um dia

Entre Budapeste e Praga, viajamos pela mesma Orange Ways, mas dessa vez nem tudo funcionou tão bem como na viagem Viena/Budapeste. O ônibus saiu com atraso de 40 minutos e o wifi não funcionava...
Viagem longa. Chegamos a Praga ali pelas 23h30.
Comprar o bilhete do metrô foi a primeira odisseia da noite: não aceitavam cartão de crédito. Enquanto sacávamos as coroas tchecas no terminal do banco, a bilheteria "humana" fechou... e a bilheteria eletrônica não aceitava notas, só moedas. Tempo correndo e a gente nem sabia até que hora o metrô funcionava. Foi preciso correr até um boteco na estação rodoviária integrada - Florenc - e comprar algo pra trocar o dinheiro e conseguir as tais moedas. Conseguimos!
Próximo desafio: qual estação do metrô seria a mais próxima do Roma Hotel, em Mala Strana? 
Lição de casa mal feita! Devíamos ter estudado a questão antes da chegada... Mas contávamos com o wifi do ônibus para isso. 
Estudando o mapa do metrô, vimos algo que nos pareceu ser a Ponte Carlos. E o hotel ficava nas imediações da dita cuja. Fomos!
Mas quem disse que aquilo que lemos naquela escrita estranha era mesmo "Ponte Carlos"?
Não era! E tivemos que arrastar a mala por uma longa calçada em obras até a beira do rio, atravessar uma ponte que não era a Carlos e caminhar meio a esmo por algumas ruas até chegar ao ponto que o mapa (que tínhamos traçado no Ipod) indicava como sendo a rua Ùjezd, 24. Chegamos!
Surpresa! O recepcionista nos pediu milhões de desculpas, pois por algum erro o quarto que nos esperava era muitíssimo pequeno. Dormiríamos ali naquela noite e no dia seguinte mudaríamos para um maior, conforme nossa reserva. Como compensação, havia uma garrafa de vinho para nós no quartinho e ainda ganhamos vouchers para um drink no bar do hotel. E tudo correu como nos foi dito. Chegamos até a lamentar a mudança... O quarto pequeno era muito mais charmoso, novinho. Mas era mesmo diminuto. Ficava no último andar e tinha o teto inclinado. Demos umas boas cabeçadas nele naquela única noite em que ali estivemos.
A cidade... bem, é linda! Mas ainda estaria lotada se tivesse a metade dos turistas que tinha naqueles três dias.
As nuvens esconderam a belíssima lua cheia que se anunciava nos dias anteriores e lá se foi nosso sonho de vê-la refletida no Vltava.
Já na primeira manhã, compramos ingressos para o teatro negro no Fantastika, concerto na igreja de St. Nicholas e mais um concerto no belo teatro municipal (que afinal não aconteceu no salão principal, mas numa sala menor).
Passamos pelo belo relógio astrológico inúmeras vezes e sempre paramos para olhar os apóstolos que aparecem nas janelinhas acima dele, para ver e ouvir o sino tocado pela caveira que está ao seu lado direito e para curtir o som do corneteiro no alto da torre.
Lerês? Fizemos todos! Passamos pela Ponte Carlos várias vezes - manhã, tarde e noite - olhando, tocando e fotografando as estátuas.
Subimos com o bonde 22, que passava em frente ao hotel, até o ponto mais alto do complexo do castelo, no Loreto. Pagamos a permissão para fotos quase no mesmo valor das entradas ao convento. Mas valeu! 
Vimos a troca da guarda no castelo e fomos descendo sem comprar o tal ingresso conjugado que daria direito a várias combinações de visitas.
Entramos na Catedral de São Vito apenas na parte reservada aos não-pagantes e chegamos à entrada da Golden Lane, onde há a casa onde viveu Kafka, lamentando não ter comprado o tal ticket. Conclusão: voltamos no dia seguinte, compramos o bilhete e saímos visitando Catedral de São Vito, castelo, igreja de São Jorge e Golden Lane.
Fomos ao bairro judeu e visitamos as sinagogas incluídas num ticket também conjugado. Pagamos licença pra fotos no cemitério judeu e achamos tudo meio sem graça por ali.
Comemos nas barraquinhas da Staromestské nám - a praça da cidade antiga - e adoramos. 
Nos perdemos pelas ruelas da cidade.
Fomos à igreja do Menino Jesus de Praga, que ficava na mesma rua do nosso hotel.
Subimos de funicular ao bairro de Petrín, onde está uma mini torre eiffel, e visitamos seus lindos jardins.
E partimos três dias depois, rumo a Portugal.
Para chegar ao aeroporto, usamos os serviços da Prague Airport Transfers, mais uma indicação certeira do Ricardo Freire nesse post aqui. Reservamos por e-mail. Tivemos a confirmação rapidamente e fomos de Mercedes para o aeroporto pagando 550 coroas tchecas, ou seja, 23 euros, e um motorista bem simpático.
Praga merece uma volta, sim. De preferência numa época mais tranquila.
Fotos... temos!
As da Ana estão aqui
E as minhas, aqui.

2 comentários:

  1. Eu gosto demais de Praga, e voltaria sempre! Jamais no calor, claro. E lamento não ter feito alguns dos passeios em volta da cidade. Terei que voltar.

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  2. Carmem, agora entendi porque você não gostou tanto de Praga rsrs.. Estes percalços de viagem, infelizmente, interferem no nosso espírito viajante e na opinião que teremos daquele lugar. Eu fui para Praga quase no inverno, a cidade muito vazia, concertos lindos, todo mundo falava inglês, foi muito diferente. Beijos,

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