segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Mas antes de chegar a Tanger...

Como já disse, Mohamed I, nosso guia marroquino que não falava espanhol e preferia se comunicar num inglês sofrível mas perfeitamente inteligível para nós, nos escoltou pela Medina de Tetouan como manda a tradição muçulmana: mulheres atrás...
Mesmo assim, conseguimos fotografar algumas cenas interessantes:

  • O vendedor de frutas secas, com seus figos organizados em forma de colar:

  • Um dos meios de transporte da população:

  • E a loja de tapetes, onde se sobe por uma escadinha curiosa até um terraço de onde se pode ver toda a cidade. Tudo devidamente registrado por Ana Maria:

Interessante a maneira de vender tapetes, semelhante à que já tínhamos visto em 2004, na Turquia: o guia leva os turistas ao local - uma cooperativa - onde são recebidos por um vendedor que fala - ou pensa que fala - a língua do possível comprador. Tapetes e mais tapetes são espalhados ao chão para "tentar" o comprador. E durante o tempo da "propaganda", o turista pode degustar um autêntico chá marroquino. No nosso caso, como já demonstramos pouco interesse pela compra desde o início, fomos castigadas: o prometido chá não apareceu...

Depois dessas instigantes aventuras por Tetouan, atravessamos as montanhas Rif rumo a Tanger.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Caminhando por terras marroquinas

A viagem ao Marrocos começou cedo, no dia 16 de fevereiro. Depois de um ótimo café da manhã, caminhamos até o porto. No caminho, um filho da terra posou para uma foto: Paco de Lucia.

O barco que faz a travessia entre Algeciras e Ceuta é grande e confortável. Promete levar apenas 35 minutos... propaganda enganosa! O processo todo - desatracar, navegar e atracar novamente - leva quase uma hora.
Em Ceuta fomos recebidas por nosso primeiro guia marroquino: Mohamed, devidamente vestido com sua djalaba negra.
Passamos por Ceuta rapidamente, dentro da van que nos levaria a Tetouan. Na fronteira, Mohamed se encarregou dos trâmites de entrada ao país, enquanto nós observávamos a imensa multidão que fica por ali procurando trocar mercadorias.
Chegamos, finalmente à Medina de Tetouan, uma cidade menor e menos globalizada do que Tanger, como veríamos depois. Passamos por toda a labiríntica Medina sempre seguindo nosso guia, sem muitas condições de parar para fotos.

Mohamed nos escoltou por ruelas e mais ruelas, com lojas, bancas de frutas, verduras, gente, muita gente... Para o almoço, um restaurante típico, com a comida mais típica do local: cuscuz.

E Coca-Cola marroquina!

Depois do almoço, uma passadinha numa farmácia marroquina, cheia de ervas e óleos. E uma massagem, pra relaxar e pra comprovar a eficácia dos produtos...

Próxima parada: Tanger!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Edição revista e ilustrada

Era dia 13 de fevereiro quando chegamos a Ronda, bela cidade que fica no alto da serra, a quase 100 km de Málaga. A cidade se assenta em dois picos, unidos por uma ponte do século XVIII. Abaixo dessa ponte, chamada de Ponte Nova, está o precipício: o "tajo", cavado pelo rio.
Já conhecíamos a cidade, mas quisemos voltar.

Desta vez, ficamos no Hotel Rainha Vitória, o mais antigo de Ronda.
Foi criado em 1906, e lá já se hospedou até mesmo Rilke, quando compôs sua "Trilogia Espanhola"!
O quarto onde ele ficou agora é uma espaço de homenagem a ele. Vejam!

Há também uma escultura que o representa no jardim do hotel, olhando para o abismo. Bonito! Ana deu a mão ao poeta para uma foto diferente:

Continuando a sessão de celebridades, na sala de estar do dito hotel tem uma foto de Juan Carlos e sua esposa. Além disso, uma placa na entrada esclarece que lá também esteve Afonso XIII. Enfim, parece que, sem querer, acabamos achando um hotel bem interessante em Ronda!
Chegamos bem a tempo de ver o pôr-do-sol de nossa varanda. Lindíssimo!

No dia seguinte, dedicado a San Valentín , protetor dos enamorados, caminhamos pela cidade sob a lua cheia. Fazia frio e a cidade estava vazia. Parece que todos comemoravam o San Valentín em casa... Voltamos pra casa à luz da lua pra arrumar as malas.

E ainda de nossa varanda, na manhã seguinte, pudemos ver a lua se despedindo da noite.

Fomos também aos banhos árabes e descemos pelas estradinhas que ficam no fundo do "tajo" para ver a cidade de baixo para cima.

Próximo destino: Algeciras.
A cidade fica à beira do porto e é bem feinha. Cheia de marroquinos suspeitos, lugares feios e sujos... A praça principal e o mercado são um pouco mais bonitinhos, mas nada muito empolgante. Mas na verdade, o que nos importava ali era mesmo o porto, de onde partiríamos para o Marrocos. Havia um barco rápido que prometia chegar à África em 35 minutos, mas que no final não foi tão rápido assim. Mas isso será tema de um próximo capítulo...
Continuando com Algeciras , o Hotel Reina Cristina, onde ficamos antes e depois da ida à África, era de cair o queixo! E por um preço comparável ao das pensoes lisboetas...
Pra começar, ele fica no meio de um parque, rodeado pelas muralhas antigas da cidade. É um edifício grande e bonito, daqueles antigos, com apenas 3 andares, com muitas varandas.

A nossa, por exemplo - sim, também tivemos direito a uma - tinha vista para o Estreito de Gibraltar, com seus navios entrando e saindo do porto. No centro do hotel, há um pátio andaluz, em volta do qual tudo acontece. Um bar, onde velhinhos e velhinhas ingleses, tomavam seus digestivos e chás e conversando, sentados em poltronas de encosto alto, todos com cara de personagens de Agatha Christie. Sala de tv. Salão de dança. Computador ao lado de uma fonte com barulhinhos de água , tudo no pátio andaluz...

Enfim, uma maravilha! Maravilha, aliás, já apreciada por muitos famosos. Entre outros, vimos assinaturas de Orson Welles e Cole Porter. Há até mesmo uma foto de García Lorca com um amigo, na entrada do hotel, em 1933. Charlotte posou na placa comemorativa ao fato...

Por último, a localização é ótima: pertinho do porto, de onde saímos rumo ao Marrocos.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Pôr-de-sol e lua cheia nas montanhas

Era dia 13 de fevereiro quando chegamos a Ronda, bela cidade que fica no alto da serra, a quase 100 km de Málaga. A cidade se assenta em dois picos, unidos por uma ponte do século XVIII. Abaixo dessa ponte, chamada de Ponte Nova, está o precipício: o "tajo", cavado pelo rio.
Já conhecíamos a cidade, mas quisemos voltar.
Desta vez, desprezamos o Parador Nacional e seus preços exorbitantes, resultado certamente de sua localizaçao à beira do "tajo", e ficamos no Hotel Rainha Vitória, o mais antigo de Ronda.
Foi criado em 1906, e lá já se hospedou até mesmo Rilke, quando compôs sua "Trilogia Espanhola"!
O quarto onde ele ficou agora é uma espaço de homenagem a ele. Há também uma escultura que o representa no jardim do hotel, olhando para o abismo. Bonito!
Continuando a sessão de celebridades, na sala de estar do dito hotel tem uma foto de Juan Carlos e sua esposa. Além disso, uma placa na entrada esclarece que lá também esteve Afonso XIII. Enfim, parece que, sem querer, acabamos achando um hotel bem interessante em Ronda!
Chegamos bem a tempo de ver o pôr-do-sol de nossa varanda. Lindíssimo!
No dia seguinte, dedicado a San Valentín , protrtor dos enamorados, visitamos o centro de interpretação da ponte nova de Ronda, isto é, uma exposição de toda a história da ponte, que fica exatamente embaixo da dita cuja.
Fomos também aos banhos árabes e descemos pelas estradinhas que ficam no fundo do "tajo" para ver a cidade de baixo para cima.
Para comemorar San Valentín , quando estávamos almoçando, a cozinheira recebeu um lindo ramalhete de flores e ficou encantada... Perdeu até o rumo da cozinha.
À noite, com a lua cheia, caminhamos bastante em busca de um lugar pra comer. Fazia frio e a cidade estava vazia. Parece que todos comemoravam o San Valentín em casa... Acabamos achando um restaurante com cara de Gaudí e comemos uma beringela com melado, acompanhada, é claro, de vinho.
Voltamos pra casa à luz da lua pra arrumar as malas.
No dia seguinte partimos cedo de volta a Málaga. Deixamos Horácio no aeroporto e rumamos para a estação rodoviária. Próximo destino: Algeciras.
Chegamos hoje a Algeciras. A cidade fica à beira do porto e é muito feia. Cheia de marroquinos suspeitos, lugares feios e sujos...
Há pouco demos uma passadinha na praça principal e achamos um pouco mais bonitinha.
Mas na verdade, o que nos importa aqui é mesmo o porto, de onde partiremos amanhã cedo para o Marrocos. Calma, lá! Não vamos muito longe, não. Vamos somente até Tanger, bem no norte, pertinho daqui. Há um barco rápido que chega à África em 35 minutos. A cidade de chegada é Ceuta, possessão espanhola. Depois vamos a Tetouan e, finalmente, Tanger. Ah! E não vamos sozinhas, por nossa conta e risco, pegamos um pacotinho rápido. Voltamos no dia seguinte, ou seja, na sexta-feira no final da tarde.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Com Chico em Milão

Fomos a Milão só pra ver Chico e Ray Lema. A oportunidade era imperdível. Andávamos pela Europa e o show seria a uma hora e pouco de avião de onde estávamos. Fomos!
Fazia muito frio em Milão naquele começo de noite. Caminhamos até o Teatro Dal Verme enroladas em nossas mantas de lã.
No saguão do teatro já nos entregaram um envelope com os ingressos para o show. Constanze - a produtora européia de Chico - havia deixado para nós.
Pouco tempo depois, surgem Constanze e Chico. Ela atarantada com as coisas que precisava resolver e ele comendo uma maçã. Conversamos rapidamente e Chico saiu pra dar uma voltinha na rua, disse que ia comprar uma blusa. Voltou em instatantes, sem a blusa e com a notícia de que ali em frente havia uma loja com o nome de "antichita". Ele achou curioso, pois Chita é o nome de seu selo musical... Disse que depois gostaria de tirar algumas fotos ali.
Nove horas em ponto, o show começa. Na platéia muitos brasileiros, mas também muuuuuitos italianos.
Ray no piano e Chico nos violões. E cantaram, cantaram, cantaram. Congo e Brasil unidos pela música.

Mas a platéia pegou mesmo fogo na hora da velha e boa Mama África...
Os aplausos foram calorosíssimos. Chico e Ray voltaram duas vezes para o bis.

Terminado o show, Constanze nos levou ao camarim. Chico nos recebeu antes dos outros fãs, nos serviu um vinho e nos convidou pra jantar com eles. Aceitamos!
Aproveitamos pra entregar a ele um button que havíamos comprado em Palma, com os dizeres: No sín mi bici, que ele colocou imediatamente na jaqueta.
No momento de sair para o jantar, criou-se um problema, não havia lugar para todos no carro. Imediatamente dissemos que iríamos de taxi. Mas o restaurante escolhido não era longe dali e nos indicaram o caminho para irmos a pé. Estávamos saindo e Chico se lembrou da foto no "antichita". Entregou a mochila que carregava a Constanze e disse que ia a pé conosco, depois de fotografar. E assim foi: Ana fotografou o lindinho diante da loja e saimos os três pela fria noite milanesa em direção ao Restaurante Bellavista.

À mesa, nos sentamos juntos: Constanze, eu, Chico e Ana. Conversamos, comemos e bebemos juntos. Falamos de shows, de fãs, do Brasil, de comida. Chico até perguntou quem de nós duas cozinhava... Num determinado momento ele nos disse que aquilo tudo até parecia um concurso do tipo: "Vá a Milão e jante com o seu ídolo". Rimos muito.
E quando terminou o "Jantar com as estrelas", nos despedimos de todos e voltamos alegres para o hotel.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Em Milão

Hoje o dia começou cedo, muito cedo! Acordamos as 5 da manhã para dar conta de tudo o que precisava ser feito e estar no aeroporto de Barcelona as 7h30. Chegamos cedo!
Nas asas da Vueling, voamos até Milão. A viagem foi bonita. Do alto, vimos Marselha e os Alpes nevados. Chegamos aqui com uma temperatura anunciada de zero graus. Brrrr!!!!!!
O aeroporto de Malpensa é bem longe da cidade. Pegamos um ônibus e descemos na Estação Central. Percorremos a tal estação de ponta a ponta a procura de um posto de informaçoes turisticas. Demorou, mas encontramos. Ai descobrimos que nosso hotel estava a uns 10 minutos de caminhada a partir dali. Fomos!
Almoçamos num restaurante maneiro, perto do hotel: frios e pasta.
Descansamos um pouco e nos pusemos em marcha para a Praça do Duomo. Passamos pelo Scala e pela Galeria Vittorio Emanuelle. Linda! Aproveitamos para fotografar Leonardo que passa seus dias olhando para o Scala...

O Duomo... em obras, quase que totalmente escondido pelos andaimes e telas.
A noite vamos ver Chico Cesar e Ray Lema. Os dois cantam no Teatro Dal Verme. Nossos ingressos ja estão assegurados.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Esperando aviões

A Europa é pródiga em companhias aéreas pequenas e baratas. Em outras viagens por essas terras, já experimentamos algumas. Dessa vez estamos conhecendo outras.
Em Portugal experimentamos a SATA, única companhia que vai aos Açores além da velha e boa TAP. Se é barata, não sabemos, pois tudo fez parte de um pacote que compramos para o arquipélago, mas é boa. O único senão foi o pouso acidentado na Ilha Terceira, mas isso acontece!
Para ir de Lisboa a Palma de Mallorca, revisitamos a Air Berlim, que já conhecíamos de uma viagem anterior entre Munique e Madri. E dessa vez a Air Berlim nos surpreendeu com um avião novíssimo, que tinha uma telinha onde se mostravam coisas incríveis: a posição avião no ar, a visão da cabine do piloto e a visão das janelas. Foi interessante, já que em muitos pontos tudo estava tão nublado que não se podia ver nada.
E, novidade das novidades, viemos de Palma a Barcelona por uma companhia chamada Vueling.com. Novíssima, barata e eficiente. Não servem nada a bordo... mas nem precisa. Há um cardápio com várias guloseimas, quem quiser comer ou beber, que compre!
Voltaremos a usar a Vueling amanhã, em nossa escapada até Milão.
Assim, nossa velha conhecida VARIG e seu atraso de 6 horas, foi a única nota ruim no ítem esperando aviões.

domingo, fevereiro 05, 2006

Em Barcelona como os barceloneses

Ontem chegamos a Barcelona, nas asas da Vueling, companhia aérea nova, barata e eficiente. O aeroporto já nos deu uma idéia de como encontraríamos a cidade. Muuuuita gente!!!!! Gente de todo tipo. Cabelos estranhos, roupas esquisitas...
Tínhamos um quarto com banheiro compartido reservado em um hostal. Pedimos para mudar para um apartamento com banheiro privativo. A recepcionista nos ofereceu um apartamento independente, com dois quartos, cozinha, sala, etc... pelo mesmo preço do quarto com banheiro privativo! Topamos na hora. A apê é lindinho. Fica perto da Rambla principal da cidade, onde tudo acontece.
Depois que nos acomodamos, saímos para um passeio e para comparar víveres para nossa cozinha. Afinal, queremos descontar a diferença de preço comendo em casa. É tão agradável a nossa sala de jantar!
Bom, a Rambla estava intransitável! Gente pra todo lado. O supermercado lotadíssimo. O Mercado de São José também atulhado de gente. Mas nem por isso deixamos de voltar pra casa com a sacolinha cheia de coisas gostosas e já nos dedicamos a preparar uns sanduichinhos de queso manchego com jamón. De sobremesa: fresones e granada, que traduzidos para o português são apenas e tão somente: morangos enormes e romã .
Hoje pela manhã, despertamos alegres e cumprimos as tarefas de preparar o café da manhã, lavar a louça e a roupa (temos máquina de lavar e secadora!), pois, quem tem apartamento em Barcelona tem sempre alguns afazeres domésticos aos domingos pela manhã... Depois corremos para o Palau de la Música Catalana para ver um concerto de música clássica. Teve Tchaikovsky, Prokofiev e Rimski-Korsakov. Qurem mais? Pois... o primeiro violino era m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!!!! Além de talentosíssimo, era lindo. Vejam:


Voltou ao palco cinco vezes para os aplausos... Na quinta vez, pegou novamente seu violino e tocou uma música de maneira inesquecível. Foi lindo! Seu nome: Ara Malikian, libanês, de origem armênia.
E foi assim que passamos essa fria manhã de domingo em Barcelona.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Descobrindo Palma de Mallorca

A ilha foi uma surpresa para nós que pensávamos encontrar apenas belas paisagens, a exemplo dos Açores.
Nada disso! O centro histórico da Palma é surpreendente: ruelas misteriosas, com edifícios seculares.

Igrejas, palácios. Comércio de primeira. Restaurantes.

Um luxo!

Charlotte, sempre disposta, esteve visitando o claustro do mosteiro dos franciscanos:

Amanhã seguimos para Barcelona.

Depois... Milão!

Vamos ver Chico César por lá.