sábado, julho 15, 2023

Expresso 2222

Dia desses ganhei um livro das Anas Oliveiras.

Explico: quem me deu o livro foi uma Ana Oliveira e quem o preparou foi outra Ana Oliveira.

A primeira Ana é a minha companheira da vida toda, a melhor! Fotógrafa, cozinheira, paulista, estudiosa da obra de Cecília Meireles e fã de Gilberto Gil. 

A segunda, não conheço. É baiana, escritora, pesquisadora e admiradora de trabalho de Gilberto Gil.

A verdade é que, por obra dessas duas Anas, veio parar nas minhas mãos o tal livro. Um livro objeto. Repleto de bons textos, artes gráficas caprichadas, fotos, notícias y otras cositas más

Tem capa e sobrecapa. Com dobradura. De quadrada se transforma em redonda, como a capa do disco que celebra: o Expresso 2222, de 1972, primeiro trabalho de Gilberto Gil depois que voltou do exílio na Inglaterra.


E por cima de capa + sobrecapa tem ainda uma caixa rendada, com os números e letras do nome do disco recortadas. Um trabalho criativo e bem cuidado.

O conteúdo segue o mesmo princípio: bom gosto, criatividade, pesquisa e esmero.

Pra cada música um depoimento. Amei as palavras da Fernanda Torres, da Lorena Calabria, da Mila Burns…

Li e reli a carta de Gil recuso + aceito = receito, publicada no Pasquim em 1970, quando Gil recusou o prêmio Golfinho de Ouro. 

O Expresso 2222 é assim, um luxo!