sexta-feira, abril 22, 2016

A longa jornada para Suzhou

Era sábado e a cidade de Fengdu estava em clima de festa quando desembarcamos do Century Diamond. 
  

Estávamos cumprindo um roteiro emergencial traçado pelos representantes da Sinorama para possibilitar nosso embarque no voo Chongqing/Shangai no início da tarde. O trajeto Fengdu/ Chongqing, que não teríamos tempo de fazer no barco, seria feito em ônibus. E lá fomos nós.

Chegamos ao aeroporto duas horas antes do voo. O check in foi rápido. Almoçamos em tempo recorde, enfrentamos longas filas no controle de identificação e raio x de bagagem de mão. Saímos afobadas pelos corredores para chegar à nossa porta de embarque e... encontramos o voo atrasado! E sem previsão de horário. O que fazer? Li, o guia expedito, não estava mais conosco, havíamos nos despedido dele no aeroporto de Chongqing. Nosso grupo, de dez pessoas, viajaria desacompanhado até Shangai, onde nos esperava outro guia.

Bem, tomamos um chá de aeroporto, sem possibilidade de nenhum contato. Internet só para os que tivessem um número de telefone chinês. Telefone para uma chamada ao Li... ninguém permitia. Informações... ninguém falava inglês! E estávamos no aeroporto daquela que dizem ser a maior cidade do mundo!
O voo atrasou quatro horas e meia e nem água a companhia aérea Sichuan Airlines nos ofereceu durante a espera.

Quase na hora do embarque, conseguimos um acesso rapidíssimo à internet. Escrevemos um e-mail para o Li com cópia para a Sinorama. Não houve tempo para esperar resposta. Embarcamos! A decolagem demorou mais algum tempo. Total do atraso: cinco horas!

A bordo, nada de chicken or pasta. Nos serviram isso: 



Mas veio acompanhado de Coca-Cola sem gelo. Uma delícia! 

Com essas e mais aquelas, chegamos a Shangai às dez da noite. Na esteira de bagagens, mais um perrengue: a mala da Vilma chegou quebrada. Tivemos que procurar o representante da companhia aérea para as justas reclamações. Não foi fácil e a coisa não se resolveu a contento naquele momento. Enquanto as três se entendiam com o funcionário, eu saí para pedir a ajuda do novo guia, o Paco. Ele disse que não podia entrar e aconselhou a pedir algum documento da Sichuan relatando a ocorrência para resolver a questão depois, mas eu também não pude mais entrar. Esperamos, então, que elas saíssem. (Saudades do Li, que tinha resolvido rapidinho problemas semelhantes nos voos anteriores.)

Como não teríamos jantar, Paco trouxe um lanchinho do KFC para cada um. Ninguem deu muita atenção ao frango frito já meio frio, o que mais queríamos naquele momento era chegar ao destino: a cidade de Suzhou. 

O que não sabíamos era que ainda tínhamos que viajar 200km para chegar ao Jinke Grand Hotel Suzhou.

Durante o trajeto, Paco tentou dar informações sobre a cidade, mas desistiu ao ver que o grupo caía de sono e cansaço.

O relógio marcava uma hora e dez minutos quando chegamos, finalmente, ao nosso destino.

Que dia, senhores! Que dia!

2 comentários:

  1. Hum...claro que numa viagem há coisas boas e outras nem tanto, mas estou achando que vocês foram testadas na paciência, ao máximo! Mais um motivo para eu esperar bastante para me animar a ir para a China... Parabéns, vocês merecem um troféu!

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    1. Pois é, Vera, foi um momento difícil. Mas o que detonou esses perrengues foi o atraso do voo por problemas meteorológicos. Houve também falha da agência (que até então tinha se comportado de forma irrepreensível) em não mandar um guia conosco e em não dar flexibilidade para mudança de programação em caso de necessidade. Enfim, sobrevivemos... e tivemos mais uma dose de teste de paciência no dia seguinte. Tá lá no post seguinte. Ufa! Vamos guardar nosso troféu!

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