Eu não tinha nenhuma expectativa com relação a Suzhou. Confesso que não tinha feitoe a lição de casa direito e não sabia nada sobre a cidade por onde andou Marco Polo. Mas a rápida visita, apesar do cansaço do dia anterior, valeu a pena.
O Jinke Grand Hotel era deslumbrante, mas nem pudemos desfrutar. Chegamos tarde da noite, depois de um dia atribulado, como já contei aqui, e saímos cedinho no dia seguinte.
O guia nos contou um pouco sobre a história da cidade, destacando seus históricos jardins e os canais que a recortam.
A programação da Sinorama previa uma visita ao Jardim de Liu - um dos maiores e mais famosos da cidade - e um city tour.
Começamos pelo jardim. Era sábado e parece que o mundo inteiro teve a mesma ideia. O lugar estava quase intransitável.
O destaque no Jardim de Liu é a pedra de Taihu - pico coberto por nuvens - e tivemos a sorte de chegar bem no momento em que um grupo de chinesas realizava uma dança em volta da pedra. Tão bonito que registramos em fotos:
... e em filme:
No mais, vimos algumas construções tradicionais, muitas pedras, lagos, flores e um grande espaço dedicado aos bonsais.
Fomos abrindo caminho entre a multidão e conseguimos ver algumas das belezas que fizeram com que esse jardim fosse considerado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, em 1997.
A segunda atividade do dia, o city tour, foi ligeiramente modificada. Paco, o guia, disse que a melhor maneira de conhecer a cidade velha era fazendo um passeio de barco pelo canal. Aceitamos. Pagamos os 30 yuans pelos tickets para o minicruzeiro e fomos ver o avesso da cidade. Do nosso posto de observação, pudemos ter uma ideia de como vivem os habitantes da velha Suzhou. Foi um desfile de roupas no varal, vassouras, bacias, baldes e intimidades.
Alternando com os retratos do cotidiano, saltavam também aos nossos olhos outras imagens: pontes, templos e as indispensáveis e consagradas lanternas vermelhas.
Terminado o passeio de barco, Paco nos deu uns minutos livres para passear pelas ruelas do bairro antigo.
Em seguida, almoçamos, visitamos uma oficina de bordados, onde pacientes bordadeiras se dedicavam a produzir verdadeiras obras de arte.
E tocamos para Shangai. Um tempão na estrada novamente, com direito a congestionamento de trânsito na chegada.
Dias antes, o celular da Ana deu piti. Não lia mais o cartão de memória e todas as fotos da viagem ficaram ameaçadas. Vai daí que ela considerou a possibilidade de comprar também um mi5. Tínhamos o endereço da Xiaomi em Shangai e pedimos orientação para o guia quanto à melhor forma de chegar lá. Ele nos desencorajou a ir de táxi e disse que o lugar ficava no caminho entre a chegada à cidade e o hotel. Assim, se o grupo concordasse, poderíamos parar lá. Éramos apenas 10 pessoas. Foi relativamente fácil convencer o pessoal a parar na loja. Mas... o último lançamento da Xiaomi estava em falta naquela que era a única loja da marca em Shangai. Pena! E ficamos devendo ao grupo esse tempo "perdido".
Durante o almoço em Suzhou e a viagem até Shangai, Paco esteve em contato telefônico com a empresa aérea que nos levou de Chongqing a Shangai e solucionou o caso da mala da Vilma. Ofereceram uma indenização de 500 yuans, um pouco mais de 250 reais, e ela aceitou. Paco se ofereceu pra adiantar o dinheiro e assim foi feito.
Chegamos a Shangai ávidos de um descanso no hotel, mas Paco ainda nos reservava um passeiozinho pela Rua Nanjing, a mais importante rua de comércio elegante da cidade, o jantar com o mesmo tipo de comida que vínhamos comendo desde que chegáramos à China e mais um cruzeiro noturno, encaixado de última hora na programação, como opcional. Aff...
No pequeno hiato de tempo que houve entre o jantar e o cruzeiro, Paco nos levou ao hotel para agilizar o check in. Fomos instados a subir com as malas e descer em seguida. O rio Huangpu nos esperava com as luzes do skyline refletidas em suas águas.
Quantos lugares lindos em um único dia!
ResponderExcluirNum é?
ExcluirPena que foi tão corrido.