Quando chegamos a Jaisalmer naquela noite, já contabilizávamos mais de 800 km rodados pelas estradas indianas.
O Hotel Jaisalkot nos recebeu com pompas e flores perfumadíssimas, como que querendo nos fazer esquecer que estávamos no meio do nada, a 14 km do centro da cidade, num prédio sem qualquer charme que pretendia imitar os palácios dos marajás.
Nosso jantar, sempre incluído nas diárias, foi um tormento. Éramos as únicas hóspedes do hotel e o pessoal do restaurante parecia não estar preparado para nos servir a refeição. Resultado: ficamos mais de uma hora sentadas à mesa sem comer e obrigadas a assistir a um espetáculo de música altíssima com alguns números de dança. Cansativo e irritante!
Por fim, prepararam um buffet bem sem graça. Comemos mal e nos recolhemos.
Na manhã seguinte, Vilma e Rose amanheceram com problemas gástricos e não puderam participar dos passeios pela cidade.
Acompanhadas do guia local, Ana e eu fomos ao Lago Gadisar, que outrora abastecia de água a cidade e hoje é apenas um local de passeio, com algumas construções antigas e um templo dedicado a Shiva.
De lá, seguimos para o Forte de Jaisalmer, uma fortaleza de pedra dourada, construída início do século II.
O Forte está num terreno alto e de lá se tem uma bela vista da cidade.
Muitas das casas do lugar têm, na parede da entrada, uma pintura do deus Ganesha com algumas palavras, o nome do casal que vive ali e a data em que se casaram. Costume local, explicou o guia.
Duas cenas da fortaleza que Ana registrou em vídeo:
Da fortaleza seguimos para a cidade para ver dois grandes havelis. Um deles, o Parwa, pertencente ao governo.
- Os pequenos dançarinos, logo na entrada do forte:
- O músico e seu sarangi rasthajani:
Da fortaleza seguimos para a cidade para ver dois grandes havelis. Um deles, o Parwa, pertencente ao governo.
O outro é ainda habitado pelos descendentes dos construtores, que exploram o local com o intuito de angariar fundos para a manutenção do patrimônio.
Os havelis de Jaisalmer são decorados com figuras em relevo na pedra, sem cores. Na minha opinião, são menos bonitos que os que vimos em Mandawa.
(A quem possa interessar, informo que os tais biscoitinhos não fizeram efeito algum, além de muito sono.)
Experimentamos também um doce típico vendido na rua - ghoduwa - feito à base grão de bico, manteiga e especiarias. Segundo o guia, aquele era o melhor lugar para se comer a iguaria. E devia ser mesmo, a julgar pelo tanto de gente que se acotovelava na banca.
No final da tarde, Ajay, nosso motorista, nos levou às dunas Sam Sands para um passeio de camelo ao pôr do sol.
Vilma já estava um pouco melhor da indisposição da manhã e foi também. Rose perdeu a farra.
Ana montada no Lucky, Vilma no Michael Jackson e eu no Rocket, seguimos pelas dunas, até um ponto mais alto onde todos os camelos baixavam e "despejavam" os turistas para esperar o pôr do sol.
Foi minha estreia no lombo de um camelo. Achei divertido.
Como havíamos comentado com Ajay sobre o fiasco no jantar do hotel na noite anterior, ele se ofereceu pra nos levar para jantar na cidade.
Vilma e Rose, ainda convalescentes, declinaram.
Ana e eu vestimos as roupinhas compradas pela manhã e fomos jantar no simpático 1st gate, no roof top do hotel do mesmo nome. (Ai, que invejinha de quem estava hospedado ali!)
Nessa noite o jantar teve vinho, macarrão e vista para o forte iluminado.
O jantar no 1st gate foi eleito o melhor da temporada na Índia e o Jaisalkot, o pior hotel.
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Atualizado em 18/02/2017
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Atualizado em 18/02/2017
Estou acompanhando cada passo da viagem. Primeiro pelo FB e Instagram e agora pelo Blog. Ansiosa para prosseguir viajando com vocês! Obrigada
ResponderExcluirEita! Logo, logo tem mais!
Excluirmaravilha! Estou aguardando mais suas preciosas aulas sobre a Índia. Obrigada!
ResponderExcluirRá! Menos...
ExcluirObrigadinha!