Pra quem ainda não leu (ou esqueceu) o capítulo anterior, faço um resumo rápido:
No século XV, quando morreu o Rei Jayayakshya Malla, o poder passou para seus seis filhos. Eles tentaram se entender para governar juntos o Vale de Kathmandu, mas a coisa não rolou e o reinado acabou dividido em três: Kathmandu, Patan e Bhaktapur.
Cada um dos novos reinados teve seu palácio, com sua cota de templos e pagodes ao redor, originando três belas Durbar Square.
Hoje mostro um pouco do que vimos na visita à Patan Durbar Square, que também sofreu bastante com o terremoto de abril de 2015. Restauração e reconstrução são as palavras de ordem por ali!
Patan está no centro de Lalitpur, que é uma das cidades que compõem o Vale de Kathmandu. Apesar de ser uma outra cidade, a gente nem percebe, é tudo muito pertinho. Levamos cerca de meia hora de carro entre as praças de Kathmandu e de Lalitpur, mesmo com o trânsito pesado que há por ali.
De posse dos nossos ingressos/crachás, caminhamos em direção ao primeiro monumento que se avista logo à entrada, o Templo de Krishna.
Adiante, semidestruídos pelo terremoto, os templos Vishwanath, dedicado a Shiva e Char Narayan, dedicado a Lord Vishnu, sob o olhar da estátua dourada de Garuda, o veículo de Vishnu.
Veículo, montaria... quequéisso? Pois então, é isso mesmo que o nome diz: o meio de locomoção usado por cada uma das divindades. Geralmente é um animal. Simplesinhos esses deuses, não usavam nada de carros luxuosos, jatinhos de propriedade desconhecida, helicópteros cheios de pó... ops! 😝
No século XV, quando morreu o Rei Jayayakshya Malla, o poder passou para seus seis filhos. Eles tentaram se entender para governar juntos o Vale de Kathmandu, mas a coisa não rolou e o reinado acabou dividido em três: Kathmandu, Patan e Bhaktapur.
Cada um dos novos reinados teve seu palácio, com sua cota de templos e pagodes ao redor, originando três belas Durbar Square.
Hoje mostro um pouco do que vimos na visita à Patan Durbar Square, que também sofreu bastante com o terremoto de abril de 2015. Restauração e reconstrução são as palavras de ordem por ali!
Patan Durbar Square Vishwanath Temple e Char Narayan Temple Foto: Ana Oliveira |
De posse dos nossos ingressos/crachás, caminhamos em direção ao primeiro monumento que se avista logo à entrada, o Templo de Krishna.
Krishna Temple
Foto: Ana Oliveira
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Garuda, a montaria de Lord Vishnu Foto: Ana Oliveira |
Char Narayan Temple Foto: Ana Oliveira |
Templo dedicado a Taleju Bhawahi, a divindade particular dos reis da dinastia Malla |
Hiranya Varna Mahabihar Foto: Ana Oliveira |
Templo de Ouro Foto: Ana Oliveira |
O templo é enorme, de forma quadrangular, com uma galeria um pouco mais elevada que circunda todo o espaço. O centro, num nível pouco mais baixo, exibe incontáveis imagens douradas.
No Templo de Ouro Fotos: Ana Oliveira |
Imagens no Templo de Ouro |
Ali, uma senhorinha se entretinha em produzir pequenas velas de azeite e vendê-las a quem quisesse oferecer uma chama às divindades do templo.
Foto: Ana Oliveira |
Ato contínuo, seguindo o guia, enveredamos por uma ruela que saía da praça, rumo ao local onde ele nos prometera uma sessão de relaxamento.
Tudo não passava, na verdade, de um estratagema para nos levar a uma loja de objetos tibetanos, onde fomos apresentadas aos sinos tibetanos budistas, aqueles em forma de tigelas de cobre, que vibram ao serem estimulados com um bastão e que, geralmente, são usados para marcar o início e o final de um período de meditação.
Ali, entretanto, havia sinos enormes que, segundo nos disseram e demonstraram, eram usados para fins terapêuticos,
Vilma e eu participamos das experiências, submetendo-nos a terapias para dor de cabeça e males nas costas. Olha nós duas aí, em plena sessão de relaxamento:
Foto: Ana Oliveira |
Foto: Ana Oliveira |
Foi uma experiência interessante, mas não se assustem, não saímos de lá como proprietárias de nenhum daqueles imensos sinos. Na verdade, já tínhamos os nossos, pequenos, comprados próximo à estupa Dhamekh, em Varanasi.
Devidamente relaxadas, voltamos à Durbar Square para, finalmente, entrar nos domínios do palácio real. Nosso foco foi no Keshav Narayan Chowk, uma das três alas do palácio, que abriga o Patan Museum e cuja porta principal, dourada e luxuosamente trabalhada, escapou às nossas lentes. 😥
Do lado de fora, sentadas junto à parede, algumas pessoas locais observavam o movimento, numa plácida versão tibetana de people watching.
Do lado de dentro, todo o esplendor da residência real.
Fotos: Ana Oliveira |
Keshav Narayan Temple Foto: Ana Oliveira |
Nas oito galerias do museu, distribuídas em três pavimentos, estão expostas esculturas hindus e budistas, algumas criadas no próprio Vale de Kathmandu e outras originárias da Índia, Tibet e Himalayas.
Dentre as mais de duzentas esculturas que constituem o acervo, escolho quatro para mostrar o que é que se vê por lá:
O deus Hevajra com 4 faces e 16 mãos. Foto: Ana Oliveira |
Hamoghasiddhi, (em sânscrito, "poder infalível"). O 5° Buda Dhyani (Budas da Meditação). Representa a realização prática da sabedoria dos outros quatro Budas Dhyani. Foto: Ana Oliveira |
Yama, deus da morte e rei da lei, e sua esposa, montados em seu veículo, um búfalo. Foto: Ana Oliveira |
Vajrasattva, o 6º Buda e Prajña, sua esposa. Foto: Ana Oliveira |
A título de ilustração e para ajudar na geolocalização, deixo esse mapinha da Patan Durbar Square que achei aí pelas internets da vida, já não me lembro onde...
- Acordamos com um lindo nascer do sol diante da nossa janela:
Foto: Ana Oliveira |
- Seguimos para a primeira estupa do dia: Swayambhunath;
- Visitamos a Kathmandu Durbar Square, com direito a avistar a deusa viva;
- Em seguida fomos à Patan Durbar Square que vocês acabam de conhecer;
- Almoçamos à margem da Boudhanat e exploramos cada palmo do seu entorno;
- Voltamos ao hotel a tempo de ver o nascer da lua cheia.
Foto: Ana Oliveira |
Como diz meu pai: "Turismo é ação!"
Carmem e Ana: Repito : Turismo é ação. Impressionantes os lugares percorridos neste dia, pelo Vale do Kathmandu, inclusive Patan Durbar. Uma sucessão de Squares, Templos e Budas. com tempo até para relaxamento .Interessantes também, as velinhas da velhinha. Parabéns
ResponderExcluirComo você vê, levamos o bordão a sério: turismo é (muita) ação!
ExcluirE vem mais movimento por aí... temos muita viagem pela frente. Fique ligado!