Como comprova a foto, chegamos a Varanasi! |
Quando preparávamos nossa viagem à Índia, vimos alguns programas que não incluíam Varanasi.
Fugimos deles e sugiro que vocês fujam também.
Ir à Índia e não ver Varanasi é pecado muito mais grave do que ir a Roma e não ver o papa, como já fizemos várias vezes.
Dessa vez não cometeríamos o pecado!
Dessa vez não cometeríamos o pecado!
Foto: Rose Barros |
A velha cidade à margem esquerda do Ganges, capital religiosa da fé hindu, nos impactou tanto ou mais do que tudo o que vimos ao longo dos 16 dias anteriores em que estivemos percorrendo uma pequena parte do país.
Desvendar o labirinto daquelas inúmeras ruas apinhadas de gente não é tarefa para os fracos.
Pelas ruas de Varanasi Foto: Ana Oliveira |
Nosso roteiro não incluía a cerimônia que acontece diariamente à beira do Ganges logo depois do pôr do sol, a Agni Pooja - adoração ao fogo - dedicada ao Rio Ganges, ao deus Shiva, a Surya (Sol), a Agni (Fogo) e a todo o universo.
Preparando a Agni Pooja Foto: Ana Oliveira |
Como assim? Estávamos ali e íamos perder a Ganga aarti, homenagem ao personagem mais famoso da cidade: o Rio Ganges? (Ganga é o apelido carinhoso do rio.)
Nem pensar! Pedimos ao representante da Indovision que nos acompanhou do aeroporto ao Radisson Hotel que providenciasse nossa participação na cerimônia daquela tarde e fomos logo atendidas, mediante um pagamento extra, claro!
Mal fizemos check in no hotel e já estávamos a postos, à espera da nossa guia Sunita, a única guia mulher de toda a viagem, que nos acompanharia em todas as atividades na cidade mais antiga do mundo.
Movimento em Varanasi Foto: Ana Oliveira |
E lá fomos nós. À medida que nos aproximávamos do rio, o trânsito - de carros, motos, tuk tuks, gente e animais - se tornava mais intenso. Num determinado ponto, Sunita dispensou o motorista e nos conduziu a pé, por entre a multidão até o Dasashwamedh Ghat, onde tudo aconteceria.
Pela cidade Foto: Rose Barros |
Ghats são escadarias que permitem que os fiéis cheguem até a beira da água. Como os hindus devotos têm o dever de visitar a cidade ao menos uma vez na vida para purificar o corpo e a alma no Rio Ganges, os inúmeros ghats da margem esquerda do rio estão sempre movimentados. Ali os devotos se banham, fazem oferendas, oram, lavam roupas... Funciona, assim, como uma ligação entre o terrestre e o sagrado.
Alguns dos 98 ghats de Varanasi |
Mas, como eu ia dizendo, chegamos ao Dasashwamedh Ghat antes do pôr do sol e já havia gente por lá, acomodando-se nos degraus, à espera da cerimônia.
Chegando ao Dasashwamedh Ghat |
Preparativos para a ceromônia Foto: Ana Oliveira |
Por sugestão da guia, ultrapassamos os degraus e nos acomodamos num dos muitos barcos atracados na beira do rio. Dali teríamos uma visão melhor de toda a cerimônia.
E seguiram-se lindos momentos de cânticos, orações, sinos, fogo, danças e oferendas comandados por esses sacerdotes, membros da primeira casta da religião hindu. Um momento inesquecível de encantamento para os turistas e de profundo agradecimento para os fiéis.
Quem quiser ter uma pequena ideia dos sons e movimentos que aconteceram pode dar uma olhada nesse clipezinho aqui, que a Ana postou no calor da hora.
A postos para homenagear o Ganges |
A escadaria foi lotando. Os barcos também recebiam mais e mais pessoas: turistas e fiéis se misturavam ali à espera do início dos trabalhos.
O que aconteceu em seguida é quase impossível descrever e, ao mesmo tempo, inesquecível!
Os sacerdotes brâmanes começaram os cânticos e orações na beira da água
Foto: Ana Oliveira
|
Depois, cada sacerdote assumiu seu posto num pequeno altar |
E seguiram-se lindos momentos de cânticos, orações, sinos, fogo, danças e oferendas comandados por esses sacerdotes, membros da primeira casta da religião hindu. Um momento inesquecível de encantamento para os turistas e de profundo agradecimento para os fiéis.
Cenas da cerimônia Fotos: Ana Oliveira |
Quem quiser ter uma pequena ideia dos sons e movimentos que aconteceram pode dar uma olhada nesse clipezinho aqui, que a Ana postou no calor da hora.
Acha que a gente poderia ter perdido isso? Nunca! Dinheirinho extra mais bem empregado da viagem!
Terminada a cerimônia, Sunita nos levou de volta até o ponto onde o carro nos esperava, abrindo caminho por entre a multidão que caminhava pelas ruas de Varanasi. Um espetáculo comovente de tradição e fé!
Chocadas com tudo o que vimos e vivemos, voltamos para o hotel. A ordem era jantar e descansar, pois no dia seguinte antes do nascer do sol, estaríamos novamente no Ganges para novas emoções.
Realmente, a visita a Varanasi é imperdível,confome a narrativa da Carmem e as lentes de Ana de Oliveira e Rose Barros, Mas a cerimônia da Agni Pooja(que nada tem a ver com cordeiro, mas sim, com adoração ao fogo), à margem do legendário Rio Ganges, logo após o pôr do sol, com legiões de fiéis e turistas, disputando espaço para ver e ouvir orações, sinos, fogos e oferendas, é no mínimo, emocionante.
ResponderExcluirPois é, o Agni Pooja não pode ser perdido por nenhum turista que esteja por lá. Ainda bem que tínhamos a informação sobre a cerimônia e conseguimos vê-la.
Excluir