domingo, novembro 15, 2015

ACHADOS EM SANTIAGO

Contadas as venturas e desventuras da viagem a Santiago, com as mágoas já guardadinhas lá no fundo da memória – e os dólares repostos – volto pra contar sobre nossa agradável descoberta gastronômica na cidade: o Peumayén.


Não, ninguém nos indicou o lugar. Nenhum blog, nenhum amigo, nenhum site turístico. Fomos nós mesmas que notamos a discreta entrada do restaurante, numa caminhada pelo bairro. Achamos simpático o lugar e gostamos da proposta de comida ancestral. Ana fotografou a placa para futura referência. (Sim, somos dessas que saem fotografando coisas e lugares pra não esquecer mais tarde.)

Fomos, numa noite de quinta-feira. O primeiro deslumbramento ficou por conta do cenário. Dois espaços. Um salão sóbrio, com peças e panos primitivistas. Um jardim interno com plantas que se esparramavam pelas paredes e vigas. Em tudo um perfume agradável e inesquecível. Chegamos cedo, sem reserva, nem nada: a casa abre às 19h. Conseguimos uma mesinha no primeiro ambiente. Ô sorte, minutos depois o lugar estava cheio.



Naquele ambiente descolado, rústico chique, um time de funcionários jovens e bem afinados se revezava para explicar e servir cada passo do jantar.

Começamos com um pisco sour de rica-rica.


O garçom responsável por apresentar os drinks nos olhou com ar de aprovação quando viu que já éramos “íntimas” da perfumada erva do deserto chileno.

Enquanto esperávamos nossa bebida, outra assistente nos descreveu as opções de entrada. 


Optamos pela degustação vegetariana.

E assim começou nossa noite: com aroma de rica-rica, sabor de pisco, agradinho do chefe com tartar de carne de cavalo o_O e nossa tábua de legumes grelhados.


Para a eleição dos pratos principais, mais uma rodada de informações, descrições e sugestões, protagonizada por nova atendente.


Antes que nossas escolhas chegassem à mesa, ainda havia muito o que degustar. Seguimos com uma seleção de pães, cujas origens e história nos foram expostas com detalhes.


E mais um mimo do chefe, uma porçãozinha de batatas tinindo de crocantes.


Depois, pra preparar o paladar, um delicado sorbet de gengibre.

Assim, de surpresa em surpresa, chegamos aos pratos principais. Ana foi de carne de porco e eu de risoto de quinoa. Esplêndidos!

Chancho, algarrobina, legumbres

Lawa de quínoa y vegetales

Sobremesa? Claro!


Pra experimentar um pouquinho de tudo, escolhemos a degustação. Com chá pra acompanhar.


Se a sobremesa foi escolhida com a gula, o chá foi selecionado com o olfato. Chegaram à mesa dez potinhos com diferentes sabores/aromas, uma espécie de cardápio perfumado.


Depois de tudo isso, só mesmo a conta. Ei-la!


Algo entre 300 e 350 reais. Caro? Eu bem que avisei que a cidade estava com preços altos. Mas levando em consideração o deleite daquela noite, achamos justo o custo x benefício.


Voltaremos, com certeza!

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E falando em achado gastronômico, conto que descobrimos também um café maneiro, o María Betania.

Fica na Calle Obispo Perez de Espinoza, numa espécie de pracinha à margem da Av. Providência, numa bonita construção ao lado da Igreja Santos Angeles Custódios. (Aliás, a igreja é famosinha e só não a visitamos porque estava fechada quando estivemos por lá.)


Entramos atraídas pelo nome do café e gostamos do lugar, discreto e simples como a nossa musa Maria Bethânia.

Mais um lugarzinho pra voltar!

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