terça-feira, junho 08, 2010

Se eu acreditasse em bruxas...

... diria que elas andam soltas à minha volta.
Há menos de dois meses, comprei um smartphone e um Palio. Quem se lembra?
Jaffet, o smarphone, sumiu numa tarde de quarta-feira e nunca mais voltou... Foi substituído por Secundino, irmão gêmeo idêntico!
Firmino, o carro, completou seus primeiros 1000km no último fim de semana e 42 dias de uso hoje.

E eu orgulhosa por ele não ter nenhum risquinho. Nada de raspadinhas na hora de estacionar. Rodas intactas. Nenhum arranhãozinho de porta com porta. Coisa rara em se tratando de carro que anda pelas ruas e garagens paulistanas.
Pois, hoje na hora do almoço, estacionei por quase duas horas na Av. Higienópolis, bem pertinho do Shopping. Vaga na Zona Azul. Cartões preenchidos. Nenhum flanelinha se oferecendo pra tomar conta do carro. Tudo na maior tranquilidade!
Pois quando volto, encontro Firmino riscado de fora a fora. O risco começa no meio da porta traseira e só termina no paralama dianteiro. Dá pra acreditar? Puro vandalismo! Arranhado com prego, canivete, sei lá... algo pontiagudo.
Tá certo, eu sou o terror dos guardadores de carro. Vivo discutindo com um e outro. Tento evitar, mas acabo sempre caindo em tentação... E sempre que isso acontece, volto preparada pra encontrar algum sinal de vingança em meu carro. Lei da selva! Mas isso nunca aconteceu. Sorte!
A única coisa que já me aconteceu nesse tema foi há muito tempo, uns 15 anos mais ou menos. Discuti com um guardador de carro na saída de um show. No meio da noite recebi um telefonema de uma delegacia de polícia dizendo que o moço se queixara do meu comportamento e que estavam somente me advertindo para eu não repetir o feito.
Levei um susto, claro. Mais pela hora do telefonema do que por tudo mais.
Deduzi que o flanelinha tinha conhecidos na delegacia e que passou por lá no fim do seu expediente para dar um susto na louca que ousou discutir com ele. Passou!
Mas hoje, o caso foi diferente. Não houve guardador de carro, nem discussão, nada... Apenas algum vândalo de plantão que resolveu se divertir rabiscando o primeiro carro que encontrou pela frente, que por acaso era o meu.
A perda do celular - e seu desaparecimento imediato - e o vandalismo no carro me assustam mais pela maldade que sinto nas pessoas envolvidas, do que pelos resultados produzidos.
Que classe de ser humano é essa que encontra um celular no balcão de uma agência de correio e não o entrega a um funcionário? E mais... desliga o aparelho imediatamente pra deixar patente a sua intenção de não ser localizado.
Que tipo de pessoa é essa que se mune de um objeto pontiagudo e sai por aí arranhando carros a torto e a direito?
No caso do celular, eu preferia saber que fui roubada por algum meliante a pensar que uma pessoa encontrou um objeto que não era seu e tomou posse dele com evidente má fé.
Quanto ao carro, seria melhor descobrir que alguém, sem querer, o estragou e não teve coragem de se identificar. Mas não, Firmino foi atacado deliberadamente...
Interessante essas coisas acontecerem assim, encadeadas. Seria o caso de acreditar na bruxas... mas eu preferia mesmo poder acreditar nas pessoas.
Bem, se alguém conhecer um lugar confiável onde consertar os rabiscos do carro, eu agradeço a indicação.
Agora, um lugar onde consertar as pessoas... será que existe?


6 comentários:

  1. Ah Carmem,

    Eu cheguei a conclusão que o ser humano (assim mesmo com letra minuscula), não tem conserto, pelo menos não essa geração que está habitando a Terra no momento, acredito que vão ser necessárias muitas e muitas reencarnações destes espíritos de porco para que evoluam um pouco.
    Quanto ao Firmino, sinto mesmo muitíssimo, o meu carro hoje parece que chegou da guerra do Iraque de tantas mossas e arranhões que tem. Desisti de consertar. Carro zero nunca mais, no dia que achei o primeiro arranhado proposital no meu chorei por horas sem acreditar que aquilo era possível.
    Um beijo pra você.

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  2. Nossa, que coisa chata! Realmente, encontrar um lugar para consertar o arranhão do carro vai ser fácil, mas para consertar as pessoas... aí tá difícil! Só nos resta contar com Deus e a sorte!

    Beijos e boa semana!

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  3. Atos de vandalismo, infelizmente, encontram-se cada vez mais comuns. O que dá mais raiva é a gratuitidade e deboche desses "seres". Lamento por seu incômodo, mas ainda assim, não perca a fé no ser humano. Adorei o blogue e pretendo visitar mais vezes...obrigado pela visita ao meu e convido-a a retornar´lá. ;)

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  4. Obrigada, Thiago! Volte mais vezes, sim!
    ***
    Meninas e menino... tá difícil até pra achar onde consertar o carro sem ser enganada. Imagina se fosse pra consertar o ser humano!

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  5. Realmente ta difícil viu? Tem horas que bate um sesanimo e dá vontade de desistir de tudo.

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    1. Mas a gente teima e vai pra frente, acredita! Taí a beleza da vida.

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