domingo, fevereiro 22, 2009

Passeando por Glasgow

Chegamos à estação central de Glasgow no início da tarde, depois de uma viagem de uma hora e pouco de trem, saindo de Edimburgo.
Tratamos logo de comprar nossos bilhetes para a viagem a Londres, três dias depois.
Escolhemos um horário e pedimos os bilhetes. A vendedora nos informou que o preço para aquele horário era 157 libras, num trem da Virgin, mas que havia outros horários com preços bem melhores pela National Express. Acabamos nos decidindo pelo trem das 9h50, cuja passagem custava 54 libras. Que diferença!
Foi daí que ficamos pensando que talvez houvesse alguma opção diferente para aquela viagem caríssima, feita em trem da Virgin, entre Oxford e Edimburgo. Será? Tarde pra saber...
De táxi, chegamos até o Kirklee Hotel, num bairro bonito, próximo à Universidade. O hotel era uma espécie de B&B, numa casa muito bonita. Nosso quarto ficava no segundo pavimento, ao qual se acedia por escadas, claro! Era grande, confortável e tinha uma bela vista para a praça onde ficava o hotel. Ficaríamos ali três noites, por conta da Universidade.
Com Karen, professora responsável pela ida de Ana às universidades do Reino Unido, demos uma volta pelas proximidades da Universidade e fomos a um café movimentadíssimo.
Karen nos levou também a dar um passeio pelo Jardim Botânico e descobrimos que as estufas já estavam fechadas. Tudo fecha cedo demias nas cidades escocesas. Em Edimburgo o shopping fechava às 17h. Em Glasgow as estufas do Jardim Botânico fechavam às 16h.
O dia seguinte era uma segunda-feira. Tínhamos o dia livre. Compramos um passe do Sightseeing Bus e fomos conhecer os pontos principais da cidade.
Depois de uma volta completa com o ônibus turístico, descemos na George Square, bem no centro da cidade.
Caminhamos pela praça, fotografando a prefeitura e as muitas estátuas que "vivem" ali. Uma estátua que chamou a nossa atenção foi a do poeta, romancista e compositor Robert Burns, que tinha ao pé coroas de flores formando o número 250. Lendo a placa descobrimos que nesse ano se comemoram os 250 anos do nascimento do grande escritor local.
Andamos pelas ruas comerciais do centro de Glasgow, caminhamos até a Catedral de St. Mungo e pegamos o ônibus turístico para mais uma volta quase completa. Descemos no nosso bairro.
À noite fomos com Karen a um pub para experimentar a cerveja escocesa. Boa! E jantamos com ela em um restaurante indiano muito bom também.
Na terça-feira aconteceram as duas palestras de Ana na secular Universidade de Glasgow.
A primeira, em português, foi dada aos alunos da área de português da Universidade.
Para a segunda, em inglês, estavam convidados professores, alunos e quem mais viesse. Para começar, um cálice de vinho do Porto para os presentes.
E não é que dentre os presentes havia uma outra Ana Maria, brasileira? Ficou sabendo da palestra por um casal amigo e apareceu por lá com seu marido escocês. Depois da palestra, conversa vai, conversa vem, ela revelou que foi namorada de um professor da UNESP de Assis, já falecido. Mundo pequeno!
Terminada a tarefa acadêmica, fomos jantar com Karen e Luís, professor português que batalhou junto ao Instituto Camões pelo financiamento da viagem de Ana ao Reino Unido. O jantar foi num restaurante típico escocês.
Ana se arriscou a pedir como entrada um haggis, comida típica do lugar, feita com coração, fígado e pulmão de ovelha... Béééé! Uma verdadeira buchada de bode escocesa!!!!! Luís a acompanhou no pedido. Karen e eu pedimos entradinhas mais prosaicas.
Como prato principal, todos comemos bacalhau.... bem melhor!
Tudo regado a vinho, muita conversa e whisky escocês pra terminar.
Voltamos pro hotel caminhando, escoltadas por Luís.
Na quarta-feira saímos cedo do hotel pra pegar nosso trem Glasgow/Londres na estação central.
A viagem foi longa. Quase 6 horas. Mas havia uma distração extra: wi-fi gratuito para todos os passageiros que desejassem. Ligamos nossos notebooks e viajamos com um olho na tela e outro na paisagem.
Quando o trem estava para chegar a Newcastle, mais ou menos no meio do trajeto, uma surpresa: teríamos que mudar de trem.
Foi um alvoroço. Malas, crianças, carrinhos, velhos, comida, computadores... Tudo teve que ser preparado rapidamente para a mudança, que incluía ainda um "passeio" pela estação, já que o novo trem estava numa plataforma que só podia ser alcançada atravessando uma ponte interna.
Dali pra adiante a viagem seguiu sem sobressalto, mas a internet ficou instável...
Como vêem, nem tudo são flores nas terras da Rainha Elizabeth II.
E assim, chegamos de volta ao enorme e movimentadíssimo Royal National Hotel. Dessa vez nos coube um quarto de frente para a rua, no 7º andar, próximo aos elevadores. Menos mal, porque nossas malas, resgatadas mais uma vez do guarda-volumes do hotel, somadas às outras que trazíamos conosco, estavam bem pesadinhas.
Nessa mesma tarde, fomos à pequena agência de turismo na entrada do hotel para reservar um tour para o dia seguinte.
Aproveitando que o tempo estava bem melhor e a neve tinha se despedido dos ingleses, decidimos fazer um passeio a Stonehenge e Bath. O pacote custava 69 libras por pessoa e incluia também o Castelo de Windsor. Compramos.
Jantamos mais uma vez no Prezzo. Comida italiana boa por um preço razoável pra inglês ver: jantar para duas pessoas com entrada, prato principal e uma taça de vinho por algo entre 27 e 30 libras.
As fotos de Glasgow estão aí:
Glasgow 2009

Um comentário:

  1. Deve ter uma explicação para o trem da Virgem ser mais caro. Setá por que? Virgem? Ou historicamente melhor? Mas, me diga uma coisa, a Ana comeu a buchada? Tava boa? O que de prosaico vc pediu? Bjs

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