Nossas andanças por Kathmandu incluíram duas estupas, três praças da corte – as Durbar Square – e um crematório, além de uma e outra coisinha aqui e ali que vimos no caminho ou no entorno desses lugares visitados.
Paras, nosso guia, pediu que deixássemos com ele 50 dólares por pessoa para as despesas com ingressos. Deixamos, mas achamos que ele estava supervalorizando a despesa. Que nada! No cômputo final, vimos que os gastos foram exatamente nesse valor.
No capítulo de hoje: Swayambhunath, estupa das mais antigas do Nepal
Quem leu o último post sobre a jornada pela Índia já sabe o que é uma estupa. Repito: "Trata-se de um monumento budista de formato circular, ao redor do qual os fiéis fazem suas orações. Não é possível entrar numa estupa, elas são maciças." São consideradas a presença viva de Buda, carregadas de energias e poderes protetores.
Começamos por um dos locais religiosos mais antigos do Nepal. Construída no alto de uma colina, rodeada de templos, santuários, monastérios e outras pequenas estupas, Swayambhunath é considerada ponto sagrado de peregrinação para os budistas, para os hindus... e para os macacos, que também são sagrados.
Macaco na Swayambhunath Foto: Ana Oliveira |
Para atingir o complexo onde estão a estupa e os outros monumentos sagrados há uma longa escada com 365 degraus. Para nossa sorte, não foi necessário enfrentar a escadaria, chegamos por outra via, sem grande esforço. \o/
No caminho, nos detivemos numa pequena piscina que tinha em seu centro uma imagem de Buda.
Reparem no pote à frente da imagem. Conta a lenda que, quem conseguir atirar uma moeda dentro do pote terá sorte por toda a vida. Tentamos!
Dentre nós, a sortuda foi a Vilma! |
Por entre bandeirinhas coloridas, rodas de oração e gente, muita gente, chegamos à estupa propriamente dita, que é constituída de uma espécie de domo branco, que serve como base para um cubo dourado com os olhos de Buda pintados nos quatro lados. No alto, uma torre cônica ladeada por painéis dourados, com esculturas. E no topo, um pináculo também dourado.
Foto: Ana Oliveira |
Cada parte desse monumento tem seu significado. Pra quem quiser saber mais, deixo esse link. Daí vocês podem partir para outras incursões em busca de informações sobre a estupa que é listada como Patrimônio da UNESCO desde 1979.
Templos, mosteiros, outras pequenas estupas, lojas, museus, biblioteca, restaurantes e hospedarias integram o entorno da estupa, compondo um cenário ao mesmo tempo sagrado e profano.
Mais que palavras, deixo imagens que nossas lentes captaram no tempo que passamos ali, cerca de uma hora, disputando espaço com os fiéis e sempre ouvindo "om mani padme hum", o tradicional mantra budista, onipresente nas rodas de oração e nos altofalantes.
Rodas de oração
Rodas de oração Foto: Rose Barros |
Dentro desses cilindros, há orações e mantras budistas. Os devotos que passam girando as rodas acreditam que esse ato multiplica suas orações e bençãos.
As quatro "marinheiras da Europa" posando de fiéis |
Instrumento ritual que representa luz e força.
A vajra é uma espécie de cetro usado pelos budistas em seus rituais.
A palavra vajra, do sânscrito, significa diamante e também relâmpago. O diamante remete à força, à indestrutibilidade. O relampago lembra a luz.
Templos e outras construções
A vajra gigante Foto: Ana Oliveira |
Macaco na vajra gigante Foto: Rose Barros |
Templos e outras construções
No entorno da grande estupa Fotos: Ana Oliveira e Rose Barros |
Templo Hariti Foto: Ana Oliveira |
Parte reconstruída do Karma Raja Maha Vihara Monastery após terremoto de 2015 Foto: Ana Oliveira |
Karma Raja Maha Vihara Monastery após terremoto de 2015 Foto: Ana Oliveira |
Maitri Vihar Monastery |
Foto: Ana Oliveira |
Imagem de Buda no Swayambhu Buddhist Museum |
Bandeiras de oração, a fé colorida nos céus de Kathmandu |
Carmem e Ana
ResponderExcluirA estupa do Nepal é muito interessante, em que pese o nome impronunciável Sway......Curti também as rodas de oração, a torre cônica (muito bem retratada pela lente de Ana de Oliveira). Mas, apesar da foto, não entendi muito bem o significado da "vajra" .Adorei as bandeiras coloridas nos céus do Nepal. Muito bem !e
A vajra é uma espécie de cetro usado pelos budistas em seus riruais. Essa da foto é uma vajra gigante, uma escultura. A palavra vajra é originaria do sânscrito e significa diamante e também relâmpago. O diamante remete à força, à indestrutibilidade. O relampago lembra a luz. Assim, a vajra representa força e luz.
ExcluirObrigado pela explicação. Realmente, já havia lido: ceptro-relâmpago, mas 0 "p" de ceptro , criou a dúvida.
ResponderExcluirSylvio.