domingo, outubro 04, 2015

Pousada da Alcobaça

De alguns anos pra cá, Ana e eu trocamos a tradição das festas de aniversário por viagens. E já que se tratam de viagens/festa, temos escolhido e reservado lugares bacanudos pra passar os 15 de setembro e os 1º de outubro desde então.
Já estivemos, por ordem cronológica, na Casa Turquesa (Parati), no Copacabana Palace, no Alvear (Buenos Aires), no Casas Brancas (Búzios), no Fasano (Rio) e na Pousada da Alcobaça (Petrópolis).
Gostamos mais de uns que de outros, claro! 
O hotel de cada uma das escapadas é escolhido e reservado pela aniversariante da vez. Assim, no último 1º de outubro, Ana preparou uma estadia na Pousada da Alcobaça, que, como os anteriores, era, para nós, um objeto de desejo.



A reserva foi feita por uma troca de e-mails e depósito antecipado de metade do valor das diárias.
A pedido da Ana, a pousada indicou contatos de taxistas que poderiam fazer o translado aeroporto/ pousada/aeroporto.
Tudo acertado, partimos de GRU para GIG um dia antes do aniversário. O taxista contratado teve um problema pessoal e enviou um substituto para nos apanhar no aeroporto. E assim, chegamos à pousada sem stress.
Nosso quarto -- o Alcobaça -- não tinha o charme esperado, mas tinha uma inesperada paisagem florida e perfumada, que ficava mais próxima quando vista e sentida da varandinha. Sim, nós tínhamos uma varanda com duas simpáticas cadeiras, com vista para duas montanhas: Alcobaça e Alcobacinha. Duas também eram as poltroninhas do espaço reservado à TV e as cadeiras que contornavam nossa pequena mesa. E mais uma cama com bons lençóis, um espelho grande, um armário com cabides desparelhados, abajures.  Chão de tacos precisando de um cuidado. Móveis com um ar já meio cansado. Ar condicionado e aquecedor. Tudo simples, quase monástico.
Também o banheiro era completinho, com box fechado com porta de vidro e amenities da Natura. Mas tão pequeno! Pequenas também eram as toalhas branquinhas, trocadas diariamente.


Nossa varanda lá em cima
Foto: Ana Oliveira

Bebidas geladas no quarto? Não! Nas áreas comuns dos dois andares da pousada, há um frigobar coletivo, onde o hóspede pode pegar bebidas e anotar o que consumiu.
Eu não daria nota dez para a limpeza, mas não posso dizer que encontrei problemas cabeludos nesse item.
Confesso que, ciente do preço das diárias, eu esperava, sim, um pouco mais de glamour!
Incluídos na diária, apenas as acomodações e o café da manhã. Aliás, um belo desjejum, com poucos itens mas de qualidade. No primeiro dia, esqueceram de nos oferecer suco de fruta, mas tivemos deliciosas torradas Petrópolis acompanhadas de queijo derretido quentinho. Nos outros dias, completamos a esbórnia matinal com deliciosas panquequinhas.
As refeições eram pagas à parte e seu preço permaneceu quase secreto até o momento do check out. Sim, há um cardápio com o preço de alguns pratos, mas a cada dia nos ofereciam a opção de um irrecusável prato do dia cujo valor não se encontrava na carta. Não houve surpresa, entretanto, na hora de pagar as refeições. Preços normais de bons restaurantes.
A riqueza da Alcobaça está mesmo na parte externa: os jardins!
Para dar uma ideia, nosso primeiro ímpeto foi compará-los aos jardins de Monet. Verdade, a variedade de cores e perfumes faria inveja ao impressionista francês.



E Dona Laura, a proprietária do lugar, traz para dentro do casarão caprichados arranjos com flores dos jardins. Uma delicadeza!
A pousada fica no bairro petropolitano de Corrêas, a poucos passos do centrinho local, que é bem carente de atrativos. Além do Santuário do Amor Divino, nada mais ali nos interessou.
Da igreja fomos direto para o centro histórico de Petrópolis, a uns 10 km e 45 reais de táxi dali.
Assim, nossa dica é, se você não se importar de dirigir do aeroporto até Corrêas e vice-versa, pela sinuosa e movimentada Rodovia Washington Luís (trecho da BR 040 entre Rio e Petrópolis), alugue um carro. Você vai aproveitar bem mais a sua estada por aquela região.
Agora, se você, como nós, tiver a intenção de ficar curtindo a paisagem, a comida, o bar, a videoteca, a tranquilidade, a confortável sala de leitura, os jardins, a piscinona e a sauna da Alcobaça, vá de táxi e deixe a vida correr.

Foto: Monica Beltrame


3 comentários:

  1. Lugar incrível! Adoro contemplar!!! Cá vc escreve tão bem, parabéns!

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    Respostas
    1. Su e Lu - ou só Su... ou só Lu :-)
      Obrigada pela visita e pelo elogio.
      Voltem sempre pra ver/ler minhas histórias. #eugosto

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    2. Su e Lu ou Su e/ou Lu,
      Com efeito, a Criatura superou o Criador.

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