Parece que a música estava à solta durante o tempo em que passamos percorrendo igrejas, parques, becos e praças pela Europa afora.
1. Alemanha
Mal chegamos a Dresden e já topamos com a programação de dois concertos de órgão nas igrejas da cidade: um na Frauenkirche e outro na Kreuzkirche.
O primeiro, da Frauen, foi lindo e longo. A programação incluía preces, benção e -- momento mágico -- os sinos da torre da igreja tocando pela paz. Bom começo, hein? Fala sério!
Taí um teaser do que foi esse nosso primeiro concerto em terras alemãs:
Frauenkirche nos deu o primeiro concerto, mas não os primeiros sons musicais de Dresden. Pela manhã, passeando pela cidade, fomos atraídas por uma música à Haus an der Kreuzkirche, tipo um centro paroquial da Kreuz. Entramos e ainda pegamos as notas finais do que havia sido uma apresentação musical a propósito de sabe-se lá o quê...
Foto: Ana Oliveira |
E às três da tarde, voltamos à Kreuzkirche para mais 15 minutos de música.
Video: Ana Oliveira
A Kunsthofpassage, em Dresden, como o próprio nome diz, é uma passagem, assim... um beco. Mas, que beco amigos! Composto de vários pátios, escondidos de quem passa pela rua, cada qual com seus prédios antigos redesenhados por um grupo de artistas. É lá, no Pátio dos Elementos, que está o "prédio musical". Com a fachada azul toda decorada com um emaranhado de calhas, transforma o escoamento da água da chuva em música! Ah, mas precisa estar chovendo pra funcionar, né? Sim, precisa... mas, acreditem, choveu enquanto estávamos lá. Ô sorte!
Video: Ana Oliveira
Já em Berlim, a música voltou a nos envolver no Britzer Garten. Ali acontecia o Shinnyo lanterns on the water, evento incrível do qual participamos (e que a Ana contou aqui), que incluía na cerimônia diferentes apresentações musicais: tambores, instrumentos inusitados, cantoras.
Video: Ana Oliveira
Pra ver a fenomenal apresentação de tambores que aconteceu por lá, acesse esse link aqui e avance até 08:06 minutos. Vale a pena!
2. Croácia
Zagreb, a capital da Croácia, nos recebeu com música e dança pelas ruas do centro antigo. Em cada praça, rua ou beco havia um grupo vestido a caráter, cantando, tocando, dançando: uma festa.
Seria para nos receber? Claro que sim! A cidade aproveita os domingos de verão para mostrar as suas tradições aos visitantes. Mais um lance de sorte pra nós!
Mais um som da natureza convertido em música nos veio através do Sea Organs, em Zadar. O arquiteto croata Nikola Bašić criou uma espetacular instalação que usa a força das águas do Adriático para produzir sons musicais. É só parar e ouvir!
Uma tradição musical da Dalmácia é a música kapla, canto a cappella que teve origem nos cantos litúrgicos da igreja católica e segue existindo até hoje. Há festivais, novas composições, CDs gravados.
Um grupo de música kapla é formado basicamente de um primeiro tenor, um segundo tenor, um barítono e um baixo.
E -- das vantagens de viajar na alta temporada -- lá estavam dois grupos de kaplas no nosso caminho. Mais música na nossa viagem!
Kapla em Split
Video: Ana Oliveira
Kapla em Trogir
Em 2012, a música kapla foi considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade. Uau, e a gente ouviu isso! Música é bom, né gente? Mas... nem sempre. Tivemos também uma experiência musical desagradável durante a viagem. Foi em Biograd. Estávamos ali, tranquilas num final de tarde na nossa pequena varanda, olhando o azul do Adriático quando notamos...
... sim, um grupo musical preparando sua apresentação bem embaixo da nossa janela!
E tivemos um show musical daqueles bem prosaicos, feitos pra hóspede de hotel dançar numa noite de sexta-feira. Fuén!
Por sorte, a música acabou cedo e pudemos ter uma boa noite de sono.
A ilha de Hvar é famosa -- entre outras coisas -- pelas baladas, barzinhos, luau na praia, enfim: agito. E a fama não é indevida, não.
Enquanto os jovens se preparavam para aproveitar a animação, depois de um dia de passeios pelas ruas e escadas da ilha, nós, velhinhas, nos deliciamos com mais um concerto de órgão e flauta, na Katedrala da cidade. Vidar Hansen, organista norueguês e a flautista eslovena Hanan Hadžajlić nos deleitaram com peças de Mendelssohn, Bach e outros.
E como a música nos perseguia onde quer que estivéssemos, andando por Dubrovnik, encontramos duas manifestações dela pelas ruas e praças.
Ivana Kujundžić
Foto: Ana Oliveira
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E mais uma simpática dupla na praça principal:
3. Itália
Pra terminar nossa viagem musical, tivemos um encontro com Domenico Modugno em Polignano a Mare.
Tá, gente, Domenico foi-se em 1994, mas vive ainda ali, naquela praça à beira mar com seu Volaaaaaare!!!!!!
É isso, como já dizia Nietzsche: "Sem música a vida não faria sentido." Nem as viagens...
Que sensacional, adorei!
ResponderExcluirFoi bem gostoso, viu Marcie? Nos divertimos bem.
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