De Rennes a Le Mans, viajamos de TGV, trem rápido e caro, portanto com frequência mais seleta.
Já o trecho de Le Mans a Tours foi feito em trem normal, com vagões mall conservados e estranhos companheiros de viagem.
Três deles - que apelidamos de grupo da touca preta, porque os três usavam uma touca preta - estiveram nos observando insistentemente desde a estação, enquanto comíamos nossos lanchinhos da Brioche Dorée. Incomodadas, saímos para a fria plataforma e pensamos ter nos livrado deles. Qual o quê! Uma vez acomodadas no vagão de nossa escolha, tivemos a desagradável surpresa de tê-los como companheiros de viagem... Coincidência?
Mudamos de vagão uma estação antes da final, para evitar problemas.
Tours nos esperava com uma chuvinha desagradável.
Sem possibilidade de fazer qualquer tipo de pesquisa, demos uma corrida da estação até o hotel mais próximo: o L'Europe. Tivemos sorte. Era simples e simpático. Bom preço: 62 euros, com internet wi-fi grátis. Quarto grande para os padrões franceses. Decoração antiguinha. Ana fotografou o detalhe do guarda-roupa:
Pedimos um apartamento por duas noites.
Depois de acomodadas, saímos para um reconhecimento do terreno, munidas de guarda-chuvas.
O recepcionista, um senhorzinho, nos deu um mapa da cidade, onde assinalou:
- o escritório de turismo, que não estava aberto àquela hora, ainda mais sendo domingo;
- a cidade antiga e
- a catedral.
Diante de nossa questão sobre visitas aos castelos do Loire, afirmou que durante o inverno elas não aconteciam. O mesmo dizia um quiosque na estação ferroviária...
Saímos.
Passando pelo escritório de turismo, soubemos que abriria no dia seguinte às 9 da manhã.
A catedral de St. Gatien foi uma agradável surpresa, com lindos vitrais.
E, como não parava de chover, deixamos a cidade velha para outra hora.
Passamos na estação para pesquisar a possibilidade de ir ao menos ao castelo de Chenonceaux por nossa conta, de trem. Sim, era possível. Anotamos os horários de trem para lá. E outros, de lá para Le Mans e, em seguida, Chartres, nosso próximo destino.
Planejamos então dar uma passada no escritório de turismo na manhã seguinte, apenas para confirmar a viabilidade da empreitada. E nos conformamos em deixar os outros castelos para uma próxima oportunidade.
Voltando ao hotel, avisamos que ficaríamos somente aquela noite, no que fomos perfeitamente compreendidas pelo recepcionista.
Dia seguinte.
Levantamos cedo. Fechamos a conta no hotel e saímos com nossa com nossa pequena bagagem. Não chovia! Bom sinal!
Tomamos um café rápido no bar da estação e, enquanto eu pagava a conta, Ana deu uma corrida até o escritório de turismo. Eram 9 horas.
Dali a pouco voltou apressada, já fazendo sinal pra eu me aprumar: havia uma excursão para os castelos saindo naquele exato momento. Estavam apenas esperando por nós. Bingo!
Assim, por 50 euros cada uma, tivemos o transporte e as informações de Tongwi, motorista/guia da excursão, para visitar 4 castelos do vale do Loire: Chenonceaux, Amboise,
Chambord e Cheverny.
Os companheiros de viagem... eram brasileiros. Uma família com 4 membros. O pai, professor de física na UNESP de Rio Claro! Êta mundo pequeno!
A caminho de Chenonceaux, o tímido sol desapareceu e deu lugar a uma névoa gelada. O termômetro da van marcava zero grau como temperatura externa.
O castelo de Chenonceaux foi construído por três mulheres, em três oportunidades diferentes, sobre o rio Cher. É encantador. Embora a visibilidade externa das construções e jardins estivesse prejudicada pela bruma, nós o elegemos como o nosso predileto.
Em seu interior bem conservado, chamavam a atenção os lindos arranjos de flores naturais que adornavam cada ambiente.
Dali seguimos para a cidade de Amboise, onde Leonardo Da Vinci viveu os últimos anos de sua vida. E onde permanece enterrado.
Com vista para o rio Loire, o castelo de Amboise é também bem cuidado. Jardins e vista são as melhores coisas dele.Almoçamos em Amboise, ali mesmo em frente ao castelo. Sopa de cebola e pizza.
E seguimos viagem, rumo ao enorme castelo de Chambord. No caminho, passamos ao largo de três outros castelos: Chaumont-sur-Loire, Blois e Menars.
Chambord é um exagero! No exterior, muitas torres, de muitos estilos. No interior, centenas de lareiras. Centenas de quartos. Lindas escadas em caracol. Tudo abandonado, pouca coisa em recuperação.
Olha aí: você certamente vai se lembrar daquele quebra-cabeça de milhões de peças que montou um dia... Nós nos lembramos!
Última parada, castelo de Cheverny, menor e bem conservado.
Visitamos seu interior rapidamente, já que era fim de tarde e estavam por fechar.
No exterior, um canil com muitos cães de caça. Essa foi a parte preferida de Charlotte...
Voltamos a Tours no início da noite, bem depois da saída do último ônibus para Chartres.
Retornamos ao Hotel L'Europe.
No dia seguinte, oito e pouco da manhã, pegamos o ônibus rumo a Chartres.
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Aí está um álbum com as fotos da fase francesa da viagem. Divirtam-se!
Lindas fotos! Adorei os telhados. Ah, escolhi um castelo para mim: Chambord! Que triste esse episódio do trem. Ainda bem que você estão sempre alertas.
ResponderExcluirE ai, nenhum fantasminha??? talvez na Escócia eles vão dar as caras!!! pelo menos um gasparzinho camarada!!! joão
ResponderExcluirTudo isso na França, moça? Legal o post, há pouco tempo apareceu uma barata, fui chamar o porteiro p/ matar e a danada sumiu, vou ter q revirar as coisas p/ matar, p/ poder dormir, bosta!! Legais as fotos, q doido os touca preta, credo.
ResponderExcluirBjos
Juliana
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