domingo, junho 03, 2007

Venha ver o pôr do sol

Envolvidos com tantos afazeres, muitas vezes nos esquecemos do espetáculo diário do pôr do sol. O astro-rei, entretanto, cumpre seu ritual a cada dia, criando momentos mágicos para os que se dispõem a contemplá-lo.
Sabiam que há até um "ranking" dos mais belos poentes no país?
O Guia Quatro Rodas 2004 informa que, da Duna do Pôr do Sol, na Praia da Jericoacoara, Ceará, pode-se contemplar o mais lindo pôr do sol das terras brasileiras. Em 2002, estivemos lá e pudemos comprovar: é mesmo indescritível. Naquela época ainda não tínhamos nossas máquinas digitais, por isso tomamos emprestada uma foto que faz justiça a essa beleza, para ilustrar esse relato:
De acordo a mesma fonte, o segundo pôr do sol mais belo do país acontece na Praia do Jacaré, na Paraíba. É uma praia fluvial, por onde passam as águas do Rio Paraíba.
É ali, que José Jurandy Félix, o Jurandy do Sax, executa diariamente o Bolero de Ravel.
No dia 23 de janeiro, estivemos lá para ver. Vestido de branco, empunhando seu saxofone, Jurandy inicia seu ritual às 17h30, num dos bares à beira do rio.
O saxofonista prossegue. Se encaminha lentamente para uma canoa e, tendo o espetáculo do sol ao fundo, continua a tirar de seu instrumento as notas da canção, até que o último raio solar desapareça no horizonte.
Há quem diga que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba elaborou um projeto que prevê o tombamento do pôr do sol da Praia do Jacaré como bem material, no intuito de preservar e proteger o local. Tomara!
Em janeiro de 2004, pudemos presenciar o terceiro pôr de sol do Brasil: no Mirante do Boldró, em Fernando de Noronha, Pernambuco.
Ao final de um dia memorável, percorrendo a ilha de cabo a rabo, chegamos ao mirante. Ainda era cedo. O sol estava alto. Para acompanhar a merecida cerveja, uma surpresa: de um velho aparelho de som saiam as notas de "Cântico à natureza", na voz de Chico César e Nelson Sargento. Entre papos e fotos, o espetáculo aconteceu.
O fato de termos presenciado esses famosos ocasos não nos impediu de admirar outros - mais comuns, mas não menos belos.
Em João Pessoa, depois da tormenta que nos recebeu, o céu se tingiu de dourado e pudemos ter esperança de que o dia seguinte seria melhor... e foi.

Depois do memorável show nudista em Tambaba, nos pusemos a caminho de Campina Grande, que seria nosso pit stop na corrida para Catolé do Rocha. Era o fim de uma tarde de sábado. O dia tinha sido agradável: pouco sol , nenhuma chuva e muitas emoções. E o sol se escondendo entre nuvens paraibanas.
E Natal, no Rio Grande do Norte, onde enfrentamos o dia mais chuvoso de nossas férias, soube nos recompensar com lindos tons dourados em nosso último dia de viagem, naquele verão de 2004.
Três anos depois, voltamos a contemplar a despedida do astro-rei nos céus do Brasil. Dessa vez, em pleno Rio Amazonas, seus raios coloridos encantaram o final de mais um dia de aventuras.
Foto: Ana Oliveira
Como o sol, a vida é bela, quente e colorida. Reclamar, quem há de?!
PS. Essa postagem é uma edição revista e atualizada de outra, que escrevi em 2004, num blog antigo: Venha ver o pôr do sol

Um comentário:

  1. Legal o texto, lindas as fotos, valeu pela dica p/ Jampa, já q vou p/lá, naum vou esquecer, tirar fotos de papel e de celular, depois mandar umas p/ vc e blogar sobre a viajem. Nunca peguei chuva em Natal, p/ mim é o lugar do NE q menos chove.
    Bjos,
    Juliana

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