quarta-feira, outubro 11, 2006

Água e areia - Parte final

O barco que leva passageiros de Caburé a Barreirinhas inicia seu percurso em Ponta do Brasília, um povoado que fica na barra do Rio Preguiças, no encontro da água doce com a água do mar. Horário? Não há, depende da maré...
E foi assim que naquela noite de 7 de fevereiro quatro turistas montaram guarda na beira do Rio Preguiças, na altura de Caburé, esperando o tal barco.
Era noite de lua cheia! Ainda bem, pois ali a luz elétrica é desligada às 22 h.
O barco chegou no meio da madrugada.
A subida ao barco era feita por uma estreita escada. Ao terminar a escalada, Vanessa pisou em "algo" que não viu... E a coisa berrou. Era uma porca! Boa recepção para as quatro malucas...
Os passageiros embarcados antes de nós dormiam a sono solto estirados nos poucos bancos que havia ali. Foi preciso empurrar alguns para conseguir um lugarzinho para nos sentarmos. Conseguimos, uma em cada canto do barco. E fomos subindo o Rio Preguiças. Havia pontos em que entrávamos por estreitos igarapés onde mal cabia o barco. E a lua brilhando no céu!
Antes das 6 da manhã, lá estávamos nós sentadas na praça principal de Barreirinhas. Além de nós, só as pessoas que vinham de longe para fazer fila em frente à agência do Banco do Brasil. Era dia de pagamento!
Quando a cidade acordou, saímos em busca de um transporte para visitar, finalmente, os Lençóis Maranhenses. Fomos de Toyota/jardineira. O roteiro depende... das chuvas. Naquela época, a Lagoa Azul era a que estava mais cheia de água. Fomos para lá! Mais um passeio por entre pequenos povoados e estradas de areia.

Chegando ao local, ainda havia que subir uma enoooorme duna. Por sorte havia uma corda estirada na subida para ajudar os menos experientes como nós.
Lá no alto nos sentimos em outro mundo: um mundo intocado, só de água e areia...
São dunas e mais dunas, com água entre elas, formando lindas lagoas. Era subir, descer e mergulhar nas águas mornas das lagoas. Um paraíso!
O passeio durou a manhã toda. Cansadas, voltamos a Barreirinhas para um almoço tardio num restaurante à beira-rio.
Vanessa e Rita decidiram ir para São Luís naquele mesmo dia. Ana e eu ficaríamos até o dia seguinte.
Depois que as meninas partiram, fomos em busca da melhor pousada de Barreirinhas que nossos bolsos pudessem pagar. Afinal, nós merecíamos! Desde Sete Cidades, no Piauí, não tínhamos um lugar decente pra dormir...
Optamos pela Pousada do Buriti. Chalés com sala, sofá, TV, ar condicionado, frigobar, telefone, chuveiro elétrico e um terraço privativo. Era o mínimo que podíamos querer naquela altura.
À noite ainda encontramos fôlego para uma voltinha pela cidade. E no dia seguinte partimos, de ônibus, para nosso último destino naquelas férias: São Luís.
A viagem até a capital foi tranqüila e confortável. Chegamos na Rodoviária de São Luis e procuramos saber como chegar à Pousada Colonial, que já havíamos reservado antes por indicação de meu pai que havia feito trajeto semelhante uns meses antes. Nos indicaram um ônibus urbano. E lá fomos nós, mochila nas costas e mapa nas mãos. Era sábado de carnaval.
Por algum motivo inexplicável, descemos do tal ônibus muito antes do ponto correto e tivemos que cruzar parte da cidade para chegar ao destino. No caminho, cruzamos com alguns blocos carnavalescos e já fomos tendo idéia do que nos esperava naqueles próximos dias.
Já no dia seguinte fomos visitar Alcântara, a antiga capital. A travessia é feita de barco. A viagem dura mais um menos uma hora, mas tudo depende... da maré! Já estávamos prevenidas: o barco "joga" muuuuuito! Tomamos um comprimido de Dramin e fomos à luta. Na ida chegamos a acreditar que era tudo invenção do povo. Mas na volta tivemos a certeza que que o povo não mente... Chacoalhamos pra valer. Mas o Dramin é mesmo muito eficiente!
Alcântara é linda e vale todo e qualquer sacrifício que se faça para chegar lá. Caminhamos por todo o sítio histórico da cidade e enlouquecemos tirando fotos e mais fotos, numa época em que cada clique custava algum dinheiro... Ainda estávamos no tempo das fotos de papel.
Os próximos dias passamos em São Luís. Como era carnaval, muita coisa estava fechada. Mas circulamos muito por lá: casario antigo, comércio, lagoa, praia.
Numa visita ao Mercado, tivemos a sorte de encontrar um autêntico grupo de Tambor de Crioula mostrando sua arte para quem por ali passava.
Elegemos o bar Antigamente, na Rua da Estrela, como nosso ponto de observação. Dali víamos todo o movimento da cidade. Blocos carnavalescos, nativos, turistas. Foi aí que reencontramos as três paulistas perdidas em Caburé. Dali tudo se via, até o folião cansado no fim da noite...


Atualizando, em 12/01/2013: As fotos de Alcântara, que estavam num álbum da slide.com, sumiram. O site foi fechado em março de 2012. Pode? Mas há fotos da viagem toda, incluindo Alcântara, nesse álbum aqui, até que o Facebook permita...
Havia também um link para um site com mais informações sobre os Lençóís... Sumiu! Subtituo por outro, bem mais atualizado, da minha amiga Silvia Oliveira. Tá aqui!
A Silvia também dá dicas do que fazer nos Lençóis Maranhenses em 3, 5 ou 7 dias

2 comentários:

  1. Carmem... Simplesmente AMEI essa sua série "Água e areia". Realmente uma grande aventura! Fotos lindas, lugares que dispensam qualquer comentário, e é claro, seu relato que deixa tudo mais interessante. Estou ansiosa para conhecer tudo isso ao vivo. Bem que vocês poderiam ir com a gente rever tudo isso e reviver essa aventura, hãm? Topa??? Beijos

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  2. Naum li o post todo, mas na rede é vc? Se for, naum ficou ruim loira, viu? Eu já tentei ficar loira q nem a Xuxa, gostei, mas fico mto pálida, meu cabelo é crespo, bom mesmo se fosse loiro e crespo, tudo de bom, hein? Risos. E de olhos claros, com outro formato. Vou ler mais tarde com calma o post.
    Bjos,
    Juliana

    P.S. Já descolori meu cabelo 2 vezes, a 1ª vez foi num salão, meu cabelo acabou, virou palha, fui em outro salão restaurá-lo, aí mais tarde, estava dourando os pêlos do braço, barriga e ainda tinha tinta no prato, resolvi passar no cabelo, só naum ficou melhor pq a água oxigenada era de um volume menor, fiquei parecendo albina, sinistro. Aí fui ao salão pintar, risos. Ele naum estraga tanto qto eu pinto em casa.

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