sexta-feira, julho 25, 2008

POR TRILHOS E TERRAS DE ESPANHA

No dia 17 de julho, bem cedinho, pegamos um trem do Porto para Vigo.
Começava assim a fase espanhola de nossa viagem.
Vigo nos surpreendeu positivamente.
O Hotel Bahia de Vigo, que havíamos reservado antecipadamente, ficava num ponto estratégico: de frente para a ría – algo como um grande braço de mar que entra pela cidade – e com vista para o casco antigo da cidade.
O quarto era enorme e confortável, mas faltava o ar condicionado...
Justamente atrás do hotel ficava a Pescadería, uma rua cheinha de restaurantes, onde se serviam pratos com frutos do mar pescados diretamente na ría.
Almoçamos ali, debaixo dos painéis que davam sombra aos comensais.
Ao lado, a Praza da Pedra, com lojas de lembrancinhas na escadaria.
E, em cima, o acesso à cidade velha.
Pequeno e bonito, o casco antigo de Vigo nos reservava sua Concatedral, praças, incluindo a Praza Almeida, lojas de artesanato em vime e outras mais, cafés, enfim um lugar agradável e bonito.
Para conhecer o resto da cidade, optamos pelo ônibus turístico, que nos levou por entre as ruas e belas esculturas da Vigo menos antiga até o Parque do Castro, de onde pudemos ver a cidade do alto.
A outra parada do ônibus foi no Pazo-Museu Quiñones de León, onde preferimos visitar o jardim.
Fim de tarde. Sentados num bar na beira da ría, Ana, meu pai e eu fizemos um happy-hour regado a cerveja e bitter. Os barcos voltavam ao porto e soprava uma brisa agradável.
À noite, de nossa janela, víamos bela lua brilhando lindamente acima da cidade.
Passamos em Vigo pouco mais de 24 horas.
Entre Vigo e Madri viajamos também de trem.
A viagem, que já seria longa, ficou ainda mais comprida por conta de um problema com a máquina que nos levaria no trecho de alta velocidade, o último da viagem.
E assim, ficamos parados na estação de Medina del Campo por quase duas horas, o que atrasou consideravelmente nossa chegada à capital espanhola.
Já passava da meia-noite quando chegamos ao Hotel San Lorenzo, em Madrid.
A primeira surpresa: o hotel não aceitava cartão de crédito. O pagamento deveria ser feito em dinheiro, nos informou grosseiramente o senhor da recepção.
Subimos ao nosso quarto.
O ar condicionado não funcionava.
Fazia um calor insuportável.
Saímos imediatamente e fomos até o nosso velho conhecido Hostal Sonsoles, que não tínhamos conseguido reservar antes por problemas de comunicação.
Havia disponibilidade. Reservamos para o dia seguinte e voltamos ao San Lorenzo.
Mais uma conversa tensa com o recepcionista mal humorado e decidimos sair dali imediatamente, mesmo tendo que pagar a primeira diária.
Fomos para o Sonsoles.
Nada como o sossego, o ar condicionado e a internet grátis do nosso hostal preferido!
Passamos em Madri o fim de semana.
Andamos pelas ruas, lojas e livrarias do bairro de Chueca.
Almoçamos no nosso restaurante predileto – o Puerto Rico – em companhia de Jacicarla, uma aluna de Ana também de passagem por Madri.
Andamos pela Plaza Mayor, Calle Carmem, Calle Preciados e Puerta del Sol.
Fomos ao El Corte Inglés e à Fnac.
Comemos nossos sanduíches prediletos no Museo del Jamón: chiquitos mistos e chiquitos de tortilla.
Tomamos uma bebidinha na Praça de Chueca.
No domingo pela manhã fomos ao Rastro. Entre uma compra e outra, dei por falta da bolsinha onde carregávamos o dinheiro trocado. Desapareceu! Pudera, o lugar estava cheio de gente de todo tipo. Nossa bolsinha colorida deve estar nas mãos de algum espertinho.
Mas, como dizem, Deus escreve direito por linhas tortas.
Imaginem só: eu tinha comprado uma mochila na penúltima vez que fui a Madri. Só usei a dita cuja pra voltar pro Brasil naquela ocasião e voltar novamente para a Europa, em 2006.
No meio da viagem de 2006, a mochila não resistiu: estourou o zíper, desfizeram-se as costuras, etc.
Voltei à loja e deixei a mochila pra conserto ou troca. Afinal era nova.
Comprei outra lá mesmo, melhor e mais cara, e voltei pro Brasil.
O vendedor ficou com meu telefone e endereço pra me avisar quando a mochila estivesse pronta. Nunca ligou. Escrevi duas cartas e não me respondeu.
Agora, trouxe meu comprovante e fui lá cobrar.
A loja foi vendida e o novo dono não queria saber de nada.
Mas acabou ligando pro antigo dono e me devolveu o dinheiro: 70 euros!
E como era nosso dia de sorte, fomos a uma estação da Renfe – a companhia de trens de Madri – para receber o dinheiro referente ao atraso do trem de Vigo. Nos devolveram 100% do valor!
Depois de uma mega-arrumação em nossas malas, deixamos tudo na recepção do hostal, pois no dia seguinte sairíamos às 4 e pouco da manhã para o aeroporto de Barajas, levando apenas o estritamente necessário para os quatro dias que passaríamos em Roma.
Fotos:

Um comentário:

  1. Sou a primeira a comentar, q legal!! Risos. Ei, recebi suas coisinhas ontem pelo Correio, depois conto com detalhes o q achei por e-mail. Recebeu meu e-mail resposta?? Ainda naum li o texto do post, nem sabia q naum conhecia Roma, 1 mês viajando, hein? Coisa mto boa, espero q consigamos viajar e ficar 1 mês fora, é mto bom, né naum? Tenho uma amiga q tb viaja p/ a Europa, ela tb é inquieta.
    Bjos
    Juliana

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