A aventura começou bem cedo, no dia 14 de fevereiro.
5h30, madrugada, já estávamos em trânsito para o porto.
6h35, o barco Otávio Oliva, que nos levaria à ilha maravilha, zarpou.
A viagem foi tranqüila. Houve algum balanço, mas não fez efeito sobre nós. Havíamos tomado Dramin na véspera.
Três horas depois, o barco atracou no porto de Camará. A aproximadamente 30 km dali, em Salvaterra, estava a Pousada dos Guarás, onde nos hospedamos. A pousada era bem agradável: quartos amplos, piscina, uma imensa praia quase particular - que, embora de rio, tinha sonoras ondas - e comida boa. Só deixava a desejar na limpeza...
Assim que chagamos à pousada, Ezequias, o guia, nos informou a programação dos passeios:
- 14/02 - 15h30 Vila de Joanes
- 15/02 - 14h Soure e Fazenda de Búfalos
- 16/02 - pela manhã, passeio fluvial
Tínhamos, pois, todo aquele resto de manhã e início de tarde livres. Decidimos ir até a Praia Grande, em frente à pousada. Uma chuva rápida adiou nosso plano. Fomos assim que passou a chuva. Dali se avistava a vila de Salvaterra, o farol de Soure e algo da vila de Soure.
Almoçamos e, meio bêbadas de sono - efeito do Dramin... e das duas Cerpas que acompanharam a comida - tiramos um cochilo antes do passeio da tarde.
Na vila de Joanes, distante 18 km da pousada, visitamos as ruínas da primeira igreja fundada pelos jesuítas no século XVII e demolida por ordem do Marquês de Pombal no século seguinte.
Fomos também à praia de Joanes.
Seguimos depois para o centro de Salvaterra. Ali, à beira do rio , está a Igreja de N. S. da Conceição, construída no início do século passado e restaurada há pouco tempo. Tinha carinha de nova.
Andamos um pouco pelo comércio de Salvaterra. Há coisas curiosas por ali, como um estúdio de gravação de CDs, uma escola de música.
De volta, passamos pela lojinha de artesanato de Dona Socorro, que leva o nome antigo da ilha: Mbara-yó.
Segundo informação de Ezequias, nosso guia em Marajó, Mbara-yó significa barreira do mar. A idéia é que o arquipélago forma uma barreira que impede o mar de chegar à terra.
Nessa noite, choveu muito. E ainda pela manhã chovia forte, trovejava. Chegar ao restaurante para o café da manhã foi uma aventura entre as poças de água que se formaram no gramado.
Nossos planos para essa manhã - caminhar pela praia até Salvaterra e esperar Ezequias por lá, para o passeio da tarde - foram por água abaixo, literalmente. Ficamos no restaurante da pousada, um grande galpão aberto, lendo, escrevendo, fotografando búfalos e ouvindo as ondas da praia. Perto da hora do almoço, a chuva parou. Demos uma volta pela praia, comemos algo e saímos para o passeio da tarde.
Para ir a Soure é preciso atravessar em balsa o rio Paracauary. Soure é a capital do Marajó. Maior que a já conhecida Salvaterra. Na rua do comércio, alguns nomes curiosos: Bar Bico Molhado, Mercadinho Amiguinha...
Fomos até a Praia de Pesqueiro, visitamos a Fazenda Bom Jesus, lojas de artesanato em couro e cerâmica: kit turístico completo.
Na fazenda, onde Dra. Eva - uma das donas, veterinária - cria búfalos e faz reintegração de animais apreendidos, houve passeio de búfalo para quem quis. Declinei. Depois, um pequeno lanche servido pela mãe da Dra. Eva.
Voltamos ao hotel no início da noite. Mais tarde, show de carimbó no restaurante do hotel.
Dia seguinte, o último na ilha. Pela manhã, chovia e parava, chovia e parava... Saímos para o passeio fluvial ainda com um pouco de chuva.
A bordo do barco João Paulo, percorremos parte das duas margens do Rio Parauacary e um igarapé próximo dali. De volta, ficamos no cais do centro de Salvaterra. Dali para a pousada, justo a tempo de preparar a bagagem, almoçar e sair rumo ao Porto de Camará.
Mais três horas no mesmo Otávio Oliva da vinda e estávamos de volta à Capital.
Gostamos de conhecer um pouco de Marajó - o arquipélago com 12 municípios, 250 mil habitantes, muitos búfalos e nenhum guará - mas, na verdade, não foi tudo o que esperávamos...
Dali a dois dias nossa viagem teve seu fim, num vôo da TAM para Congonhas, com escala em Brasília.
Nós conseguimos!
Legal o texto, massa a foto, me correspondi por pouco tempo com um Marcílio de PE, naum lembro se era Almeida ou naum.
ResponderExcluirEstou vendo agora no Canal Comunitário uma cantora de samba ? Cristina, mto boa a música, antiga,"o mar serenou qdo ela pisou na areia"...
Bjos,
Juliana
VISITE SOURE DE PORTUGAL EM http://vila-de-soure.blogspot.com
ResponderExcluirNossa, pq está reprisando o texto?? Nem lembrava mais dele, tem poucas fotos. Legal o texto, cheio de detalhes!!!!
ResponderExcluirBjos
Juliana
Boa noite! Adorei suas dicas. Você contratou o guia por lá mesmo ou antes?
ResponderExcluirTem alguma empresa que você indicaria?
Pode me passar por e-mail? monyasoares@yahoo.com.br Muito Obrigada. Monique
Monique,
ExcluirEssa viagem aconteceu há quase 10 anos. Muita coisa deve ter mudado na ilha de lá pra cá.
Pelo que me lembro, o guia era da própria pousada onde ficamos. Já nem sei como e onde contratamos esse pacote pousada+passeios.
Espero que você faça uma viagem bem gostosa por lá, com menos chuva do que nós. 🤗
Obrigada pela visita ao "De uns tempos pra cá" e um grande abraço.