O trajeto de 38 km entre Santarém e Alter do Chão é feito por ônibus. Por R$ 1,80 pode-se fazer cada trecho, em ônibus comum ou expresso. Fomos com um e voltamos com o outro.
O Hotel Mirante da Ilha já estava reservado para o primeiro pernoite. Dessa vez sim, o nome fazia jus à realidade: do nosso quarto novinho e confortável podíamos ver a Ilha do Amor, o Lago Verde e o Morro da Piroca.
Foto: Ana Oliveira
A Ilha do Amor, nessa época, é uma estreita e longa faixa de areia clarinha, contrastando com o verde das águas. Para chegar ali é preciso atravessar um canal de cerca de 50 metros, de canoa. Há sempre um canoeiro na margem, esperando quem queira ir ou vir. Na ilha há pouca vegetação e malocas - construções de madeira e palha - onde se servem bebida e comida.
Foto: Ana Oliveira
No dia da nossa chegada, um sol forte convidava à preguiça. Além disso, uma desagradável dor de dente me incomodava. Pela manhã, ainda em Santarém, liguei para a dentista em São Paulo e recebi dela a ordem de tomar uma série de antibióticos durante 7 dias, o que significava: nada de álcool nesses dias à beira-rio. Assim, tivemos um dia mais calmo. Só boteco e lojas de artesanato na pequena Alter.
Dia seguinte caía uma chuvinha pela manhã. Quase arrumamos as malas e partimos. Decidimos esperar um pouco mais.
A espera foi recompensada regiamente. Em lugar da chuva apareceu um mormaço gostoso. Atravessamos o rio e fomos para a ilha.
E o dia, que havia começado de maneira pouco promissora, acabou sendo agradabilíssimo: a bordo da lancha John Lennon, pilotada por Ednaldo, saímos em excursão pelo Rio Tapajós, em busca de botos e praias.
Os botos apareceram alegres, dando cambalhotas à nossa frente. As praias não estavam pra banho, uma camada de algas deixava a água viscosa e verdíssima . Bonita só pra ver...
Foto: Ana Oliveira
Voltamos à ilha para o almoço.
À tarde, mais um passeio no John Lennon: Lago Verde e seus igapós - florestas alagadas - onde Ednaldo desligou o motor da lancha, tirou a capota e remou por entre árvores e plantas, até chegar a uma espécie de praça alagada, rodeada de paracutacas - árvores imensas de troncos curiosíssimos.
Foto: Ana Oliveira
Fim de tarde. Ednaldo pilotava sua lancha pelo canal, influente do Tapajós segundo ele, e nos deixava justo em frente ao Mirante da Ilha.
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