Na primeira tarde em Itacimirim já fomos recebidas na praia por uma enorme tartaruga marinha.
Foi assim que iniciamos nossa amizade com esses animais.
Dia seguinte, ela e mais algumas amigas voltaram a nos encontrar ali, na Praia da Espera, bem em frente à "nossa casa".
Mas foi mesmo na tarde do dia 4 que começamos a participar da vida delas. Fomos visitar o Projeto Tamar na Praia do Forte e, casualmente, chegamos na hora da alimentação dos animais. Tartarugas e tubarões em grandes tanques recebiam agrados e pedaços de peixe.
Eles são alimentados somente uma vez ao dia. E nós chegamos bem nessa hora. Ô sorte!
Mas o melhor ainda estava por vir: às 17h um grupo de biólogos, ajudados por crianças do Projeto Tamarzinho, começam a abertura dos ninhos de tartarugas. Show!
É assim: a região é usada como ponto de desova das tartarugas marinhas. Alguns ninhos são deixados em lugares considerados arriscados. Lugares com muita luz artificial ou com grande circulação de pessoas. Esses ovos são então transferidos para a base do Projeto e ficam ali até o momento em que as novas tartaruguinhas nascem. Quando estão prontos para a vida, os filhotes cavam a areia até sair para a superfície e se dirigem ao mar. Os biólogos do Tamar dão uma ajudazinha a eles, cavando os ninhos que já estão prontos e preparando a soltura das tartaruguinhas ao mar. E essa atividade é feita sob os olhos curiosos de toda gente que está ali naquela hora. Espetáculo emocionante.
Ninhos abertos, os filhotinhos são mostrados ao público, que pode observar bem o animalzinho e até tocar nele. Em seguida, num ponto da praia previamente preparado, acontece a soltura. Uma verdadeira corrida de tartaruguinhas para o mar. Segundo a bióloga, esse procedimento é importante para que elas memorizem o local onde nasceram e ao qual as fêmeas deverão voltar quando for a sua vez de tornarem mães.
Vendo os filhotinhos nascerem daquela forma, nos sentimos um pouco como se eles fossem nossos e nos tornamos também responsáveis pela sua sobrevivência.
Os biólogos explicam todo o processo e pedem atenção às formas de preservação da natureza que podem ajudar as tartaruguinhas a voltarem àquele mesmo ponto da praia dentro de 25 anos, para ali deixarem seus ovos.
Uma grande ameaça à vida desses animais é o lixo deixado no mar, que eles confundem com comida, ingerem e acabam até morrendo por isso. Legal que há muita criança na plateia aprendendo como coloborar. Mas nós adultos também temos muito que aprender...
Bem, gostamos tanto que voltamos no dia seguinte pra ver novamente o espetáculo.
Fizemos fotos e mais fotos e também um clipezinho da corrida das tartaruguinhas para o mar.
Prometo colocar o clipe no ar assim que voltar pra casa e tiver tempo pra editar e uploadear.
Continuando nossa intimidade com as tartarugas marinhas, no último dia de nossa estada na Praia da Espera, voltamos a nos encontrar com elas. Havia várias por ali e conseguimos, com muito custo e paciência, fotografar e filmar algumas aparições. O filminho vai pro rol de promessas que já acumula 3 itens: festa de Iemanjá, soltura de tartaruguinhas e agora tartarugas adultas na Praia da Espera. Juro que cumpro a promessa!
PS. Cumprindo a promessa:
Nenhum comentário:
Postar um comentário