De Salvador a Boipeba o trajeto é longo e cheio de baldeações, mas é divertido. Nós já havíamos feito caminho semelhante quando fomos a Morro de São Paulo. Além disso, tínhamos acompanhado pela net o percurso recém feito por Ricardo Freire nessa região, há pouquíssimo tempo. Tínhamos, portanto, conhecimento de todas as etapas.
Um táxi nos levou até o terminal do ferry em Salvador.
A viagem de quase uma hora em ferry foi escaldante. Pra distrair, só mesmo os vendedores de tudo: sorvete, óculos, amendoim, castanha, transporte para Morro de São Paulo e sei lá o que mais...
No ônibus, ar condicionado! Ô delícia!
Antes de chegar à rodoviária de Valença, há um ponto onde se pode descer para um acesso mais fácil ao terminal hidroviário da cidade. Não descemos ali. Precisávamos comprar os bilhetes para a volta: eles não eram vendidos na bilheteria de Bom Despacho. Pode?
Da rodoviária ao terminal dos barcos é fácil de ir, praticamente uma única rua.... Uma caminhada de uns 15 minutos, passando pelo centro da cidade. Uma coisa nos chamou a atenção: vimos nada menos que 10 farmácias nesse trajeto.
Chegamos ao porto antes das 15h, mas a lancha que sairia nesse horário já estava lotada. Compramos passagens para a das 16h e voltamos ao centro pra comer alguma coisa nesse meio tempo. Foi aí que avistamos a 11a. farmácia do dia, numa travessa da rua principal.
Diante da oferta duvidosa de lugares pra comer, decidimos comprar pão e queijo num supermercado e fazer nossos próprios sanduíches, que comemos com Coca Zero num botecão.
A lancha rápida para Boipeba é mesmo rápida. Vai a uma velocidade estonteante pelas águas e chega ao destino em pouco mais de uma hora. Aportamos no cais Zé da Viúva ao entardecer.
A Pousada Santa Clara fica a uma certa distância do porto. Mais uma caminhada com as mochilas nas costas. Dessa vez pela areia, contemplando o entardecer no Rio do Inferno em seu encontro com o mar.
A pousada é muito acolhedora. Matias, Charles e Mark são amáveis e prestativos. E o restaurante é imperdível. A cada dia um cardápio caprichado para o jantar. Tudo feito pelo Mark, que é o irmão do Charles. Gente de outras pousadas chega ali só pra comer no restaurante.
Experimentamos também a cozinha do Igor no restaurante "Chez Iris & Igor", no centrinho da vila. Muito boa, mas com serviço muuuuuito lento.
Na nossa primeira manhã em Boipeba, ficamos tentando organizar nossos passeios pela ilha, num vai-e-vem entre uma agência, uma barraquinha que vende passeios de barco e uma empresa de mergulhos. Ficaram acertados uma ida para Cairu na tarde daquele mesmo dia, um mergulho para Ana meio do dia seguinte e um passeio que dá a volta na ilha para o último dia.
Cairu não rolou por pura incompetência da funcionária da agência de turismo, que nos vendeu as passagens de ida e não quis reservar a volta. Disse-nos para solicitar a volta no momento da partida. Insistimos, pois sabíamos pela experiência do dia anterior que os barcos saem lotados de Valença. Dito e feito! Não havia mais lugar pra voltar...
Em vez de ir a Cairu, fomos dar uma longa caminhada até a praia da Cueira, com direito a paradas para fotografar no caminho e para tomar duas cervejinhas.
O mergulho, feito com o pessoal da Ocean Scuba, não foi lá essas coisas...
Ana voltou mareada, pela primeira vez na vida, e decidimos não fazer o passeio de barco programado para o dia seguinte. Em vez disso, fomos a pé até a Praia Moreré, além da Praia da Cueira que já tínhamos visitado uns dias antes. Duas horas de caminhada pela praia, incluindo uma trilha pela mata e a passagem pela foz do rio Oritibe, que tem que ser feito com a maré baixa. Na ida foi fácil. Mas na volta... ai que medo! A maré estava mais alta e a correnteza mais forte!
Nem as bolhas criadas nos pés pelo atrito com a areia e nem a chuva que caiu no meio do dia tiraram a beleza do passeio.
Enfim, Boipeba é lugar pra ficar preguiçando, fazer caminhadas pela praia, comer na Pousada Santa Clara, dar um passeiozinho até a vila no final da tarde ou início da noite. E tirar muitas fotos.
Eu quero voltar!
Amanhã voltaremos pra casa. O dia será cheio. As aventuras omeçarão às 9 horas, quando embarcaremos na lancha rumo a Valença e todo aquele trajeto de vinda será refeito, em sentido contrário, acrescido de uma carona de nossa amiga Licia até o aeroporto.
Ah, e dessa vez levaremos nossos sanduíches de pão com queijo já prontinhos, usando parte do café da manhã da pousada...
Da proxima vez me leva viu... Adorei a viagem. Bjs
ResponderExcluirVivo aqui em Boipeba,faz cinco anos. Amo esse lugar...
ResponderExcluirVocê é que é feliz amig@ Boipeba!
ResponderExcluirBoipeba é como um sonho bom, daqueles que a gente quer ter sempre! Eu voltarei!
Que delícia! Quero fazer estes passeios todos - eu nunca fico mareada :-) - e comer a comida do Mark. Hummmm!
ResponderExcluirLu, a comida do Mark é muito boa. A gente nem se anima a experimentar outras comidinhas na cidade.
ResponderExcluirAquela lousa tem um imã, que puxa a gente mal a gente pisa na pousada.
Tenho saudades de tudo: das praias tranquilas, do rio, da vila, da pousada, do caminho e, claro, da comida!
Vamos agitar o projeto Boipeba 2014!