quinta-feira, outubro 24, 2013

Segredos da Islândia - de Eskifjördur a Hornafjördur

Reydarfjördur não é um lugar que possa ser considerado turístico por excelência, mas o fiorde está ali pertinho e, naquela fria manhã, fomos dar uma voltinha rápida pelo lugar, antes da hora marcada pelo guia para a saída.
O combinado era que o grupo chegaria logo cedo de Seydisfjördur e partiríamos para a programação do dia.
Mas... na hora aprazada, nada deles! Demoraram um bocado e chegaram num ônibus diferente, menos "bonito" que o anterior.
Pois é, lembram que na noite anterior o ônibus estava apitando durante o trajeto Seydisfjördur/Reydarfjördur? Então, houve lá algum problema insolúvel com ele. Ivo fez das tripas coração e, durante a noite, conseguiu outro ônibus, com um motorista bem jovem  e sarado, que fez suspirar o coração de algumas portuguesas do grupo. Dá uma olhadinha aí do lado...
Com um pequeno atraso, então, partimos para Eskifjördur, ali pertinho, no braço vizinho do mesmo fiorde.
O programa opcional desse dia era a prova do Hákarl, tubarão fermentado, comida típica dos pescadores islandeses. E... bem, nós tínhamos passado!
Mas o Ivo veio com a notícia de que, para compensar o problema com o ônibus, a Ice Tourism estava oferecendo essa experiência aos clientes. Aí, vocês sabem, né? De grátis... até tubarão "podre"!!!!! E lá fomos nós ao Randulffs-sjóhús para resgatar o nosso prêmio.
O Randulffs-sjóhús é uma casa assobradada, estrategicamente localizada à beira do fiorde. Um misto de restaurante e museu. No térreo, come-se e bebe-se. E o primeiro andar conserva a (des)arrumação de uma antiga casa de pescadores, com todos os apetrechos pertinentes.
Começamos nossa visita pelo museu e terminamos experimentando o tal tubarão, acompanhado de algumas doses de Brennivín. Os pedaços de carne são bem pequenos, quase não se sente seu gosto forte, e a bebida anula qualquer gosto ruim, rapidinho.
Delicinha, viu? Trouxemos até uma garrafa de Brennivín pra casa.
Ainda em Eskifjördur, visitamos o Museu Marítimo (bem no dia em que seu fundador faleceu...) admiramos os jardins floridos, demos uma voltinha até um túnel antiquíssimo - e estreitíssimo - que liga Eskifjördur a Nordurfjördur e voltamos ao ponto de partida, Reydarfjördur, para as compras de víveres para o almoço que, devido ao adiantado da hora, acabou sendo por ali mesmo, numa área de pic nic, driblando o vento frio com uma garrafinha de vinho.
Alimentados, seguimos para Stödvarfjördur, a cerca de 45 km, para ver os jardins e as pedras de Dona Petra. A senhorinha passou grande parte de sua vida colecionando pedras de todo tipo e dispondo-as em seu jardim. Embora muitos chamem o local de Museu Petra, não se trata de um museu, já que não há catalogação do material. É, na verdade, uma interessante coleção. Eu me diverti visitando a Petra's Stone and Mineral Collection.
Nosso próximo destino seria Djúpivogur, onde ocorreria a troca de ônibus... ou seria a "destroca"? Bem, a empresa do primeiro ônibus, o estropiado, havia mandado um outro para substituir aquele. Assim, nos despediríamos do ônibus estepe e do motorista gatinho... Ownnn!
Mas, surpresa... No meio dos quase 100 km que tínhamos para percorrer entre os dois pontos, ficava a propriedade rural da família do motorista. E ele se prontificou a parar ali e trazer os famosos cavalinhos islandeses para que o grupo pudesse "brincar". Dá pra imaginar a festa? Todos passando a mão nos bichinhos e posando pra fotos. Até Charlotte teve sua foto ao lado de um cavalinho.
Em Djúpivogur, cidade portuária, houve a troca de ônibus e seguimos pela estrada afora, por mais uns 100 km, contornando fiordes, observando cisnes, parando aqui e acolá para fotos e avistando, ao final da tarde, às primeiras línguas do Glaciar Vatnajökull.
Nessa noite jantamos e dormimos em Hornafjördur, todos no mesmo hotel, o Glacier, de cujas janelas tínhamos vista para o pôr do sol no grande Vatnajökull.
Foto: Ana Oliveira
Mais fotos:
As minhas, estão aqui.
As da Ana, aqui.

2 comentários:

  1. Legal da agência dar um "bônus" pelo perrengue ;) No mais, repito o mantra de sempre: que viagem linda! quero muito, muito, muito fazer.

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    1. Bom, mesmo, Mari. Gostamos muito da agência e recomendamos. Pra esse tipo de viagem, vale bem a pena. Percorremos cerca de 2500 km com o grupo. Acho que não conseguiríamos fazer isso por conta própria. :-)

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