sábado, agosto 09, 2008

CAMINHO DE SANTIAGO - PARTE 6

Pesquisando escritos e fotos para fazer esses relatos comemorativos aos 10 anos do nosso Caminho de Santiago, enviei a Esteves uma foto do belo Monastério dos Beneditino de Samos, que encontrei na net. Ele identificou na hora.
E ainda me brindou com um trecho do seu diário, escrito nesse vigésimo sexto dia de caminhada e um poema, também escrito no calor da hora.
Pedi autorização e reproduzo aqui as duas escritas:
09/08/98. O Cebreiro – Samos (26 dia)
Saída: 6:40 - chegada 15 h 31 km

"Decidimos levantar com o grupo de peregrinos [todos os dias levantamos um pouco depois] e seguir cedo. Ontem à noite compramos algumas coisas para comer de manhã e saímos ainda escuro à luz da lua. A experiência foi interessante mas serviu para mostrar que a caminhada noturna que havíamos pensado fazer é fantasia. Pouco se conseguia ver apesar da lua cheia e seria fácil perder-se. Pouco depois amanheceu. Houve uns instantes em que compartiram o céu de um lado a lua, do outro o sol. Subimos um pouco mais e chegamos ao Morro de San Roque ao lado uma estátua (ilegível). Subimos um pouco mais e chegamos ao ponto mais alto do caminho – o Porto de Nossa Senhora do Poyo. A Carmem diz que tudo é enrolação, que sempre dizem que estamos no ponto mais alto, mas continuamos subindo. Desta vez foi verdade. O resto do dia descemos, grandes descidas rodeando as montanhas, pelas “corredoiras” galegas, caminhos antigos entre dois muros de pedra coroados de imensas castanheiras e carvalhos, cenário de duendes e magos. Uma série de povoados abaixo e chegamos a Triacastela, a primeira cidade de certo porte- também é pequena – já às margens do Sarria. Aqui termina a primeira fase; cinco horas de dura caminhada. Há duas opções: ir diretamente a Sarria ou ir a Samos – onde há um interessante mosteiro beneditino do Séc. XV – antes de Sarria. Optamos pela segunda e começamos a seguir o curso do rio Sarria [ou será Oribio?]. Durante três horas seguimos o curso bucólico deste rio, que tem as margens cercadas de bosques, alguns choupos altíssimos e belos, levantados em direção ao céu. O primeiro povoado – até então seguíamos o rio pela rodovia, a partir de então será pelas corredoiras – é San Cristobo. Há ainda um adjetivo que não anotamos e que não sei se será fácil descobrir. San Cristobo não consta dos mapas. O rio o corta pelo meio – o Saria ou o Ouribio, há que se confirmar depois – numa paisagem idílica. Poucas casas – dez ou vinte – castanheiras ancestrais, figueiras perfumadas, hortelã silvestre crescendo pelas margens do rio – um riacho, melhor -. Vacas, hortas de couve, alguma macieira, lavouras de milho. Um lavadouro de roupas – o rio foi ligeiramente represado. Uma visão idílica, o paraíso terrestre cheirando a estrume de vaca. Pela primeira vez no caminho – depois de Sambol – e por sugestão da Carmem – decidimos descansar um pouco repousando os pés dentro da água fria: susto inicial, depois prazer.
O caminho segue ainda sempre entre corredoiras passando uma série de povoados cujos nomes não chegamos a saber, ou não anotamos. Chega-se a Samos – de cima vê-se o pequeno povoado e o monumental mosteiro com dois pátios imensos que o guarda quase. Monumental obra embora de pouco interesse artístico. A visita foi lenta, quase uma hora com o simpático monge andando de costas e explicando medíocres painéis colocados nas paredes depois da restauração feita em decorrência do incêndio de 1951 que destruiu a bela Biblioteca beneditina. O albergue está no mesmo monastério, instalações precárias e superlotadas. O caminho, para quem fica nos abrigos começa a ficar complicado: há multidões em cada albergue. Boa parte espanhóis, quase todos meros turistas buscando aventuras baratas.

Triacastela
( El túnelI)
Entre dos muros de piedras antiguas,
colmados por ancestros castaños
y vetustos carballos,
se estrecha el camino.

Del otro lado del túnel,
surge un caballero templario,
quemadas melenas jugando al viento,
rico en fuerza y belleza,
noble de carácter
y me abre las puertas de sus tres castillos.


Os povoados acima e abaixo a que Esteves se refere são: Limares, Hospital da Condesa, Padornelo, Alto del Pou, Fonfría, Viduedo, Filloval, Pasantes e Ramil, antes de chegar a Triacastela.
E o povoado à margem do rio Ouribio é San Cristobo do Real, descobrimos no google.
Além disso, ainda passamos por Renche e Real, antes de cumprir os 31 km desse dia, que fizemos em 8 horas e meia.
E o monastério de Samos foi tudo de bom...
E já que uso a narrativa e a poesia de Esteves, para esse dia. Coloco também aqui uma de suas fotos - a do monastério – que ganhei de presente em 2000, num álbum caprichado com alguns poemas e fotos desse caminho.

No vigésimo sétimo dia, caminhamos 8 horas. Foram 26 km deixando para trás Teiguin, Santa Eulalia de Pascais, Frollais, Sarria, Villi, Barbadelo, Rente, Mercado da Serra, Leimán, Peruscallo, Lavandeira, Cortinas, Brea e Morgade, até chegar ao nosso destino: Ferreros.
Num boteco próximo do albergue conversamos com um rapaz que nunca tinha ouvido falar em São Paulo! Pode? Uma das maiores cidades do mundo!!!!!
O dia seguinte foi pesado: caminhamos durante 10 horas. Foram 34 km para chegar a Palas de Rei. Era vigésimo oitavo dia.
Inúmeros povoados galegos desfilaram sob nossos olhos e nossos pés cansados: Mirallos, Pena, Couto, Roza, Moimentos, Catarelos, Mercadoiro, Moutas, Parrocha, Vilacha, Portomarín, Toxibo, Gonzar, Castromaior, Hospital da Cruz, Ventas de Narón, Prebisa, Lameitos, Ligonde, Ereixe, Portos Lestedo, Valor, Mamurria, Brea e Rosário.
Esses povoados eram, na sua maioria, essencialmente rurais. Foi aí que conheci os hórreos, construções em madeira e pedra destinadas ao armazenamento de grãos. Aí está um hórreo fotografado em Toxibo:Portomarín, às margens do Rio Minho, tem um história curiosa: em 1962 a cidade original ficou submersa por causa da construção da represa de Belesar. Nessa oportunidade, todos os monumentos da antiga Portomarín foram transferidos para uma parte mais alta, onde hoje fica a cidade. Dizem que a Igreja foi desmontada pedra a pedra e reconstruída no alto do morro. Dá pra imaginar o trabalho que tiveram?

Como não fotografei a tal igreja quando passei por lá, tomei emprestada essa de Eduardo Hoepers.
Fica aí o link para quem quiser ver mais fotos desse peregrino:
Fotos de Eduardo Hoepers
Mais um dia: o vigésimo nono.
Passamos por Carballal, San Xulián do Camiño, Pallota, Outeiro da Ponte, Pontecampaña, Casanova, Campanilla, Coto, Leboreiro, Disicabo, Furelos, Melide, A Peroxa, Boente, Castañeda, Pedrido e Rio, para chegar a Ribadiso, 28 km e 7 horas e meia de caminhada depois.
No meio do caminho, uma parada em Melide para comer o famoso polvo à galega.
A rua principal da cidade é um desfile de caldeirões com polvos fumegantes.
Como não fotografei a iguaria, tomei mais uma foto emprestada de Eduardo Hoepers
O albergue de Ribadiso fica às margens do rio Iso.
Ali voltamos a encontrar um grupo de peregrinos de Málaga com os quais já havíamos cruzado em outros albergues. Nesse encontro, como já estávamos chegando ao final da caminhada, os malagueños fizeram um jantar de despedida no albergue. Só alegria!
Mais um dia de caminhada: o trigésimo!
Depois de caminhar 23 km por Arzúa, As Barrosas, Raido, Catorbe, Pereiriña, Calzada, Boa Vista, Salceda, Rãs, Xen, Brea, Empalme, Santa Irene, Rua e Burgo, chegamos a Arca, 6 horas depois. Aí foi nossa vez de preparar um jantar de despedida.
Na verdade, quem cozinhou foi Esteves. Eu só fiquei dando apoio.
E fomos deitar cedo porque o dia seguinte seria o último. Chegaríamos, afinal, a Santiago de Compostela... e queríamos chegar cedo, o que significava sair antes do nascer do sol.

Clique AQUI para ler a PARTE FINAL desse relato.

quinta-feira, agosto 07, 2008

DE VOLTA A MADRI

Madri nos esperava com seus dias quentes naquele fim de semana prolongado.
Chegamos de Roma na véspera do feriado da sexta-feira, 25 de julho, dia de Santiago.
Voltamos ao Hostal Sonsoles, que já é como se fosse a nossa casa em Madri.
Aproveitamos os dias para andar pela cidade: de novo El Corte Inglés, Museo del Jamón, Chueca, Plaza Mayor e Restaurante Puerto Rico, que já se preparava para fechar durante as férias de verão. Assim, só pudemos almoçar lá na sexta-feira e no sábado. Pena!
No domingo saímos em um grupo organizado para visitar San Lorenzo del Escorial, palácio e monastério. Valle de los Caídos fazia parte do pacote.
Lá fomos nós ao mausoléu de Franco e de seus comparsas.
E o fim de tarde foi no Parque do Retiro.
Segunda-feira começamos o dia indo à Ribeira dos Curtidores, lugar que já foi tradicional na venda de malas, mochilas e outros artigos de viagem.
Fomos comprar uma nova mala para abrigar tudo o que havíamos comprado durante a viagem. E não era pouco...
Saímos de lá com uma mala de quatro rodas, daquelas que andam quase sozinhas.
Demos a ela o nome de Lena... derivado de azul de metileno...
A mala é azul.
No horário mais quente do dia, protegidas pelo ar condicionado do nosso quarto no Sonsoles, fizemos a arrumação geral da bagagem.
Lena conseguiu abrigar as compras com certa dificuldade...
E já nessa mesma noite a levamos para o bagageiro na estação de Chamartín.
Terminamos o dia no aeroporto, à espera de meu pai que vinha de Edimburgo (Escócia) pelas asas da British, que – pasmem – atrasou em mais ou menos meia hora seu pouso em Barajas.
Sua Majestade já não tem os mesmos súditos de antigamente!
No dia seguinte, o último que passaríamos em terras espanholas, saímos cedo do hotel, carregando toda a nossa tralha.
De metrô alcançamos a estação ferroviária de Chamartín, onde deixamos a bagagem e fomos passar o dia em Sigüenza.
Naquela noite, embarcaríamos no trem hotel Lusitânia, com destino a Lisboa.
Há fotos de todas as etapas da viagem em nossos álbuns, que estão sendo atualizados na medida do possível:
Europa 2008

domingo, agosto 03, 2008

CAMINHO DE SANTIAGO - PARTE 5

3 de agosto, vigésimo dia de caminhada.
Nosso destino Hospital de Órbigo. Andamos 32 km em 8 horas.
Pelo caminho passamos por Fresno del Camino, Oncina de Valdeoncina, Chozas de Abejo, Villar de Mazarife, Villavante e Puente de Órbigo.
Olha aí, que lindinhos nós dois no pátio do albergue de Hospital de Órbigo:
Foi para Santa Catalina de Somoza que rumamos no nosso vigésimo primeiro dia de andanças.
Depois de passar por Villares de Órbigo, Santibanez e San Justo de la Vega, chegamos a Astorga. Cidade grande, Astorga nos mostrou sua bela catedral e o palácio episcopal concebido por Gaudí, em cuja torre habitava uma família cegonha.
Depois de explorar a cidade, seguimos por Valdeviejas e Murias de Rechivaldo, completando em 6 horas os 25 km desse dia.
Chegamos a Santa Catalina de Somoza ainda a tempo de testemunhar um lindo pôr-de-sol.
Na manhã seguinte, ao sair de Santa Catalina, perdi meu chapéu verde-amarelo em algum lugar... e segui a caminhada sem ele.
No trajeto desse dia estavam El Ganso e Rabanal del Camino. Logo depois a temida Foncebadón, que Paulo Coelho descrevia como um povoado cheio de perigosos cães que costumavam atacar os peregrinos. Pois passamos pelas ruínas de Foncebadón sem um único latido...

Mais adiante, chegamos à famosa Cruz de Ferro, fincada na montanha de pedras levadas pelos peregrinos.
Diz a lenda que cada peregrino deve carregar de sua terra natal uma pedra e depositá-la ali, ao pé da Cruz de Ferro acompanhada de um pedido.
Eu levei a minha, pequena.
Esteves carregou uma maiorzinha, oriunda de uma viagem anterior a São Tomé das Letras.
Olha ela aí do lado...
Meu pedido?
Já não me lembro mais.
O do Esteves?
Não sei. Quem sabe um dia, quando resolver publicar suas memórias do caminho , ele nos conte.
Passando por Manjarín comemos um sopão num albergue do caminho.
Seguimos para El Acebo e, por fim, Riego de Ambrós El Acebo, nosso destino nesse vigésimo segundo dia. Foram 31 km em 9 horas.
No dia seguinte, descemos por um caminho íngreme e tosco até chegar a Molinaseca. Dali fomos na direção de Campo e Ponferrada.
Bem na frente do Castelo dos Templários de Ponferrada, levei um belo tombo, com mochila nas costas e tudo. Acho que algum templário me empurrou... Ou será que tropecei?

Na seqüência, passamos por Camponaraya e chegamos ao nosso destino desse nosso vigésimo terceiro dia: Cacabelos. Contabilizando: 26 km, 6 horas.O vigésimo quarto dia, passamos caminhando por 6 horas e meia os 26 km que nos separavam de Vega del Valcarce. Pelo caminho, percorremos as terras de Pieros, Villafranca del Bierzo, Pereje, Trabadelo, Portela e Ambasmestas.
E assim, chegamos à Galícia, no vigésimo quinto dia de caminhada. Olha eu aí, com o rosto ainda marcado pela queda do dia anterior... Andamos pouco - 12 km em 3 horas - para chegar a outra das famosas cidades do Caminho de Santiago: O Cebrero.
Na andança, fomos deixando pra trás Ruitelán, Herrerías, La Faba e Laguna de Castilla.
O Cebrero está no alto das montanhas galegas.
Pequena e misteriosa, é uma cidadezinha encantadora, com a torre da Igreja de Santa Maria velando por sobre os telhados das casas de pedra.
Com tanta andança, nossa credencial já não tinha mais espaço para carimbos. Foi necessário acrescentar uma folha extra para que pudéssemos ter nossos sellos até o final da jornada.
Balanço parcial:
584 km
177 horas e meia


Clique AQUI para ler a sexta parte desse relato.

terça-feira, julho 29, 2008

CAMINHO DE SANTIAGO - PARTE 4

E assim chegamos ao nosso décimo quinto dia de caminhada.
Nesse dia fizemos 28 km em 8 horas, até chegar a Carrión de Los Condes.
Passamos por Frómista, Pablación del Campo e Villalcazar de Sirga .
Sempre me lembro dessa ruína de Carrión de Los Condes: só uma parede, com o habitual ninho de cegonha no topo.
O dia seguinte – o décimo sexto – foi o mais pesado de toda a caminhada. Além do calor intenso, tivemos dificuldade para encontrar albergue. Assim caminhamos durante 10 horas. Foram 38 km até chegar a Sahagún. No caminho, Calzadilla de la Cueza, Ledigos, Moratinos e San Nicolás del Real Camino.
Parte dessa caminhada foi feita com amigos/peregrinos: Solange e Alessandro.
Cansados, chegamos a Sahagún já era noite. Depois de um banho fomos, os quatro, comer em grande estilo num bom restaurante da cidade.
Pegamos leve no décimo sétimo dia. Caminhamos apenas 4 horas. 18 km até El Burgo Ranero, passando por Bercianos del Real Camino, onde Esteves tentou reproduzir minha foto predileta, fotografando a de Nossa Senhora de Perales entre girassóis.
Nem se compara!
O décimo oitavo dia também foi leve. Em 5 horas e meia vencemos os 24 km que nos separavam de Puente de Villarente, passando por Reliegos, Mansilla de las Mulas e Villamoros de Mansilla.
Já antes de sair para a caminhada tínhamos combinado: “em León ficaremos no Parador”.
Dito e feito!
Era décimo nono dia, a noite seria de lua cheia e, 3 horas depois de partir de Puente de Villarente, havíamos caminhado os 14 km que nos separavam do Parador de San Marcos. No trajeto passamos por Arcahueja, Valdelafuente e Puente Castro. Mas quase nem paramos. Estávamos ansiosos para chegar a León.
E foi uma festa! Dá pra ver, por nossas carinhas alegres:
O Parador é lindo, enorme. Aí está um pedacinho dele:
Exploramos tudo!
O hotel e a cidade.
A Igreja de San Marcelo, as muralhas e a Basílica de San Isidoro, o Ayuntamiento (sede da prefeitura), o Palácio de los Guzmanes e a bela catedral enfeitada de coloridos vitrais.
A essa altura já somávamos 139 horas e 432 km de andanças.
Nossa credencial já estava quase completa... e ainda tínhamos muito caminho pela frente!



Clique AQUI para ler a quinta parte desse relato.

domingo, julho 27, 2008

ROMA – A SURPRESA BOA

Sempre adiamos a ida a Roma.
Histórias escabrosas sobre o excessivo movimento, os roubos e outros perigos da capital italiana nos deixavam um pouco atemorizadas com a idéia.
Mas, uma hora ou outra, Roma entraria em nossos projetos de viagem.
E foi agora, entre 21 e 24 de julho, que pusemos nossos pés em solo romano pela primeira vez.
A decisão foi tomada durante a programação da viagem, quando, consultando a agenda de shows de Chico César no verão europeu, vimos que haveria um – o último da temporada – em Roma.
Procuramos uma passagem aérea barata, um hotel com preço razoável... e pronto!
O vôo, da Easyjet, saía de Madri antes do amanhecer.
Chegamos bem cedo ao aeroporto de Ciampino, tomamos ônibus, metrô e chegamos à Piazza D'Spagna.
As escadarias da Igreja de Trinitá dei Monti já estavam movimentadíssimas.

E foi assim todos os dias em que estivemos por lá: manhã, tarde e noite, a qualquer hora sempre havia muita gente na fonte que fica ali, nas escadas, na praça.

Nosso hotel, um B&B simples, indicado por nosso amigo Andrea, ficava perto dali, na Via Sistina.
Cansadas e prevendo uma longa noite por causa do show, decidimos descansar um pouco antes de iniciar nossa expedição pelas ruas, praças e fontes de Roma.
Mais tarde, saímos para um reconhecimento de terreno.
Fomos parar na Via del Corso. Amamos!
Na busca de um escritório de turismo, passamos pela coluna de Marco Aurélio na Piazza Colonna. Entramos na Basílica de SS. Ambrogio e Carlo e ficamos de queixo caído. Retornamos no dia seguinte para fotografar.

Na volta, topamos com a Fontana di Trevi. Paramos para admirar, fotografar e tomar um sorvete.

No dia seguinte fomos novamente até lá para jogar nossas moedinhas nas águas limpas da fonte, cumprindo a tradição: queremos voltar à cidade eterna!
À noite, show na Villa Ada. Um parque agradável, com um lago em volta. E uma apresentação deliciosa, claro!
Do show, há fotos e filmes.
Algumas fotos já estão nesse álbum. Filmes e outras fotos aparecerão mais tarde, quando já estivermos no Brasil, com mais tempo para processar esses registros.

Chico em Roma

Depois do show, uma festa de despedida para Chico. Fomos convidadas... e aceitamos.
Bruna, a dona da festa, brasileira vivendo em Roma, nos recebeu muito bem entre os amigos brasileiros e italianos.
Voltamos ao hotel lá pelas 4 da madrugada. Bom começo!
Segundo dia em Roma.
Acordamos tarde, claro!
Depois de voltar aos pontos já referidos acima, ainda fomos à Piazza del Popolo e almoçamos numa vielinha muito agradável, perto da Via del Corso.
Depois, decidimos comprar um bilhete de 48 horas do ônibus turístico.
E assim, a bordo do Rome Open Tour, saímos pela cidade afora.
Na primeira vez, fizemos o circuito completo, passando pelos principais pontos turísticos de Roma: Piazza Venezia, Colosseo, Circo Massimo, Via Veneto, Piazza San Pietro, Forum Romano e Palatino entre outros
Paramos no Termini – estação de trem – para investigar a interligação Roma/Fiumicino que usaríamos dois dias depois, para voltar a Madri.
De volta ao ônibus, descemos num ponto próximo à Piazza Navona e lá fomos nós conhecer a praça onde fica a embaixada brasileira e comer os famosos – e caríssimos – tartufos no Tre Scalinni, bem no meio da praça.
O dia seguinte foi dedicado ao Vaticano.
Tomamos o Rome Open Tour e fomos até a Piazza San Pietro.
A fila para entrar na Basílica era de enlouquecer, dava a volta na enorme praça.
Fomos ao Museu. Foi fácil entrar. Nenhuma fila, apesar do grande movimento.
Ali passamos grande parte do dia. Comemos uns pedaços de pizza como almoço e seguimos vendo e revendo tudo: esculturas, pinturas e a famosa Capela Sistina.
Quando voltamos à Piazza San Pietro, já não havia fila para entrar na Basílica.
Sábia decisão a nossa!
Vimos tudo o que tínhamos direito ali: altares, imagens, cripta, túmulos.
Tudo pode ser fotografado no Vaticano: museu, basílica, menos a Capela Sistina e a cripta da basílica, onde estão enterrados todos os papas.
Aí vai uma amostrinha, a imagem mais antiga de São Pedro:

E voltamos pro hotel usando mais uma vez os serviços do Rome Open Tour.
Depois do banho, uma voltinha até Trinitá dei Monti e Piazza D'Spagna.
E saímos procurando um lugarzinho maneiro para nosso último jantar romano.
Achamos!

Na volta pra casa, a Piazza D'Spagna seguia movimentada. Além do burburinho normal, havia ainda uma filmagem em andamento. Paramos pra ver.
Nosso último dia em Roma começou com uma caminhada até a Piazza del Popolo. Fomos ver a Igreja de Santa Maria del Popolo, onde Ana fotografou essas belas pinturas de Caravaggio.

Em Roma tudo é permitido. Nada de pagar para ver igrejas – nem mesmo a basílica de São Pedro. E quase tudo pode ser fotografado...
Na mesma manhã, visitamos a Igreja de Santa Maria Maggiore e o Pantheon, uma igreja circular enorme, com os túmulos de Victorio Emanuelle e Umberto I.
De volta pra casa, comemos uma lasanha rápida no caminho, passamos mais uma vez pela Fontana di Trevi pra um sorvete e partimos, ainda usando o Rome Open Tour, para o Termini e, de lá, para o Fiumicino.
Era véspera de feriado prolongado na Espanha. Sobrevoamos a cidade durante uns trinta minutos até conseguir uma vaguinha pra posar em Barajas.
De Roma, ficamos com a imagem de uma cidade agradável com um trânsito caótico, onde Vespas e Smarts fazem a festa. Grande parte dos carros tem a pintura e a lataria esfolada e estacionar é um grande problema por lá. Deus me proteja de um dia ter que dirigir nessa cidade!
Fotos de todas as etapas dessa longa viagem estão em nosso dois álbuns:

Europa 2008

Europa 2008