Ano passado, Ana e eu inovamos no
presente de aniversário para os nossos pais – a mãe dela e o meu pai –
ambos aniversariantes em abril. Antecipamos os festejos e embarcamos num mini cruzeiro no Costa Favolosa, em março de 2015. Eles amaram e nós também.
Diante do sucesso da empreitada, decidimos repetir a dose nesse ano. Escolhemos o Sovereign da Pullmantur para a viagenzinha de 2016. Antecipando ainda mais as comemorações, viajamos em janeiro.
O
roteiro do minicruzeiro do Sovereign nos pareceu sob medida para a
ocasião: Rio de Janeiro, parando de cara com a nova Praça Mauá, que não
conhecíamos ainda, e Búzios tranquilinha e fácil de andar.
Compramos
as cabines na modalidade sorteio, ou seja, a gente escolhe o tipo de
cabine mas não a localização dela. Pegamos a última cabine interna
disponível e mais uma, externa. No embarque recebemos um upgrade: as
duas cabines eram externas. Oba!
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| Embarcando no Sovereign |
Outra surpresa do embarque foi saber que tínhamos "passe livre" nos bares do navio. Todas – ou quase todas – as bebidas estavam incluídas no nosso pacote. E para isso devíamos usar uma incômoda pulseira plástica que servia como identificação do privilégio. Vai vendo!
O lobby central do navio nos decepcionou. Nada daquele luxo que normalmente existe. Um espaço pequeno, com móveis surrados e pouco espaço pra sentar e curtir o people watching. Aliás, móveis em estado de conservação precário havia por toda parte...
O primeiro almoço a bordo já mostrou que a comida não era lá essas coisas comparada com a de viagens anteriores.
O lobby central do navio nos decepcionou. Nada daquele luxo que normalmente existe. Um espaço pequeno, com móveis surrados e pouco espaço pra sentar e curtir o people watching. Aliás, móveis em estado de conservação precário havia por toda parte...
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| Nosso cantinho predileto no lobby do Sovereign |
O primeiro almoço a bordo já mostrou que a comida não era lá essas coisas comparada com a de viagens anteriores.
E, vejam vocês, aquela lenda de que se pode comer durante 24 horas numa viagem de navio, não se aplica ao Sovereign. No meio da tarde, o buffet do último andar fechava e quem ainda não tivesse almoçado, ou quisesse fazer uma boquinha, tinha que se sujeitar a uma enorme fila ao sol, num balcão onde se serviam hamburgueres e pizzas, apenas.
Entre as bebidas incluídas no nosso pacote, estava o café. Delícia! Só que nem sempre as poucas máquinas de café existentes no navio estavam em funcionamento.
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| Cafezinho |
Havia também uma lista de drinks incluídos, mas todos os que experimentamos eram de qualidade duvidosa. Nada daquele charme de bebidas com decoração e salgadinhos acompanhando. É claro que todos esses mimos que encontramos em outras viagens têm a função de fazer com que o cliente consuma mais e mais, o que, no caso do Sovereign não interessava: quanto menos a gente consumisse, melhor pra eles. Assim, o serviço era lento e as bebidas não agradavam a ponto de querermos repetir.
Ah, a água mineral em garrafa NÃO estava incluída. Água só nas máquinas, que nem sempre estavam abastecidas. Água em garrafas eram vendidas à parte, por um precinho nada convidativo. Tivemos que nos virar com a água oferecida nos quartos, pelos camareiros, ao preço de dois dólares a garrafa.
Por outro lado, com cerveja e drinks alcoólicos à vontade, pode-se imaginar o nível de "alegria" dos passageiros.
E a música, ai, a música... Nada daquela diversidade de opções. Em todo canto havia música sertaneja em alto e bom som. Difícil conseguir um cantinho calmo, agradável.
Não fui às festas da piscina, mas meu pai, que não perde nenhum evento da viagem, me contou que eram bem escrachadas.
| Eleição da miss Sovereign, em foto feita pelo meu pai |
De bom, mesmo, só posso assinalar o atendimento dos funcionários. Tudo o que solicitamos foi atendido com atenção e certa rapidez.
Chegamos ao Rio de Janeiro com chuva. Das janelas do navio, parado no porto bem longe do terminal, víamos as poças de água e lamentávamos não poder descer rapidinho pra curtir a Praça Mauá, o Museu do Amanhã, o MAR – Museu de Arte do Rio.
Mas não sabíamos que o pior ainda estava por vir. Esperamos uma breve estiada e saímos do navio. Quando o ônibus do porto nos deixou no terminal, descobrimos que a saída que dava quase que diretamente na praça estava fechada.
Para sair dali era preciso caminhar bastante em direção contrária à praça, por um caminho improvisado, atravessar um calçadão em obras, andar até a rua paralela e voltar todo o trecho já caminhado até chegar à nova Praça Mauá. Agora, imaginem tudo isso com duas pessoas de idade, uma das quais com certa dificuldade de movimentação, e com calçadas molhadas e enlameadas.
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| Saída do porto, no Rio de Janeiro |
Mudamos os planos e, depois de atravessar as obras, tomamos um táxi até o CCBB. Foi uma boa ideia, o lugar é bonito e fica perto da Casa França Brasil, que também agradou aos nossos pais.
Voltamos de táxi até a Praça Mauá. Tivemos sorte de chegar ali sem chuva. Passeamos por lá, vimos a parte externa do novo museu, subimos ao terraço do MAR e almoçamos ali, no Mauá Restaurante, escapando assim da comida sem graça a bordo.
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| Na nova Praça Mauá, com o Museu do Amanhã ao fundo |
Na volta pro navio, topamos com a mesma dificuldade da saída: foi preciso caminhar muito e por caminhos nada amigáveis para chegar ao terminal marítimo.
Ufa! E nós que tínhamos escolhido esse roteiro exatamente pela facilidade...
No dia seguinte, lançamos âncora em Búzios. A descida à terra era feita por escunas locais que deixavam os turistas bem longe do centro da cidade. Caminhamos pela orla o quanto nossos velhinhos aguentaram e voltamos ao pier de táxi, a tempo de almoçar no navio.
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| Desembarcando em Búzios |
O dia seguinte foi de navegação, com as dores e delícias do Sovereign.
Um dia depois, aportamos em Santos um pouco desapontadas com o presente que oferecemos aos aniversariantes.
Fazer o quê?
¯\_(ツ)_/¯
Pode acontecer!







Puxa, que maratona para os pais! Mas só passando para saber. Obrigada pelo post. Fugindo do Sovereign em 5,4,3...
ResponderExcluirNão é?
ExcluirMas parece que eles gostaram.
Carmem
ResponderExcluirLi o seu blog. De acordo com algumas de suas opiniões, menos quando você diz que ficaram um pouco desapontadas com o presente que ofereceram aos aniversariantes. Pelo menos de minha parte, A D O R E I. Muita música sertaneja e muita mulher bonita, sem contar o desvelo de você e da Ana, ao carregarem duas malas sem alça( a expressão é de D.a Abigail). Muito obrigado. Valeu, Papy
Bom saber que A D O R O U, mesmo sem a presença das goianas...
ExcluirVamos ver se o próximo supera todas as falhas desse, não é?
Eu fui passar o Natal nele, e foi minha primeira experiência com um cruzeiro. Fiquei desapontadíssimo, esperava tanto mais dessa experiência. Senti os mesmos problemas: móveis velhos, comida ruim, mas eu também tive problemas com o atendimento, que achei precário demais. Saí dele com vontade de nunca mais visitar um cruzeiro desta bandeira espanhola.
ResponderExcluirPena, né Fabio?
ExcluirAcho que teremos a sorte de não recebê-los mais por aqui. Pelo menos foi o que li em algum lugar.
Mas, olha, faça outro Cruzeiro, com outra companhia, pra tirar a impressão ruim.
Nossa que viagem
ResponderExcluirVou dia 20/01/19😱😱😱😱fiquei preocupada. Jesus!!!!
ResponderExcluirIsso já faz um tempinho. Quem sabe as coisas mudaram e você tenha uma surpresa agradável. Volte pra contar pra nós como foi a sua experiência. Boa viagem!
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