quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Escapada para Washington


Para ir a Washington decidimos usar o Boltbus. O site mostrava ônibus bons, prometia internet a bordo e preço infinitamente menor que o do trem.
O Boltbus sai da esquina da da 33 com a 7ª, bem ali onde tem um Sbarro.
Como não tínhamos comprado tickets com antecedência, imaginávamos conseguir lugar no ônibus das 11h30. Chegamos ao local de embarque depois das 10h e vimos um aglomerado de gente. Era a fila para o embarque do ônibus das 10. Embarcados os passageiros com reserva, o motorista começou a receber passageiros da fila de  espera. Conseguimos assim, viajar no ônibus das 10h, que saiu de New York mais de 10h30.
Sentimos falta de um terminal rodoviário, guichê de venda de passagens, lugares marcados e bagagem arrumadinha no porta-malas. Subimos a bordo com nossas mochilas – que não eram grandes nem pesadas. Confesso que até tivemos até saudades da Andorinha...
A viagem é longa – mais de 4 horas – e o ônibus bastante desconfortável. O wi-fi funcionou com altos e baixos, o que nos salvou do tédio total.
Pelo Twitter, estivemos em contato com a Claudia. Ela e os filhos – Nicholas e Dylan – nos esperavam na Union Station quando, finalmente, chegamos.
Claudia nos deu as primeiras dicas sobre a cidade, nos mostrou onde ficavam os monumentos, nos levou pra dar uma voltinha em Georgetown – a Vila Madalena de Washington – e nos deixou no hotel Hyatt Arlington, que tínhamos reservado por sugestão dela, com uma tarifa muito camarada conseguida no Hoteis.com.
Acomodadas no hotel, saímos de volta para Georgetown, dessa vez a pé, atravessando a ponte Key sobre o Rio Potomac. Escolhemos um restaurante – o Clyde’s – para almojantar. Boa escolha. Comemos bem e tomamos um bom vinho tempranillo.
Mais uma volta pelo comércio animado de Georgetown, comprinhas pro café da manhã no Dean & Deluca e voltamos pro hotel mortas... Acho que a combinação viagem e vinho nos derrubou.
Para o dia seguinte, seguindo o roteiro de um dia em DC do blog da Claudia  –  Aprendiz  de Viajante –  estabelecemos nossas prioridades de passeios. Chovia, fazia bastante frio, diferente do dia anterior, ensolarado embora frio. Por conta do mau tempo, algumas de nossas escolhas acabaram não sendo possíveis.  Passamos grande parte do dia na National Gallery of Art.
Começamos pelo Jardim das Esculturas, que fica numa área externa ao lado do prédio oeste do museu. Depois  a visita às galerias. São dois prédios ligados entre si por um corredor subterrâneo. No edifício oeste, obras de pintura e escultura desde o século 13. No edifício leste, arte moderna e contemporânea.  Tudo muito amplo e bem conservado.  Restaurante, café, lojinha, flores, poltronas.  Quentinho e sem chuva, nada de  carregar mochila (elas ficam guardadas na entrada) e nem ficar tirando e pondo casaco, cachecol, gorro... Uma delícia!
Aí estão duas coisinhas dentre as muitas que gostei de ver por lá:
A Odalisca de Renoir, que eu não conhecia:
E o famoso móbile de Alexander Calder que eu não imaginava que fosse assim tão grande.  Cheguei até a pensar que fosse uma réplica em tamanho gigante. Só me convenci mesmo quando vi a plaquinha que atestava que ali estava mesmo uma obra de arte original.
No final da tarde, saindo da National Gallery, desistimos da caminhada até o Capitólio e,  já sem chuva, mas com as ruas coalhadas de poças d’água, fomos  até o Memorial Lincoln. No caminho passamos pelo Washington Monument encoberto pelo nevoeiro. Impossível pensar em subir...
A caminho do Lincoln, passamos também pelo Vietnam Memorial. Ali há um muro onde aparecem os nomes de todos os combatentes mortos ou desaparecidos na guerra do Vietnã, uma escultura representando os homens guerreiros e outra com de mulheres que participaram da mesma guerra.
O Memorial Lincoln fica num espaço enorme, no alto de uma longa escadaria, bem de frente para o Washington Monument.
Tudo em Washington é grande e espaçoso, tornando as distâncias enormes... Fiquei imaginando como seria andar tudo aquilo num dia de sol.
Terminamos o sábado de uma maneira bem paulistana: comendo pizza com direito a fila de espera... Foi na Pizzeria Paradiso, em Georgetown. Mas valeu. Além de pizzas bem gostosas, eles têm uma carta imensa de chopps e cervejas.  Experimentamos dois chopps diferentes e gostamos.
No domingo, amanhecemos com o sol na janela do quarto. Decidimos então adiar o horário da volta e fazer um passeio até o Memorial Iwo Jima, pertinho do nosso hotel.
Para voltar a Nova York, ficamos entre o Boltbus e o Megabus, na mesma situação da ida, sem bilhete reservado, na fila de espera. Conseguimos através do Megabus, mas num ônibus da Gray Line. 
Chegamos a NYC no final da tarde.
Fotos dessa etapa da viagem, aqui

2 comentários:

  1. Carmem,
    Adorei acompanhar a sua viagem e recordar um bate e volta maravilhoso (num dia frio mas com sol)que fiz a Washington desde Philadélfia há 3 anos, de trem, num carnaval. Bjs

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  2. Pois é, menina, recordar é viver novamente... já diziam a canção e o dito popular!
    Ô delícia!

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