Era um sonho de muito tempo.
Em 1975 saí da casa de meu pai. Aluguei uma quitinete na Liberdade e comecei a realizar o tal sonho.
Menos de 2 anos depois, vim para o Paraíso, onde estou até hoje.
A independência traz consigo a realização de outros sonhos: comprar o que quiser no supermercado, receber quem quiser e na hora que quiser, sair e chegar quando se bem entende e... mobiliar a casa de acordo com seu gosto.
Por esse tempo, conheci a Tok&Stok. Loja moderninha com móveis bonitos e funcionais.
E uma vantagem insuperável para as virginianas ansiosas como eu: é possível comprar e levar os móveis imediatamente para casa, sem ter que esperar pela entrega. É chegar em casa e montar tudo com ajuda dos esquemas super-claros que a loja fornece junto com os produtos. Isso tudo para mim é o céu!
Mas a loja tinha um impedimento para quem, como eu, estava começando uma vida independente: os preços.
Assim, acalentei durante alguns anos a ideia de mobiliar minha casa com aquelas belezuras que eu via nos catálogos e nas lojas Tok&Stok.
Foi somente em meados dos anos 80 que consegui realizar o sonho.
Aí está minha sala Tok&Stok, verde como a minha esperança:
A esses móveis seguiram-se outros e até hoje tenho ainda algumas peças Tok&Stok aqui em casa.
Uma delas é um barzinho super-cobiçado por muitos amigos que frequentam a casa.
Enfim, sou cliente assídua da Tok&Stok desde os anos 80.
E como todos já tiveram oportunidade de constatar no episódio Ponto Móvel & O Marceneiro, sou uma uma pessoa fiel...
Assim, próximo do final da famosa reforma dos móveis - 28 de setembro -, fui à Tok&Stok em busca de um par de cadeiras para compor o escritório doméstico.
Encontrei um modelo que atendia às minhas necessidades. Bonitas e confortáveis, sem aquele visual pesado de escritório.
Gabriel Bornay, vendedor da Tok&Stok do Shopping Higienópolis, consultou o estoque: não havia o produto na loja. Seria preciso acionar o serviço de entrega e montagem.
Assim, pela primeira vez em toda a minha história com a Tok&Stok, fiz uso desse serviço que, como se sabe, tem um custo. No caso, 30 reais por peça.
A entrega foi programada para dois dias após a compra, no período da manhã, entre 8 e 14 horas. Período longo!
As cadeiras chegaram às 15h, ainda sem montar. A montagem foi feita às pressas e saímos todos juntos, entregadores / montadores, Ana e eu. Estávamos ainda sem almoço, na expectativa de que as cadeiras chegassem um pouco antes do último minuto combinado.
Nem preciso dizer que minha estreia com o serviço de entrega tarifada da Tok&Stok me deixou descontente.
Mas isso foi pouco diante do que vi quando voltei para casa no início daquela noite: uma das cadeiras tinha os dois braços completamente esfolados, como se tivessem sido esfregados no cimento. E a outra tinha também pequenos riscos num dos braços...
Liguei imediatamente para a loja. Na minha ingenuidade, pretendia combinar com Gabriel - o vendedor - uma rápida substituição das peças defeituosas: eu levaria os braços à loja no dia seguinte e traria para casa novas peças de reposição. Simples e indolor, né?
Qual o quê!
Caí na burocracia da assitência técnica da Tok&Stok.
Primeiro foi aberta uma SPV - seja lá o que for isso.
Com o número da tal SPV em mãos eu deveria ligar para a Central da Tok&Stok e tentar agilizar a visita técnica informando qual era o problema e pedindo que já trouxessem as peças de reposição. E isso era apenas para tentar agilizar, porque o procedimento normal seria esperar que me ligassem para agendar uma visita técnica.
Quando, na manhã seguinte, liguei para a tal Central, fui informada de que o procedimento era outro: eles NÃO me ligariam, esperariam que eu ligasse para agendar a visita técnica. E a visita técnica era mesmo somente o que diz o nome: uma visita técnica para constatação do problema e elaboração de um laudo. A troca das peças aconteceria num segundo momento, depois de feito e analisado o tal laudo.
Muito bem. A visita foi marcada para 4 dias depois, no período da manhã, que dessa vez começava às 8h e terminava às 13h.
No dia marcado, quase 13h e nada de técnicos. Liguei para a Central. A surpresa foi a notícia de que o horário limite era 14h! Mas o atendimento foi tão demorado que nesse meio tempo os técnicos chegaram, constataram o problema e saíram dizendo que eu deveria aguardar uma ligação da Central marcando o dia da troca das peças. Mas... enquanto isso, EU PODERIA USAR AS CADEIRAS NORMALMENTE!!!
Ufa! Que alívio!
Já imaginaram se eu tivesse que mantê-las em quarentena até o resultado final?
Macaca velha, não esperei a tal ligação. Liguei eu mesma para a Central, no dia seguinte. Me disseram que a troca dos braços das minhas cadeiras estava programada para a próxima sexta-feira, dia 9 de outubro, no período da manhã, que dessa vez seria entre 8h e 12h.
Sexta-feira fria e chuvosa. Ana e eu pulamos cedo da cama e iniciamos a espera. A manhã passou. 12h15 e nada de Tok&Stok.
Liguei mais uma vez para a Central.
Vencida a etapa da conversa com a "máquina", cheguei a uma atendente, que, depois de tiquetaquear seu teclado por um bom tempo, me disse que a troca estava agendada para o dia 13 de outubro.
Dei piti, claro! Mas não adiantou nada.
Chegou o feriadão e eu sigo usando as cadeiras com braços esfolados.
Como diria meu amigo de twitter Riq Freire: minha vida, um oferecimento Tok&Stok.
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