quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Desvendando os mistérios de Edimburgo

Saímos de Oxford numa ensolarada manhã de quarta-feira, 11 de fevereiro.
Nosso destino: Edimburgo, ou Edimbrá, como dizem os nativos.
Viajamos de trem. Seis horas de viagem. O preço da passagem nos assustou: 101 libras por pessoa!
A paisagem, plana na região de Oxford, foi dando lugar às montanhas branquinhas de neve.
O sol brilhou o dia todo. Mas Edimburgo nos esperava gelada.
Fomos diretamente para o Salisbury Green, um hotel dentro da Universidade. Um luxo! Quarto muito confortável, wi-fi grátis, tudo muito moderno dentro de um prédio bastante antigo. E o melhor de tudo: não pagamos nada pelas duas noites que lá dormimos. Tudo foi por conta da Universidade.
Como o local era um pouco afastado do centro, decidimos comer por ali mesmo em nossa primeira noite para economizar tempo. Além disso, Ana precisava preparar a fala do dia seguinte, a estréia em inglês.
Fomos ao único lugar que descobrimos nas proximidades: um pub chamado The Crags.
Lindas e belas, nos sentamos nos velhos sofás do pub e pedimos nossos sanduíches.
Enquanto esperávamos, Ana notou algo se mexendo no velho carpete.
Um camondongo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E Charlotte tinha ficado descansando no hotel...
Soubemos, depois, que os camondonguinhos são personas gratíssimas na cidade. Há milhares deles por lá. Talvez aquele que nos deu as boas-vindas no The Crags fosse o apenas recepcionista da casa...
No dia seguinte, o primeiro olhar pela janela nos trouxe uma surpresa: nevava em Edimburgo! Nos jardins de Salisbury Green tudo estava branquinho!
Saimos até a porta do hotel pra ver a neve de perto. E até desistimos de nosso plano de ir ao centro de ônibus. Tomamos um lauto café da manhã e voltamos pro nosso quarto. Mais tarde, quando já não nevava mais, saímos para o trabalho.
Nos encontramos com Hitesh, o professor responsável pela estada de Ana ali, e fomos para o edifício central da Universidade, onde nos esperava Paul, outro professor do Departamento de Português.
A palestra foi tranquila e as pessoas se interessaram bastante pelo tema.
Depois de tudo, saímos pelas ruas de Edimburgo com Hitesh e Paul. Fomos a um pub tomar um aperitivo e, depois, a um restaurante italiano.
Na sexta-feira, 13 de fevereiro, terminou nossa mordomia no Salisbury Green.
Saímos cedo em busca de um hotel para passar o fim de semana.
Ficamos no Ibis, bem no centro da cidade. Diárias a 70 libras na sexta-feira e 74 libras no sábado, só porque era o Valentine's Day. Pode?
Internet no Ibis era um produto caro: 10 libras por dia. Passamos a teclar do Mc'Donalds que tem wi-fi grátis em muitas de suas lojas no Reino Unido.
Aproveitamos a sexta-feira para andar pelo centro. Encontramos Cássia - uma ex-orientanda de Ana - e seu filhinho Leonardo, que vivem em Edimburgo, e com eles fomos ao enorme castelo que, do alto, domina a cidade.
As instalações do castelo podem ser visitadas. Visitamos algumas. Mas o que mais nos interessou mesmo foi a bela vista que se tem dali para a cidade. Avistam-se as construções cinzentas, as montanhas e até o mar.
No sábado, decidimos comprar bilhetes do Sightseeing Bus e percorrer a cidade. Visitamos igrejas, cemitérios, vimos uns e outros pontos da cidade e fomos também a uma feira onde comemos uma das especialidades locais: porridge, uma espécie de mingau de cereais quentinho ao qual se adiciona algo para dar sabor. Eu comi um com chocolate e avelãs. Ana preferiu um “temperado” com whisky.
No final da tarde ainda visitamos a catedral de St. Gilles.
Em seguida, participamos de uma demonstração de como é feito o whisky escocês, com direito a provas da bebida, claro!
Nesse dia, conhecemos também a história de Bobby, um cãozinho que guardou a sepultura de seu dono, John Gray, até que ele próprio morreu, 14 anos depois, e foi também enterrado no mesmo cemitério. As sepulturas de Bobby, John Gray e James Brown – amigo do cão – são famosas no Cemitério Greyfriars.
Edimburgo é uma cidade bonita, misteriosa, mal-assombrada, dizem...
Tanto que há um sem-número de passeios "assustadores" à disposição dos turistas, todos prometendo grandes emoções...
Fomos a um deles: um passeio noturno pelo mesmo Cemitério Greyfriars, com a promessa de um encontro assustador com o fantasma de um certo Sir Mackenzie. Nem preciso dizer que Sir Mackenzie permaneceu descansando em sua tumba e nem se deu ao trabalho de nos assustar. Mas foi interessante caminhar entre as tumbas na escuridão da noite fria de Valentine's Day.
Ana fotografou o mapa do cemitério e assinalou nele as tumbas de Bobby, seu dono e seu amigo, além do mausoléu de Sir Mackenzie. No domingo, partimos para Glasgow, nosso último destino escocês nessa temporada de inverno no Reino Unido.
Gostamos muito de Edimburgo. Um dia voltaremos, para vê-la sob o sol do verão.
Fotos dessa etapa da viagem estão aí:
Edimburgo 2009

2 comentários:

  1. Vcs não sabem nada... Sir Mackenzie foi é namorar no dia de
    São Valentin... Esqueceram que os fantasmas tbem se divertem? (ai que infame...rs)
    Saudades pretas (por mim e pela intensidade), roxas (para Char e Carmen) e laranjas (pela Ana). Tbém virei blogueiro...rs
    Beijos quentes daqui!

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  2. Fala sério!! Camundongo?? Ecaaaaa!! Ainda bem que a Charlotte não estava por lá. Sujar patas e boca num camundongo ninguem merece. Agora, vcs tinham que visitar um cemitério a noite? Cruzes!! Bjs

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