Voamos para a Madeira pela TAP... Só eles fazem esse vôo, por enquanto.
A viagem é curta, menos de duas horas.
Mas tem lanchinho!
Mas tem lanchinho!
E foi justamente na hora do lanchinho que vivemos a situação mais engraçada da viagem: meu pai pediu como bebida algo light, e ainda frisou sem açúcar!
Os comissários ficaram agitados. Faziam gestos uns para os outros, pararam de servir o restante do pessoal... A mim parecia incrível que não houvesse nenhuma bebida light no carrinho.
Por fim, um dos comissários chegou triunfante com a bebida pedida: um copo de leite!
Vejam só confundiram light com leite, que eles pronunciam laite.
Meu pai fez cara de paisagem e bebeu seu leitinho calado.
Ana e eu tivemos um enorme acesso de riso. Foi muito divertido!
Mas, para acabar com nossa graça, o pouso no moderno aeroporto de Funchal foi de meter medo.
O avião balançava em todos os sentidos: pra direita, pra esquerda, pra cima, pra baixo.
Dizem que é comum ali... Por causa dos ventos, picos, etc... Ai, ai!
Funchal, a capital da ilha, comemora nesse ano seus 500 anos de existência.
A cidade estava em festa!
Bem, nossa viagem, embora muitos não acreditem, tinha também um objetivo profissional. Aí está a prova: Ana Maria, apresentando seu texto "Viagem entre Brasil e Portugal".
A comunicação falava sobre a premiação do livro Viagem, de Cecília Meireles.
Manhã de 05 de agosto, num congresso da Associação Internacional de Lusitanistas.
E não foi só Ana quem compareceu às sessões do congresso. Meu pai e eu também estivemos por lá. A prova disso está no Jornal da Madeira, edição de 10/08/2008, que traz uma foto minha entre os presentes à cerimônia de abertura do congresso. Acreditem!
No mais, foi um vai-e-vem pelos picos e cidades da ilha, por estreitas boas estradas em zig-zag, coalhadas de túneis modernos - mais de 150, dizem! -, alguns deles medindo mais de 2 km.
E a cada parada um mirante, uma cidadezinha perdida, um pico.
Entre os mais altos que visitamos, estavam o Arieiro, com 1.810m e o Eira do Serrado. Altos de dar medo!A ilha é linda!
De dia, com flores por todo lado:
Ana se esbaldou fotografando-as.
Não é à toa que o presidente da Madeira, no posto há 30 anos, se chama Alberto João Jardim...E de noite... com suas luzes de presépio. Prato cheio para as lentes de Ana, também:
E o mar azul, lindo no horizonte. Não é à toa que o presidente da Madeira, no posto há 30 anos, se chama Alberto João Jardim...E de noite... com suas luzes de presépio. Prato cheio para as lentes de Ana, também:
Numa das manhãs partimos com o barco Santa Maria - uma réplica do navio de Cristóvão Colombo - para um passeio pela costa do Funchal. Fomos até o Cabo Girão, com uma passadinha por um reduto de golfinhos, que nos receberam alegremente. Mas nossos amiguinhos foram logo esquecidos, com a aparição de uma baleia, que emergiu com seu corpo cinzento, soprando água pra todo lado. Diz o manual que nossos marinheiros traziam, que um animal adulto daquela raça pode chegar a 20 m de comprimento e pesar 80.000 kg. Uau! Vimos só um pedacinho dela... A foto que Ana conseguiu está aí, sobreposta à folha do dito manual, que Ana também fotografou:
Num outro passeio, voltamos ao Cabo Girão, por terra. E lá de cima pudemos ver o Santa Maria em seu passeio vespertino, perdido no azul das águas.
Estávamos voltando de um giro pela parte noroeste da ilha. Vínhamos de molhar nossos pezinhos nas piscinas de Porto Moniz:
Aliás, entre um passeio e outro, chegamos a dar quase que a volta toda na ilha. Vejam:Num dos passeios, fomos pelo centro da ilha até Santana, a nordeste, e voltamos pela costa.
No outro dia, fomos também pelo centro até Porto Moniz, passando por São Vicente, e voltamos passando por Paúl da Serra e Ponta do Sol. Só faltou explorar, mesmo, o bico mais ocidental da ilha.
Uma das características locais é um sistema de irrigação, chamado de levadas. São canais que retalham a ilha levando a água da parte norte - mais úmida - para o sul - mais seco.
Ao lado das levadas há sempre um caminho. Vimos várias e caminhamos ao lado de uma delas, entre Morro do Pico e Queimadas.
Bem do centro de Funchal, parte um teleférico - mais um!!!! - que sobe a 550m de altitude, até próximo da Igreja de N. S. do Monte.
Fomos!
Para os que não querem descer com o mesmo teleférico pelo qual subiram, há uma alternativa. Mais aventureira e tão arriscada quanto... São carrinhos de vime que descem escorregando ladeira abaixo. Vejam:
Bem do centro de Funchal, parte um teleférico - mais um!!!! - que sobe a 550m de altitude, até próximo da Igreja de N. S. do Monte.
Fomos!
Para os que não querem descer com o mesmo teleférico pelo qual subiram, há uma alternativa. Mais aventureira e tão arriscada quanto... São carrinhos de vime que descem escorregando ladeira abaixo. Vejam:
Vimos, filmamos, fotografamos, mas não nos arriscamos...
Comemos bem na ilha.
E não deixamos de experimentar a espetada de carne, prato típico do lugar, que não foi assim tão típico, pois a carne vinha espetada em espetos de metal, no lugar de espetos feitos com os galhos do loureiro, como manda a tradição madeirense. Modernidades!
Modernidade também é o sinal de internet sem fio disponível em vários locais públicos da cidade. É só sentar num banco da praça e acessar. Usamos e aprovamos!
O dia da partida começou cedo. Às 4h15 um táxi nos pegou no Hotel do Carmo e nos levou de volta ao aeroporto. O vôo saiu às 6 da manhã.
Chegamos cedo a Lisboa... e tínhamos o dia todo pela frente. Nosso vôo para o Brasil sairia às 8 da noite. Descansamos no Residencial Beira Minho - nossa casa em Lisboa. Almoçamos nas Portas de Santo Antão, tomamos um café na Brasileira, ao lado da estátua de Pessoa, e outro na Namur, com Maria Teresa Horta. Pegamos nossa mala extra que havia ficado guardada no Hotel Alif desde antes de nossa ida para a Madeira e rumamos para o aeroporto lisboeta.
No balcão da Ibéria, uma surpresa: meu nome não constava na lista de passageiros.
Problemas informáticos, disseram, depois de algum tempo e muitos telefonemas.
E chegaram até a me "ameaçar" com uma viagem na primeira classe... Mas a "ameaça" não se cumpriu e viajei na velha e boa classe turística, mesmo.
O vôo saiu atrasado e, com isso, a conexão em Madri foi apressada.
Com essas e mais aquelas, algumas malas ficaram para trás.
A de Ana estava entre elas. Soubemos da notícia assim que chegamos a Guarulhos.
Fazer o quê? Esperar a entrega, prometida para o dia seguinte pela manhã.
Chegou só à noite...
E assim, terminamos nosso périplo de 33 dias por terras européias.
As histórias foram contadas aqui. Algumas no calor da hora. Outras, depois.
As fotos, foram colocadas nos álbuns ainda durante a viagem. Estão aí:
Europa 2008 |
Europa 2008 |
Outras, colocadas no ar já em casa, também estão aí:
E fico ainda devendo um relato sobre o show de Chico César em Roma e outro sobre a Parada Gay no Porto.
Vou cumprir!
Volte dentro de alguns dias pra ler mais essas histórias.
Carme!!!
ResponderExcluirque bom te receber no meu blog.
Fiuei feliz demais com a sua visita.
Tô encantada com essa sua postagem sobre Portugal.
Gostaria de estreitar os laços de amizade com vc e te convidar para participar da minha comunidade virtual.
Pode acessar o link : http://placefriends.ning.com , ou vc entra em contato comigo pelo g-mail :jpcidadeluz@g-mail.com
Querida fique com Deus e parabéns pelo blog.
Naum li o post todo, mas o começo foi mto engraçado, do seu pai com o leite, eu minha filha ia dar o leite p/ outra pessoa ou guardar p/ tomar qdo aterrissasse(nossa, q palavra mais doida, nem sei se está escrita direito), detesto comida de avião, naum gosto nem do cheiro, a última viajem q fiz(em 2007)comi frutas no café da manhã e só fui jantar qdo cheguei em Jampa, fiquei tipo 12 h de aeroporto em aeroporto, de avião em avião, comi até um pão de queijo oferecido por uma vizinha da gente, tamanha era a fome!! Risos. Q legal o lance do jornal, da palestra da Ana!!!!!!
ResponderExcluirBjos
Juliana
P.S. Outro dia vejo com calma o post, das fotos me lembro!!
Carmem, que legal este post, adorei saber mais da Ilha da Madeira, detalhes que o marido não contou direito :-) Vou repassar para ele ler. Um beijo,
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