Em setembro de 2003, cumpria eu meio século de vida.
Para festejar a data, planejei cinco dias de festa revisitando lugares e hábitos dos tempos anteriores a esse aniversário. Quem viveu esse acontecimento comigo ainda deve se lembrar dos encontros e jogos com que nos divertimos nessa época.
Houve, entretanto, um acontecimento inesperado: por aqueles dias Chico César, num histórico show na chopperia do SESC Pompéia, terminou sua apresentação oferecendo a uma amiga aniversariante a canção Pedra de responsa. Bem, a amiga aniversariante, era eu...
Digo que o show foi histórico porque ali aconteceram mais coisas além da tal oferenda musical. Foi ali que Drika - que dois anos depois veio a ser minha amiga - entregou a Chico uma das últimas fotos de Itamar Assumpção, recém falecido. Emocionado, Chico cantou de improviso a canção Dor elegante, parceria do Nego Dito com Paulo Leminski. Foi um momento mágico, devidamente fotografado por Ana Maria, que também é a autora da foto anterior...
O show tinha também um obejtivo maior: estavam sendo gravadas ali imagens para o primeiro DVD de Chico.
E desse momento em diante o tal DVD passou a ser aguardado por todos os fãs do catolaico, principalmente por Drika e por mim, que esperávamos ver gravados para a posteridade esses nossos “sucessos”.
Mas o DVD não veio...
Algumas notícias extra-oficiais davam conta de que o projeto DVD estaria sendo reformulado, outras imagens estariam sendo recolhidas, providências burocráticas estariam sendo tomadas e o resultado de tudo isso seria um trabalho de formato diferente, inovador. Mais uma vez, o DVD não veio...
No último fim de semana, entretanto, o sonho de quase três anos começou a tomar forma de realidade. Está próximo o momento esperado por todos os fãs de Chico César.
O projeto é novo, calcado sobre o último disco de Chico: De uns tempos pra cá.
E desse momento em diante o tal DVD passou a ser aguardado por todos os fãs do catolaico, principalmente por Drika e por mim, que esperávamos ver gravados para a posteridade esses nossos “sucessos”.
Mas o DVD não veio...
Algumas notícias extra-oficiais davam conta de que o projeto DVD estaria sendo reformulado, outras imagens estariam sendo recolhidas, providências burocráticas estariam sendo tomadas e o resultado de tudo isso seria um trabalho de formato diferente, inovador. Mais uma vez, o DVD não veio...
No último fim de semana, entretanto, o sonho de quase três anos começou a tomar forma de realidade. Está próximo o momento esperado por todos os fãs de Chico César.
O projeto é novo, calcado sobre o último disco de Chico: De uns tempos pra cá.
Foram três shows, um diferente do outro, mas todos uma lindeza!!!
Aconteceram no Auditório Ibirapuera, novinho em folha. Som ótimo, confortável. No fundo do palco, há uma porta que, quando suspensa, deixa ver as árvores do parque. Chico inicia o show sentado num banco de jardim com o parque às suas costas... Lindo!
Ao final do espetáculo, a porta se abre novamente, e o show termina com todos descontraidamente sentados nesse mesmo banco, brindando com uma taça de prosecco.
Antes do show, nas rampas niermayerianas que dão acesso ao Auditório, um brinde para os que esperavam o momento de entrar, uma performance extra: Chico aparece vestido de anjo estilizado e canta Béradêro à capela, diante de nossos olhos extasiados.
No primeiro dia, fomos pegas de surpresa. Mas nos outros já ficamos posicionadas esperando o espetáculo especial para os adiantadinhos de plantão.
A surpresa também ficou por conta da abertura da tal porta no fundo do palco: de tão emocionada, não conseguia entender o que estava acontecendo. Demorei pra perceber que se tratava das árvores do Parque do Ibirapuera e não de um cenário apenas.
Para um público diferente daquele que sempre o acompanha, Chico, acompanhado de Simone Julian, Simone Soul e do maravilhoso Quinteto da Paraíba mostraram músicas do novo CD e outros sucessos. Não faltou nem Mama África... Claro!
O repertório, essencialmente catolaico, incluiu desde Cálice - introduzida pela piedosa ladainha Kyrie Eleison - até a irreverente Feriado, onde Chico adverte “mas se eu souber que uma vadia ou um viado dormiu com você, não quero saber você vai desejar não ter acordado”.
O cenário, uma evolução de outro, já mostrado em shows anteriores, trazia fotos e textos em forma de móbile. Uma das peças, que me pareceu a mais curiosa, foi uma cópia da Carteira de Trabalho de Chico. Vejam:
Enquanto o dia 21 se configurou como um grande ensaio aberto, o dia 22 foi tenso: era o dia da gravação. Havia duas convidadas especiais: Vange Milliet e Elba Ramalho.
Tudo tinha que sair certo!
Resultado final: havia que repetir umas tantas músicas. Todo o público se foi...
No auditório, além da equipe, estávamos o que Fernanda, bem humorada, chamou de PPSP - Platéia Profissional de São Paulo, formada apenas pelos representantes que aparecem nas fotos abaixo e mais um casal de fãs de Elba Ramalho.
Quando Swamy Junior nos liberou - artistas, equipe e PPSP - já passava, e muito, de meia noite.
Nessa noite, ao terminar o tempo regulamentar do show, depois do brinde coletivo no banco ao fundo do palco, Chico desceu para o parque e saiu correndo pelo gramado. Parou num banco de cimento para uma pequena performance e sumiu atrás de uma enorme árvore. Conseguem imaginar?
A PPSP, acrescida de mais uma representante - Carol Serra Azul - voltou ao Auditório no dia seguinte para a última apresentação. Descontraídos, nessa noite, Chico e seus companheiros nos encantaram mais uma vez com sua arte.
E para mostrar que nem sempre a curiosidade deve ser considerada como um “pecadinho”, conto aqui um fato ocorrido antes dessa última apresentação:
E para mostrar que nem sempre a curiosidade deve ser considerada como um “pecadinho”, conto aqui um fato ocorrido antes dessa última apresentação:
Ana e eu chegamos um pouco mais cedo nesse domingo e, por minha sugestão, fruto da minha curiosidade, fomos vistoriar pela parte externa o fundo do auditório. A idéia era ver como era a continuação do palco atrás daquela porta mágica por onde Chico havia entrado e saído de cena nos dias anteriores. Quando chegamos ali tivemos mais uma surpresa: Chico e os músicos, todos devidamente paramentados, estavam posando para fotos! Nem preciso dizer que as lentes fotográficas de Ana Maria se “assanharam” e surgiram assim algumas fotos paralelas às de Marcos Hermes, o fotógrafo oficial.
Sei muito bem que essas fotos são confidenciais, mas não resisto à tentação de postar aqui a minha preferida. Acho que Chico me perdoará essa transgressão.
Que viajem este relato, e ainda por cima com participação especial das irmãs Serra Azul!!! deve ter sido memoravel!! fã que é fã vai até atrás da arvore com seu idolo!!! umbejãodojão
ResponderExcluirCarmem! Eu simplesmente amei o relato!!! Não esqueceu de nada! As fotos ficaram lindas! Ficou bem a altura do show! E é claro... O PPSP sempre presente! hehehehe! Beijos
ResponderExcluirCarmencita,
ResponderExcluirSó você mesmo pra descrever tão bem tais acontecimentos... Fico feliz por sua felicidade e espero um dia poder aparecer aí por sua terrinha pra curtir contigo um show do Chico!
Sucesso!!
Ps: Amei seu blog, visitarei com mais frequência, prometo!
Ai ai ai...
ResponderExcluirAlguém me da um tiro pq perdi esse show...
Ai ai ai... Se arrependimento matasse!
Um beijo
Q maravilha tudo isso, pena q naum tem essas coisas aki, buáááááááá, eu ADORO prosecco. Tudo de bom esse texto, as fotos.
ResponderExcluirBjos,
Juliana
O que dizer? Ela falou tudo!
ResponderExcluirabraços