terça-feira, junho 15, 2021

15 meses

Quanta coisa passou nesse tempo. 

Sustos, surpresas, esperanças, limitações, novos hábitos… 

Acompanhando os acontecimentos, fomos entendendo que a coisa não seria rápida, nem fácil. Não foi, nem está sendo, tranquilo para os cidadãos que têm um governo amigável, atento. Que dirá pra nós, brasileiros, sujeitos às mais desanimadoras notícias a cada amanhecer. 

Temos ficado o máximo possível dentro de casa. 

Compras só pela internet. Shows só nas telinhas. Encontros com amigos e familiares só nas calls. Treinos só on line. Viagens só na lembrança e na imaginação. 

Por sorte temos janelas ensolaradas, ar e luz circulando pela casa o dia todo. 

A faxineira, que vinha quinzenalmente, foi dispensada e a limpeza da casa passou a ser de nossa responsabilidade. E, vejam só, a casa tem estado até mais limpa do que antes, já que as faxinas  são feitas com mais frequência.

O ferro de passar, que era manejado também pela faxineira, não foi ligado nesses 15 meses. E nem faz falta, viu! 

E as novas rotinas? São tantas: 

Roupas e sapatos pra ficar em casa e pra ir à rua. 

Máscaras para entregar o lixo pro funcionário que passa diariamente pra recolher. 

Máscaras para pegar as compras que chegam, todas, pelo elevador, encaminhadas pelos porteiros do prédio. 

Máscaras poderosas para ir à rua. 

Pano úmido com água sanitária na porta de entrada. 

Higienização rigorosa de tudo o que chega da rua. Embalagens recebem névoas de álcool 70%. Frutas e legumes vão para a pia para um banho com esponja e sabão. Verduras passam um tempinho na água sanitária diluída. Sacos plásticos que serão reaproveitados na cozinha também tomam banho na solução água + água sanitária. Aliás, gastamos rios de água sanitária para desinfetar as coisas e para manchar as roupas… 

A cozinha e o bar estão por conta da Ana. De lá saem comidinhas caprichadas, pães maravilhosos, drinks criativos y otras cositas más… Mas há uma regra: álcool só nos finais de semana. 

 A TV, que quase nunca era ligada, agora tem função todas as noites. O que a gente vê? Séries, fimes, algum show e só. 

Notícias chegam pela internet, principalmente pelas redes sociais. Mas outra regra é não ler noticia ruim à noite. 

Nos primeiros tempos, dávamos voltas no terraço do prédio, buscando sol e movimento. Depois começamos a caminhar na rua. Ultimamente, temos preferido caminhar no Parque da Aclimação. 

Entre todas essas andanças, já contabilizamos quilometragem equivalente a seis maratonas, ou seja 6 x 42,195, o que totaliza 253,17km caminhados, com alguns momentos de corridas. Não é fácil! 

Ontem, no Parque da Aclimação, dando início à 7a. maratona da pandemia.

E vamos inventando coisas: Começamos a cultivar gerânios e nossas floreiras estão alegres; montamos alguns quebra cabeças, o último tinha 2000 peças e levamos quase três semanas pra terminar… 

Fomos algumas poucas vezes a Santos, sempre rapidinho. Aqui em São Paulo, tudo é mais fácil pra nós. Sem contar também que aqui estamos mais disponíveis para alguma emergência. 

Médicos, exames, dentista e cabelereiro ficaram adiados para o segundo semestre, quando Ana já terá completado as duas doses da vacina AstraZeneca. Até lá, mesmo estando eu em dia com as duas doses da CoronaVac, vamos manter o isolamento. 

Resistiremos! 

Até quando?

2 comentários:

  1. Nem sei o que dizer, está muito difícil. Agora, então, parece que estou chegando, de verdade, ao fundo do poço. Mesmo vacinada vejo o futuro com muito pessimismo: as orientações são de tirar as máscaras, tudo abrindo, verão chegando - com festas, viagens, aglomerações - e eu na certeza de que em setembro teremos uma nova onda, bem violenta, dessa doença infernal. Continuamos com os mesmos cuidados, e muito assustados. Força, queridas. #vaipassar

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    1. Pois é, amiga, parece que o poço na tem fundo…
      #tomaraquepasse

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