domingo, julho 21, 2019

Cabe na mala - Parte 3

Aí vai mais uma série de coisinhas que a gente trouxe nas malas, na volta da última viagem, sempre lembrando que temos feito grande esforço para diminuir a bagagem.

1. Transporte


A grande "vilã" nesse quesito foi a Holanda. Desde que chegamos em Schiphol fomos colecionando tickets de trem. Para cada viagem, dois bilhetinhos por pessoa, um com a tarifa e outro com o suplemento ou taxa de emissão do bilhete, sei lá, no valor de 1 euro. 

Só quando já estávamos em Rotterdam foi que descobrimos a civilizada compra de bilhetes on line. Usamos o Omio e o Trainline. Uma facilidade, com tickets enviados por e-mail e lidos eletronicamente nas catracas.

Carregamos também, como lembrança de nossas andanças por Rotterdam, os bilhetes do tram que nos levou à travessia da Ponte Erasmus, à periferia da cidade e ao Delfshaven - bairro antiguinho da cidade - tudo de uma vez só, aproveitando o período de quatro horas a que tínhamos direito com os tais tickets.

Delfshaven
Foto: Ana Oliveira

Em Lisboa usamos Uber em dias de chuva e cartões de transporte locais para dias ensolarados. Confesso que nos enrolamos um pouco com os diferentes tipos de Viva Viagem. Se tivéssemos feito direitinho a lição de casa, não teríamos enfrentado essa dificuldade. (O Riq Freire explica tudinho aqui!)

Já em Madri, seguimos as orientações da Cecília e do Tony e acertamos direitinho o uso do novo cartão de transporte da cidade.

É isso, gente, pra que se enrolar se os nossos generosos gurus já fizeram antes o caminho das pedras?

2. Ingressos 


As malas ficaram mais leves com advento dos ingressos eletrônicos. Sorte? Nem sei. Tem ingressos tão lindos! 

De todos os lugares que visitamos, foram poucas as entradas que carregamos. Bom pra saúde ortopédica, ruim pra saúde da memória. 

Dos que trouxemos na mala, os mais bonitos são os da nossa segunda visita ao Oceanário de Lisboa.

Segunda visita? Sim! Saímos de casa com ingressos comprados por via eletrônica, com medo das filas no local. Fizemos a visita aos aquários e tanques, nos encantamos com a diversidade de vidas marinhas e nos esquecemos de passar pela exposição temporária que estava em cartaz naqueles dias. 

Mais tarde, alertadas pelo amigo Paulo, nos demos conta da displicência e aproveitamos uma brecha na programação pra voltar ao Oceanário. Para essa visita compramos ingressos nas máquinas próximas às bilheterias. Rápido e fácil. 

Florestas submersas

Dessa vez, começamos pelas “Florestas Submersas by Takashi Amano”. E, claro, revisitamos as raias, as lontras, anêmonas e os outros tantos habitantes dos oceanos do mundo. Valeu a dica, Paulo! ✌🏻

No Oceanário
Foto: Ana Oliveira

Aproveitamos esse retorno para dar uma voltinha no teleférico que circula acima do Tejo, ali no Parque das Nações, onde está localizado também o oceanário. 

Foto: Ana Oliveira

Veio também na mala o ingresso para o Museu Paula Rego, visita imperdível sobre a qual já falei nesse post aqui

3. Compras & comidas


Cartões ou notas de lojas, restaurantes, hotéis também cabem na nossa mala.

Olhaí o cartãozinho da padaria e café Terrapão. Uma padaria artesanal bem moderninha, num pequeno espaço do Mercado de Arraiolos, em Lisboa. Como fomos parar lá? Fomos para visitar o sobrinho da Ana, que trabalha ali. 

Hum...
Foto: Ana Oliveira
Também em Lisboa, nos aventuramos pelas estreitas e tortuosas ruas da Madragoa pra experimentar a cozinha tradicional do Varina da Madragoa. Acho que não nos esqueceremos do lugar com ar decadente e comida rústica. Mas trouxemos o cartão que o garçom nos deu na saída. Lembranças de viagem!

Foto: Ana Oliveira
Na falta de um cartão - acho que não vimos nenhum disponível por lá - carregamos a nota fiscal da comprinha que fizemos na tradicionalíssima perfumaria Claus Porto. Fomos por indicação de um amigo. A loja é linda, com cara de botica antiga. Diante dos preços proibitivos, nos contentamos com um sabonetinho bem cheiroso. 🤷🏻‍♀️

Foto: Ana Oliveira
Em Madri, zanzando pela Chueca, passamos pela loja/atelier do ilustrador Xoan Viqueira. Gostamos da arte do rapaz e adicionamos à bagagem um pequeno azulejo com um casal de meninas estampado. 

Ilustração de Xoan Viqueira

Já contei aqui sobre o Hotel Bazar, em Rotterdam, onde não nos hospedamos, mas fomos jantar e tomar café da manhã. Pois, trouxemos o cartão pra não esquecer do lugar, mas acho que nem precisava. O Bazar é inesquecível! Me arrisco a dizer que seremos capazes de voltar a Rotterdam só pra ficar ali. 

4. Serviços 


Vida de turista não é só comer e flanar. Há também que providenciar uma e outra coisa para suavizar a jornada. 

Malas são necessárias, mas nem sempre é preciso carregar toda a bagagem pra lá e pra cá. Para isso estão os guarda volumes. 

Em Lisboa deixamos as malas no guarda volumes do aeroporto em duas etapas: uma antes de ir para a Holanda e mais uma, antes da breve escapada a Madri. Valeu cada euro pago. Nada como sair pelo mundo com bagagem reduzida. 

Para percorrer as ruas e canais de Leiden também deixamos a malinha da vez e a mochila de eletrônicos descansando num escaninho, na estação ferroviária. No final do dia, quando partimos rumo ao aeroporto para a volta a Lisboa, foi só resgatar a tralha e embarcar. Nossas costas agradeceram. 

Como era viajar sem internet? Lembram? Eu lembro, sim. Cartões que chegavam quase sempre depois do remetente. Fotos reveladas, geralmente, na volta pra casa. Filas nos locutórios públicos pra ligar pra casa e saber se estava tudo bem. Mais tarde, já no início do século XXI, horas passadas nos cybercafés, botando a vida em ordem: e-mails, fotos digitais ruins, pesquisas demoradas... 

Hoje a gente chega no aeroporto, compra um chip local e pronto: o celular assume nova nacionalidade. De cara já dá pra pedir um Uber, descobrir caminhos, postar uma selfie da chegada e avisar a todos que estamos on line no WhatsApp para o que der e vier. 

Lisboa é dos destinos mais amigáveis para isso. Já no aeroporto as duas lojas da Vodafone vendem um chip esperto que assegura 3GB de boa internet para uso em quase todo o continente europeu, pelo módico valor de 10 euros. Acho que nem a Vivo faz isso pela gente aqui no Brasil, né mores? 

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No próximo "Cabe na mala" vai ter vazamento (quase um #vazajato). Voltem.
Eu avisei!

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