quinta-feira, fevereiro 23, 2017

No meio do caminho tinha... Ranakpur

Templo Jainista de Ranakpur

O último dia de janeiro foi o dia dos templos.

Saímos de Jodhpur às 9 horas da manhã, como já era costume.

O programa previa 275 km, 6 horas de estrada com uma parada em Ranakpur para visitar o enorme Templo Jainista da cidade.

Mas Ajay nos reservava outras pequenas paradas para visitas a outros templos menos ortodoxos.

Uma hora após a partida, paramos para visitar um templo inusitado: o Om Banna. Aí a deusa é uma moto.


Conta a lenda que após a morte do piloto Om Banna num acidente, a moto foi levada para um posto policial, mas dias depois reapareceu ali. Foi novamente resgatada, mas voltou. E, tantas vezes quantas a levaram ela, a moto, voltou ao local do desastre. Diante disso, foi elevada à categoria de deusa e permanece ali para adoração de muitos e muitos fiéis motoqueiros. Dizem que opera milagres.

Mais um tanto de estrada, passando por pequenos povoados, e chegamos a Ranakpur. Atravessamos a cidade e fomos direto para o templo jainista.

Abrindo caminho entre os simpáticos macaquinhos que nos recebiam já no estacionamento, chegamos ao templo.



Olha a gente aí!

O jainismo é uma das religiões mais antigas da Índia. Os jainistas cultuam 24 profetas que, desde o início dos tempos até o momento atual, revelaram sua doutrina. Os profetas são chamados de tirthankaras: "alguém que ensina o caminho".

Um dos tirthankaras do jainismo

O Ranakpur Jain Shwetamber Temple, foi construído no século 14, dedicado a Shri Adinathji, o primeiro thirthankar.

A construção tem aproximadamente 3.700m2. O teto com 24 cúpulas é sustentado por 1.444 colunas de mármore, todas esculpidas de maneira diferente. Nenhuma das colunas é igual à outra. Um espanto!



Uma curiosidade sobre as colunas: uma delas é torta. Foi construída dessa maneira para chamar a atenção para o fato de que nem tudo é perfeito.

Caminhar sob esse teto, descobrindo cada cantinho, cada estátua, cada teto, foi das coisas mais chocantes da viagem.




No altar principal, fiéis realizavam uma cerimônia cheia de música e alegria. Turistas só podiam observar de longe.


A entrada ao templo custa 200 rúpias (aproximadamente 10 reais) e inclui o uso de audioguias. Mas quem quer ficar ouvindo montes informação diante de tanta beleza? Confesso que ouvi bem poucas...

Para tirar fotos é preciso pagar uma taxa por câmera. Decidimos que pagaríamos somente uma e Ana foi eleita a fotógrafa do dia. Portanto, todas essas fotos maravilhosas são obras dela. 

O templo fica no vale dos montes Aravelli, assim, depois da visita e do almoço, nos preparamos para seguir viagem subindo por entre as montanhas.

No meio do caminho, mais um templo inesperado: Hanuman, o deus/macaco, escoltado por centenas de macaquinhos que até subiam pelo carro no afã de nos dar as boas-vindas.


O caminho pelas montanhas foi bonito e tranquilo e, antes de chegar a Udaipur, ainda paramos pra fotografar uma cena à beira da estrada:


É gente, a água não vem sem esforço, não!

Vejam aí a mesma cena, com movimento, num clip feito pela Ana:



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Atualizado em 06/03/2017

4 comentários:

  1. Hoje dei uma atualizada na leitura dos seus posts da viagem à Índia. Quando mais jovem tinha vontade de ir. Depois passou... Seus Posts estão lindos e super realistas, como gosto. A postos para os próximos...

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    1. Opa! Quem sabe meus posts reacendam a sua vontade de ir à Índia. Vale a pena! É uma viagem linda.
      Fique atenta, ainda tem muita história pela frente.

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  2. Gente, viajei nessa da Deusa Moto! E as colunas todas diferentes! Beleza. Cada dia parece uma semana inteira - beleza viajar com vocês pelos posts.

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    1. Menina, tem deus/deusa pra tudo na Índia.
      O templo de Ranakpur é um desbunde. Um dos pontos altos da viagem. Entre as quatro viajantes foi opinião unânime.

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