domingo, novembro 21, 2010

De uns tempos pra cá

Tá chegando o dia do aniversário desse blog.
O "De uns tempos pra cá" nasceu há 5 anos, num dia 30 de novembro e teve todos os seus aniversários comemorados de alguma forma.
No segundo ano de vida ganhou um contador de visitas. E desde então mais de 26 mil pessoas passaram por aqui. É gente, hein?
A próxima comemoração começa a ser preparada agora e quem aparecer por aqui tá convidado a participar.
Vamos lá!
Como está anunciado no alto da página, o nome do blog veio de uma música de Chico César.
Pra quem não conhece, aí esta ela em letra e música, cantada pelo próprio autor, :


de uns tempos pra cá 
(chico césar)


de uns tempos pra cá
os móveis, a geladeira
o fogão, a enceradeira
a pia, o rodo, a pá
coisas que eu quis comprar
deu vontade de vender
e ficar só com você
isso de uns tempos pra cá



de uns tempos pra cá
o carro, a casa, o som
tv, vídeo, livros, bom...
o que em tese faz um lar
admito eu quis comprar
começo a me arrepender
pra ficar só com você
isso de uns tempos pra cá



coisas são só coisas
servem só pra tropeçar
têm seu brilho no começo
mas se viro pelo avesso
são fardo pra carregar



de uns tempos pra cá
o pufe, a escrivaninha
sabe a mesa da cozinha?
lençóis, louça e o sofá
não precisa se alterar
pensei em me desfazer
pra ficar só com você
isso de uns tempos pra cá



de uns tempos pra cá
telefone, bicicleta
minhas saídas mais secretas
tô pensando em deixar
dê no que tiver que dar
seu amor me basta ter
pra ficar só com você
isso de uns tempos pra cá



coisas são só coisas
servem só pra tropeçar
têm seu brilho no começo
mas se viro pelo avesso
são fardo pra carregar




Atire a primeira pedra quem não tem, de vez em quando, vontade de vender, dar, deixar pra lá um monte de coisas... Fala sério!

Pois a festa do "De uns tempos pra cá" - o blog - começa assim, com uma espécie de psicanálise coletiva: você conta aí nos comentários o que, pra você, teve "seu brilho no começo" mas agora é só "fardo pra carregar". 
Espero as histórias e prometo enviar  uma lembrancinha pra quem participar!
Afinal, "coisas são só coisas"... 

12 comentários:

  1. Eu sempre fui muito "juntadora" de coisas. Guardei as agendas-diário da adolescência, os livros do colegial, as anotações da faculdade... Depois de formada comecei a viajar e a guardar mapas, folhetos de museus, guardanapos de cafés bacanas... Tudo que me permitisse lembrar dos momentos em que adquiri aquelas coisas.
    Fui morar fora do país, e o tamanho da mala passou a ser um problema; então aprendi, na marra, a me desfazer dessas coisas, que só ocupavam espaço e não me preenchiam. Aprendi que as lembranças estão bem guardadas dentro de mim, é só procurar que as encontro, sem precisar de nenhum "objeto-chave-mágica" pra isso.
    Hoje, meu portal para o passado são as minhas fotos: refletem muito mais sentimentos e recordações do que qualquer panfleto de exposição.

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  2. "De uns tempos pra cá" resolvi jogar fora algumas lembranças que atormentavam: pessoas, sentimentos, imagens.
    Coisas foram coisas que só serviam para incomodar, optei por melhorar meu astral, tornar-me mais serena e menos ansiosa.
    Amizades que tiveram seu brilho no começo e depois tornaram-se opacas, hoje são fotos digitais armazenadas em site de relacionamentos.
    Licia Mª

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  3. Pode contar comigo nessa festança: 5 anos é um marco super importante. Principalmente com essa qualidade. Parabéns.

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  4. Tem uma cena no filme "Ensina-me a viver" quando Maude (Ruth Gordon) recebe de Harold (Bud Cort)um boton com dizeres apaixonados. Ela beija o presente e joga no rio, ele fica chocado e questiona!! ela responde - toda vez que eu lembrar do broche saberei onde está!! Desse tempo pra cá (e isso foi na decada de 70) percebi que o valor não esta nas coisas mas no que ela representa e esse valor é guardado na emoção! pra ser totalmente kit posso trocar a palavra emoção para coração!! Treino a todo momento o desapego, e "de uns tempos pra cá" acho que até tenho exagerado!!! mas c'est la vie! um dia acerto o tom!!!!!
    bejin bejin
    joão

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  5. Não deixo comentário pra não receber mais uma coisinha só coisinha! ;-)

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  6. Opa!

    Vou participar da festa, agora que acabei de fazer um lote de provas na faculdade.

    Então, comprei um Super Nintendo lá pra 2008 só pra jogar Mario e Donkey Kong!

    Hahahahahaha

    Fui muito legal até um dia, um belo dia, colocar a fita e ela ter apagado minha progressão no jogo! Tinha que começar tudo do zero! E esse zero é lá de 93/94!

    Fiquei com preguiça e desliguei tudo. Agora fica numa caixa num canto do meu quarto...

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  7. Vixe, eu, como a Ba, tambem sempre fui (e ainda sou!) muuuuuuuuito juntadora de coisas - como diria Neruda, uma coisista! Mas hj, com os armarios e estantes abarrotados, muita coisa virou fardo - e duas vezes por ano faco maxi-faxinas pra tentar por ordem na casa (poderia funcionar melhor, massss...). E mala grande - que antes eu fazia, vergonha! - tambem revelou-se maxi fardo. Aprendi a fazer malinha pra sair livre por ahi, sem amarras - e recomendo super! So nao consegui ainda me livrar de nenhum dos meus livros... nao rola.

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  8. Nunca fui de juntar coisas, de fazer coleções... pra mim o que é velho tem lugar guardado no lixo. hehehehe

    Mesmo assim, as coisas que me faziam lembrar da infância foram as que me deram mais trabalho para me desfazer. Confesso que ainda guardo algumas coisinhas dessa época tão boa da minha vida... hoje essas coisas são fardos, mas que eu não tenho problema de carregar.

    :)

    Boa semana!

    E vida longa ao blog!!!!!

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  9. Parabéns pelo aniversário do Blog.
    Eu sou muito juntadora de coisas, mas de vez em quando me dá uns cinco minutos e saio jogando um monte de coisas fora. É bom, a gente fica mais leve.
    Beijos

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  10. Oi Carmem!
    Coisas sõa só coisas, é a pura verdade!
    Duas vezes por ano abro os armários e avalio o que não precisei durante aquele período e dôo.Só guardo o que preciso, embora ache muito legal quem coleciona determinados objetos. Um dia,faz tempo,viu? eu fiz uma cena na costureira no período de natal porque minha roupa não estava pronta e meu marido ia chegar de viagem, eu ia estar feia, de roupa velha... E me mostraram o que realmente importava, que coisas eram coisas, que o que importava era quem ele ia encontrar, e não a embalagem. Passei a não dar importancia a essas coisas...

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  11. mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa

    Gente, esse post é quase uma sessão de psicanálise.
    CONFESSSSOOOO, sou tralheira, juntadora, apegada, canguru, Sméagol (my precious) enfim...
    Mas, a coisa boa, é que se eu tiver “vontade de ficar só com alguém” (como diz a canção), não tenho o menor problema em deixar dessas coisas... (Acho)
    Claro que todo juntador tem lá seus artifícios, eu, por exemplo, quando tenho muito pesar em me desfazer de uma coisa, a deixo “consignada” com um amigo bem próximo ou um irmão, por exemplo, quase como Carmem pensou em fazer com as fotos e seus negativos rs. Penso que deixar com alguém que cuide com tanto carinho quanto eu, está valendo para proteger a tralhinha tão valiosa.....
    Não podemos ignorar que como uma boa escorpiana, se o dilema do “desfazer” estiver tomando muito meu em viver por exemplo, uma grande paixão, eu nem desfaço, quando vejo, me refaço. rsrsrs Dôo todos os fardos e vou me doar em outras bandas.
    Parabéns pelo blog, que adorooo!
    Fiquei feliz em passar por aqui em tempo de roubar um brigadeiro!É pique!

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  12. E não é uma linda coisinha que nos oferece?!!! que coisinha que nada!!é uma linda imagem, que se não falha minha memória, já está registrada no seu fotoblog!! uma emoção já gravada e guardada no meu rio de boas recordações!!! feliz niver e muitas postagens mais para nosso deleite!!!
    bejin bejin
    joão

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